Construir times diversos é um assunto que tem sido amplamente discutido nas organizações, muitas delas impulsionadas por suas agendas ESG. Mas, sabemos, ainda há muitos obstáculos a serem superados — um deles é vencer o etarismo, ou seja, qualquer forma de preconceito, estereótipo ou discriminação por idade.
Um erro, que pode custar caro às empresas, é subestimar profissionais com 40 anos ou mais por características próprias de sua geração. Afinal de contas, suas bagagens, competências e capacidade de se adaptar e reinventar são valiosas demais para serem descartadas. Que fique claro: eles não só têm muito a ensinar, mas também a entregar.
Neste artigo, apresentamos quais são os sinais de etarismo, como combatê-los e por que promover um ambiente onde diferentes gerações coexistem é importante para as empresas que desejam prosperar no presente e no futuro. Acompanhe.
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Quais são os sinais de etarismo em uma organização?
Chamado também de ageísmo, o etarismo, embora seja um conceito fácil de compreender, nem sempre é simples de identificar. Afinal, quais são os sinais? Atente para:
- A existência de um padrão de contratação de talentos mais jovens;
- Comentários frequentes relacionados à idade dentro da organização, mesmo que em tom de “brincadeira”;
- O baixo número de promoções entre profissionais com 40 anos ou mais (ou a falta de incentivo para que abracem novos desafios dentro da empresa);
- O corte mais recorrente de funcionários com 40 anos ou mais;
- A oferta de pacotes de aposentadoria antecipada, como forma de incentivar os colaboradores mais velhos a deixarem a empresa;
- A construção de uma cultura organizacional que só abarca profissionais jovens.
Se você deu check em ao menos um desses sinais, ligue o alerta. Um plano de ação precisa ser traçado para que tais práticas sejam coibidas.
Como combater o preconceito por idade no trabalho?
Uma série de ações deve ser tomada para combater o etarismo e promover um ambiente de trabalho mais diverso, que favoreça a coexistência entre gerações no mesmo espaço, compartilhando ideias e conhecimento. Listamos algumas medidas importantes:
- Ter políticas claras de combate a qualquer tipo de discriminação dentro da empresa, incluindo a etária;
- Construir uma cultura organizacional inclusiva, com pessoas de diferentes idades em todos os espaços, cargos e áreas;
- Conscientizar os colaboradores por meio de rodas de conversas ou comunicados que abordem o tema;
- Criar programas de contratação voltados exclusivamente para profissionais maduros, em todas as posições;
- Oferecer condições de trabalho adequadas, visando o bem-estar e a qualidade de vida;
- Incentivar um ambiente de respeito à diversidade entre todos os colaboradores.
Sua empresa adota algumas dessas práticas? Falamos sobre a importância delas no tópico a seguir.
Por que sua empresa precisa promover a diversidade etária?
Há um consenso entre as lideranças mais atentas aos novos contornos do mundo do trabalho de que fomentar um ambiente corporativo diverso e plural melhora o engajamento e a produtividade de equipes. Além disso, olhar e agir para a diversidade é uma das pautas de ESG com a qual muitas organizações estão comprometidas.
A troca entre gerações é motor que potencializa competências, levando as empresas a prosperarem no hoje e no amanhã — daí a relevância de promover a diversidade etária no trabalho.
Diretora de Gestão Estratégica de Pessoas no ManpowerGroup Brasil, Wilma Dal Col afirma que indivíduos de diferentes idades “desempenham um papel importante através de suas vivências, individualidades e singularidades. E isso leva ao sucesso dos negócios: a combinação certa de competências”.
Um ambiente onde convivem diversas gerações favorece:
- A cooperação e a troca de experiências, uma relação de complementaridade que potencializa resultados;
- O fortalecimento da marca empregadora, o que contribui com a atração, a retenção e o engajamento de talentos;
- A abertura de espaço para a inovação, propiciada pela necessidade de reinvenção dos mais jovens com a ampla visão de negócios e a bagagem maior de experiências dos mais maduros.
Para tanto, é preciso derrubar muros que impedem a inclusão de profissionais mais maduros nas equipes. Cabe às lideranças organizacionais, especialmente, combater o etarismo com ações concretas, que fomentam a convivência entre gerações em diferentes espaços e posições dentro da empresa. Afinal, a troca geracional é uma oportunidade de aprendizado mútuo em que competências são potencializadas, criando um ambiente propício ao sucesso a qualquer tempo.
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