Você sabia que cerca de um terço dos colaboradores deixam o emprego nos primeiros 90 dias após serem contratados? Esse dado, levantado pela Jobvite, apenas reforça a importância de investir em um sólido onboarding de novos colaboradores.
Quando esses profissionais são acolhidos pela empresa desde o início, há grandes chances da relação se tornar duradoura. Aliás, um estudo da Brandon Hall Group mostrou que um processo de integração eficaz pode elevar a retenção de talentos em 82%.
Quer saber como tudo isso é possível? Então, siga em frente com a leitura para entender a relevância do onboarding de novos colaboradores e quais são as etapas que geralmente compõem essa estratégia!
O que é o onboarding?
O onboarding nada mais é do que o processo de integração de novos colaboradores na empresa.
Seu objetivo é auxiliar os recém-chegados a se adaptarem ao ambiente de trabalho, à cultura organizacional e aos requisitos do cargo, aspectos cruciais para uma transição suave.
Afinal, quando os novos membros da equipe recebem as orientações e o acolhimento necessário, há grandes chances de que eles consigam atingir sua máxima produtividade de forma mais rápida.
Geralmente, esse processo é conduzido pelo time de RH e conta, também, com o apoio das lideranças e colegas de time.
Como o onboarding impacta as empresas?
Os dados que apresentamos no início do texto já trazem uma ideia do quanto o onboarding de novos colaboradores é um assunto sério.
Quando bem estruturado e conduzido de modo estratégico, esse processo pode:
- aumentar a probabilidade de retenção de talentos, reduzindo os custos associados a desligamentos e novas contratações;
- impulsionar a produtividade da equipe, já que os novos colaboradores são munidos de todas as informações e recursos necessários para desempenharem suas funções;
- fortalecer a cultura organizacional, uma vez que ajuda os recém-contratados a compreenderem a cultura da empresa, seus valores e normas;
- melhorar a reputação da organização enquanto marca empregadora ao contribuir para a formação de equipes mais engajadas e satisfeitas.
Viu só como vale a pena investir na construção de um bom onboarding? Dito isso, chegou a hora de entender como colocar esse plano em prática.
Principais etapas do onboarding
O onboarding de novos colaboradores é composto por três momentos principais: o pré-onboarding, a integração e o período de adaptação.
A seguir, vamos listar algumas das estratégias que costumam ser implementadas em cada uma dessas etapas.
PRÉ-ONBOARDING
Antes mesmo de o colaborador iniciar na empresa, o RH pode começar a prepará-lo para que este momento aconteça da forma mais tranquila e positiva possível.
O envio de um e-mail ou mensagem de boas-vindas, contendo orientações sobre o primeiro dia de trabalho e sobre os trâmites burocráticos que devem ser concluídos até lá, é uma prática recomendada.
Além disso, o RH pode fornecer alguns materiais introdutórios sobre a empresa, permitindo que o profissional já comece a se familiarizar com a cultura, os valores e as políticas organizacionais mais relevantes.
Em paralelo, o setor deve se organizar para assegurar que todos os recursos necessários estejam prontos e disponíveis para o novo colaborador assim que ele chegar.
INTEGRAÇÃO
A integração propriamente dita acontece nos primeiros dias do talento na empresa. Geralmente, essa etapa reúne as seguintes ações:
- entrega de um kit de boas-vindas e apresentação geral sobre a história, a missão, a visão, os valores e a estrutura organizacional da empresa;
- tour pelas principais dependências da companhia, caso o colaborador seja contratado no modelo híbrido ou presencial;
- apresentação do profissional para os seus colegas de trabalho e lideranças;
- café de boas-vindas, que pode ser uma excelente forma de tornar esse momento mais agradável e descontraído;
- alinhamento de expectativas e esclarecimento de dúvidas sobre a função e as responsabilidades do novo colaborador (geralmente, essa etapa é conduzida pelo líder direto);
- treinamento sobre os sistemas, produtos, processos e demais ferramentas necessárias para o trabalho.
Vale dizer que as ações descritas acima não precisam ser realizadas no mesmo dia. Elas podem e devem ser fracionadas ao longo da semana, até mesmo para não sobrecarregar o colaborador com informações.
ADAPTAÇÃO
Especialistas estimam que leva de três a seis meses para um profissional se adaptar a sua nova posição. Por isso, os dias que sucedem o onboarding de novos colaboradores requerem um acompanhamento ainda mais próximo por parte do RH e da gestão.
Durante esse período, é importante realizar reuniões de acompanhamento regulares, tanto para dar feedback sobre o desempenho, quanto para esclarecer possíveis dúvidas ou preocupações.
Além disso, essa também é a ocasião certa para identificar oportunidades de desenvolvimento profissional e traçar um plano de treinamento contínuo.
Para completar, o RH pode realizar uma pesquisa de satisfação focada no onboarding, a fim de entender se as informações fornecidas nesta fase inicial foram suficientes para apoiar a integração do novo colaborador ou se há algo que precisa ser revisto.
Personalização: o caminho para uma integração memorável
As etapas acima são a base para a construção de um onboarding eficaz. Mas há um elemento capaz de tornar essa experiência ainda melhor: a personalização do processo de integração de acordo com cada cargo ou área da empresa.
Como sabemos, toda função ou setor da empresa possui suas próprias nuances, responsabilidades e desafios. Ao levar isso em consideração ao estruturar o plano de onboarding, a tendência é que ele se torne ainda mais atrativo e relevante.
Para facilitar esse trabalho de personalização, muitas organizações optam por contratar consultorias especializadas, que dominam a arte de criar ações de integração memoráveis.
O papel delas inclui desde a identificação das necessidades específicas de treinamento até a criação de materiais únicos e a orientação sobre as melhores práticas para garantir um onboarding de sucesso.
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