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Se você se interessou por este artigo, provavelmente já ouviu falar sobre Quiet Ambition, tendência que ajuda a explicar por que atrair novas gerações para cargos de liderança tem se tornado um desafio crescente.
Em essência, profissionais que seguem este movimento demonstram pouco ou nenhum interesse em assumir posições com altos níveis de pressão e responsabilidade.
O principal motivo? Encontrar um equilíbrio saudável entre vida pessoal e trabalho. Quer entender melhor o que está por trás deste conceito e o que as empresas podem fazer para contorná-lo? Então, continue a leitura!
O que é Quiet Ambition?
O Quiet Ambition, ou “ambição silenciosa”, é uma nova tendência comportamental encabeçada, principalmente, pelas gerações mais jovens de talentos, como a Gen Z.
Em vez de visar o topo da hierarquia corporativa, pessoas adeptas do Quiet Ambition valorizam bem-estar e qualidade de vida. Exatamente por isso, elas não veem a ascensão para posições de liderança como um objetivo importante de carreira.
Na prática, esses profissionais não demonstram interesse em serem promovidos para cargos que exigem um alto nível de responsabilidade e, consequentemente, não agem proativamente para alcançar essas posições.
O que está por trás do Quiet Ambition?
Como mencionado, os nascidos entre 1995 e 2010 são os grandes protagonistas do Quiet Ambition. Por isso, é essencial conhecer as principais características da Geração Z para entender esse movimento por completo.
A ambição silenciosa nada mais é do que um reflexo direto das mudanças nas prioridades dos talentos mais jovens, que, de modo geral, estão inclinados a valorizar:
- o cuidado com a saúde física e mental;
- experiências profissionais que estejam em harmonia com seu estilo de vida;
- tempo para se dedicar a interesses pessoais, família, amigos e lazer;
- flexibilização de horários e a possibilidade de trabalhar remotamente.
Juntas, essas características ajudam a explicar por que muitos jovens profissionais preferem não perseguir incessantemente a ascensão a cargos mais altos.
Afinal, é comum que as responsabilidades atreladas à liderança sejam acompanhadas por um nível maior de estresse e pela carga de trabalho mais intensa.
Um problema iminente de sucessão
Até 2030, estima-se que a Geração Z irá compor 58% da força de trabalho mundial. Portanto, à medida que o tempo passa, atrair novas gerações para a liderança se tornará essencial para a sobrevivência das organizações.
A lógica é simples: o sucesso de longo prazo dos negócios está diretamente ligado à capacidade de identificar, preparar e desenvolver potenciais sucessores.
Porém, a transformação comportamental que o Quiet Ambition representa torna esse processo mais complexo, colocando em risco a continuidade da liderança e a estabilidade organizacional.
Ainda que o desinteresse em ocupar posições mais altas seja legítimo, é importante abordar esse movimento de maneira construtiva, buscando um equilíbrio que atenda às necessidades mútuas — de empresas e colaboradores.
O desafio a ser superado, neste caso, é conseguir mostrar para a nova geração de talentos que há espaço para que eles cresçam sem precisar renunciar a sua vida pessoal ou bem-estar.
Como atrair novas gerações para a liderança?
Atrair uma nova geração de talentos para a liderança requer uma abordagem estratégica e proativa, considerando as expectativas, os valores e as preferências deste grupo.
Confira, a seguir, algumas ações que podem ser bem-vindas nesse contexto:
LIDERANÇAS INSPIRADORAS
Contar com líderes que sejam modelos de comportamento ético, inclusivo e inovador, que valorizem o diálogo aberto e que promovam o equilíbrio entre vida pessoal e profissional, pode motivar os jovens talentos.
Mais do que exemplos a serem seguidos, tais líderes devem atuar como mentores, compartilhando suas experiências e mostrando às novas gerações o que pode ser alcançado.
PROGRAMAS DE DESENVOLVIMENTO FLEXÍVEIS
O fato de a Geração Z não se interessar em “se tornar chefe” não significa que ela não valorize as oportunidades de desenvolvimento.
Muito pelo contrário: esses talentos buscam constantemente por crescimento profissional e pessoal, valorizando organizações que oferecem programas de treinamento robustos.
Para aumentar a adesão da Gen Z, é importante investir em ações flexíveis e personalizadas, que se adaptem às necessidades individuais e preferências das pessoas colaboradoras.
APRENDIZAGEM EXPERIENCIAL
Ainda falando sobre desenvolvimento, a aprendizagem experiencial pode ser uma forma poderosa de desenvolver habilidades de liderança na Geração Z.
Basicamente, esse método permite que os colaboradores aprendam fazendo. Ele pode incluir, por exemplo, projetos práticos, simulações e uso de recursos de realidade virtual.
MENTORIA REVERSA
Outra maneira de apoiar o desenvolvimento de futuras lideranças é investindo na mentoria reversa, estratégia que permite que os colaboradores jovens forneçam orientações e dicas aos profissionais com mais experiência.
Essa abordagem promove uma rica troca de conhecimentos, perspectivas e habilidades, mas também faz com que os membros da Geração Z se sintam genuinamente valorizados.
CULTURA ORGANIZACIONAL INCLUSIVA
Essa é uma dica que não visa apenas atrair novas gerações para a liderança. De modo geral, priorizar diversidade, inclusão e um ambiente de trabalho positivo é essencial para manter esses talentos engajados em qualquer posição.
Por cultura inclusiva, entende-se criar uma empresa onde todas as pessoas se sintam valorizadas, respeitadas e inspiradas a contribuir com seu melhor.
Considerações finais
Esperamos que, ao adotar as dicas acima, sua organização possa atrair e cultivar as habilidades de liderança das novas gerações, preparando um pipeline sólido de gestores para o futuro e garantindo o sucesso a longo prazo.
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