4 estratégias para criar uma força de trabalho qualificada

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Qualificar e requalificar são verbos que vão perdurar no dia a dia da área de Pessoas e das empresas por um bom tempo. Afinal, em um mundo do trabalho veloz, instável e em constantes transformações, disso depende a aquisição e a renovação de habilidades humanas e técnicas que impulsionam colaboradores e resultados organizacionais. 

Mas quais devem ser as estratégias para criar uma força de trabalho qualificada daqui por diante? Elencamos, neste conteúdo, os caminhos necessários para que líderes como você alcancem o êxito em sua jornada de qualificação de pessoas. Acompanhe.

1. Compreenda a natureza mutável das habilidades

A era digital requer dos colaboradores o desenvolvimento e o aprimoramento contínuos de um conjunto de habilidades, para que eles estejam preparados para os desafios do hoje e do amanhã. 

Entre as habilidades humanas mais procuradas pelas empresas, destacam-se: 

• comunicação; 
• relacionamento interpessoal; 
• capacidade de resolver problemas; 
• agilidade; 
• inovação. 

Espera-se, ainda, uma lacuna cada vez mais ampla de habilidades técnicas, estimulada pelo ritmo veloz dos avanços tecnológicos e o surgimento de novas categorias de funções — como os empregos verdes. À medida que as funções dos colaboradores mudam de operacionais e repetitivas para mais estratégicas, as hard skills tornam-se cruciais para o crescimento dos negócios.

2. Defina mapas de habilidades

Identificar competências relevantes nos colaboradores atuais e futuros, nomeando-as em um conjunto, pode tornar o mapeamento de habilidades mais ágil e eficaz. Nesse sentido, os líderes de RH precisam adotar uma abordagem holística e, ao mesmo tempo, singular, olhando para cada função conforme as capacidades e habilidades que ela demanda. 

Definir o mapa de habilidades ajuda a delinear o perfil ideal e identificar lacunas de habilidades nos colaboradores, direcionando assim os esforços de qualificação nas áreas mais cruciais para maximizar o retorno do tempo e dos investimentos. 

3. Identifique os desafios na jornada de qualificação

Embora haja uma ênfase crescente no aprimoramento de habilidades entre as organizações, estas precisarão superar certas barreiras para alcançar plenamente seus objetivos de qualificação. Os desafios englobam: 

• Limitações de recursos: a alocação e a utilização adequadas dos orçamentos de T&D ajudam a criar o ambiente certo de aprendizagem e qualificação entre os colaboradores;
  
  
• Confiança em metodologias padrão: os profissionais preferem uma abordagem personalizada que permite estruturar o aprendizado em torno de seus horários e de acordo com seu estilo;
   
• Ênfase na terceirização para sanar a lacuna de habilidades: isso infla os custos com talentos e aumenta o atrito entre os colaboradores que estão em busca de oportunidades de crescimento profissional;
   
• Lacuna entre mercado e currículo acadêmico: o currículo precisa ser cuidadosamente selecionado, atentando para as necessidades do mundo do trabalho a fim de impulsionar o quociente de empregabilidade. 

4. Planeje e execute um programa de qualificação ágil

Para isso, as lideranças da área de Pessoas devem atentar às seguintes etapas. 

Identifique e priorize as ferramentas de qualificação ideais para cada colaborador 

Os líderes precisam se concentrar em dois recursos — reskilling e upskilling —, a fim de apoiar os colaboradores no aprimoramento e no desenvolvimento de novas habilidades. É importante identificar as ferramentas de qualificação ideais para cada profissional, com base em seus conjuntos de habilidades atuais e trajetórias desejadas para a carreira. 

Determine os métodos de qualificação mais adequados 

Um modelo de entrega combinado — que alie aprendizagem presencial com métodos on-line — pode ser muito benéfico para fomentar uma cultura de aprendizagem contínua. Enquanto as soft skills são melhor desenvolvidas por meio de interações no mundo real, as plataformas on-line fornecem flexibilidade e podem ser personalizadas para a aprendizagem de habilidades específicas no trabalho. 

É preciso olhar para as tendências no consumo de conteúdo, como formatos de vídeo curtos, os quais possibilitam novas formas de microaprendizagem por meio de plataformas de mídia social (como Instagram ou TikTok). 

Concentre-se na aplicação prática do aprendizado 

Os empregadores devem ir além dos requisitos tradicionais de certificação. É fundamental fornecer oportunidades de aprendizado prático, alinhando a aquisição de habilidades aos projetos do setor ou da área de atuação dos colaboradores. 

Monitore efetivamente o programa de qualificação 

É vital que os líderes de RH avaliem a eficácia do programa de qualificação, criando novas maneiras de medir a produtividade dos colaboradores. Esse é, aliás, um dos aspectos mais desafiadores de todo o processo. Existe a necessidade de desenvolver uma estrutura multidimensional que esteja alinhada com a proposta de valor ao empregado (EVP) e inclua fatores como trilhas de desenvolvimento de carreira e satisfação profissional. 

Este conteúdo é parte do estudo Futuro do Trabalho: como o trabalho será feito?, do Everest Group em parceria com a Talent Solutions, o qual foi baseado na propriedade intelectual e nos dados de uma pesquisa com 200 líderes seniores de RH em várias regiões, setores e tamanhos de organização. Acesse já o material completo e obtenha insights que vão impulsionar suas estratégias de talentos de gestão.