Enquanto a dinâmica do mercado de trabalho muda, a gestão de pessoas também precisa se reinventar para reter os melhores talentos. O redeployment faz parte das ações que contribuem com esse propósito.
Ao abrir as portas para que os colaboradores enxerguem novas perspectivas dentro da organização, pode-se evitar a perda de talentos que acontece tanto com demissões desnecessárias quanto na busca dos colaboradores por oportunidades externas ao se sentirem insatisfeitos com algum aspecto do atual trabalho.
Neste artigo, vamos abordar como o redeployment é colocado em prática e qual a relevância dele para as empresas e os trabalhadores. Continue acompanhando!
O que é o redeployment?
Traduzindo literalmente para o português, redeployment significa redistribuição. Contudo, conforme explica Wilma Dal Col, Diretora de Gestão Estratégica de Pessoas no ManpowerGroup Brasil, há muito mais por trás dessa palavra:
“O redeployment envolve todo um trabalho que é feito para ajudar os colaboradores a olharem para as possibilidades que existem dentro da organização. Mas, diferente do que acontece no plano de carreira, essa perspectiva de movimentação não se apresenta necessariamente de forma vertical”.
Aqui, a ideia é que o colaborador se aproprie das próprias habilidades e entenda que pode utilizá-las em outras áreas e funções da empresa, caso não se sinta satisfeito com a sua atividade presente. Aliás, esse novo papel pode ser completamente diferente do inicial.
O que o redeployment faz, portanto, é oferecer ao trabalhador a oportunidade de buscar uma mudança de carreira de forma planejada, em uma organização que ele já conhece e com a qual se identifica, sem ter que procurar por isso externamente.
Quais os benefícios dessa estratégia?
Quando bem estruturada, a movimentação interna da força de trabalho é uma prática capaz de impactar positivamente todos os envolvidos na relação. Veja, abaixo, as principais vantagens que ela proporciona.
PARA A ORGANIZAÇÃO
A possibilidade de o colaborador assumir um novo papel dentro da empresa traz dois grandes ganhos para o empregador:
- contribui com o fortalecimento da marca empregadora na medida em que reforça o compromisso da organização de colocar o bem-estar e a satisfação dos funcionários em primeiro lugar;
- solidifica as relações entre a empresa e os colaboradores, permitindo que o engajamento dos talentos se fortaleça – ou seja, o nível de satisfação deles com o empregador e o trabalho realizado.
“Quando um profissional está disposto a olhar para as novas perspectivas de carreira dentro da organização, esse é um sinal claro de que o pilar de identificação com a empresa existe. O redeployment entra em cena, então, para que o pilar de identificação com a função também se torne mais sustentável”, destaca Wilma Dal Col.
É importante dizer que, juntos, os ganhos citados acima resultam em outros dois benefícios adicionais: a retenção de bons profissionais e a redução dos custos envolvidos nos processos de desligamento.
PARA O COLABORADOR
Empresas que apoiam a prática do redeployment garantem que seus funcionários se sintam mais seguros. Afinal, eles sabem que existe espaço para repensarem a trajetória dentro da mesma organização.
Wilma lembra que, para aqueles que têm uma identificação positiva com a empresa, mas que não estão felizes com as tarefas que desempenham no momento, essa possibilidade é especialmente vantajosa:
“Ao ampliar o autoconhecimento dos profissionais sobre suas competências e permitir que elas sejam mais bem aproveitadas em outras áreas, o redeployment abre espaço para que os talentos assumam o protagonismo da própria carreira”, completa Wilma. Quando os colaboradores estão satisfeitos com o trabalho, a tendência é que eles contribuam cada vez mais para o sucesso dos negócios.
Como incentivar o redeployment na sua organização?
Agora que você já conheceu os benefícios do redeployment e compreendeu que ele pode ser uma ótima opção para a sua empresa, continue a leitura para saber como colocar essa estratégia em prática no dia a dia.
O primeiro passo é ter em mente que, para aproveitar a redistribuição ao máximo, não basta apenas disponibilizar essa opção para os colaboradores. É preciso apoiá-los ao longo de toda a jornada de mudança de posição e responsabilidades.
“O trabalho de redeployment se assemelha com o Outplacement em muitos aspectos. Em ambos os casos, o papel da empresa é auxiliar o profissional no entendimento e aprimoramento das suas forças e fraquezas, para que ele consiga aproveitá-las em outras oportunidades”, orienta Wilma Dal Col.
A diferença é que, no redeployment, a ideia é que o aproveitamento e as mudanças aconteçam na organização em que o colaborador já está atuando. Sendo assim, o RH e os líderes da empresa devem manter o foco em:
- ajudar o trabalhador a olhar para a empresa de forma mais abrangente;
- deixar claro como funciona o processo de aplicação para vagas internas e estar à disposição para esclarecer qualquer dúvida;
- aumentar a compreensão dos funcionários sobre quais experiências e competências podem ser transferidas;
- oferecer ferramentas que permitam ao colaborador se preparar para assumir novas responsabilidades.
Em alguns casos, a empresa pode ainda oferecer coaching e mentoria de carreira, a fim de auxiliar o funcionário a determinar mais rapidamente quais serão os próximos passos de sua jornada profissional.
Como você pôde perceber ao longo do texto, implementar um processo de redistribuição de talentos demanda bastante dedicação. Mas, se bem estruturado, o esforço pode valer a pena. Afinal, essa é uma estratégia de gestão de pessoas que ajuda na construção de uma cultura pautada no desenvolvimento contínuo e na satisfação do time.
Agora que você já sabe mais sobre redeployment, aproveite para conversar com a equipe de consultores de Right Management da Talent Solutions, nossa solução global de gestão de talentos.