Sem tempo para ler agora? Experimente ouvir o nosso artigo.
A mais recente edição do relatório Futuro do Trabalho, publicado pelo Fórum Econômico Mundial, evidenciou um tema que já estava no radar da gestão de pessoas há algum tempo: a requalificação profissional.
O estudo apontou que, nos próximos anos, 40% das habilidades exigidas no trabalho vão mudar e 92 milhões de funções deixarão de existir. Como resultado, pelo menos 59% dos trabalhadores precisarão se requalificar até 2030.
Neste artigo, mostraremos como as empresas podem atuar diante dessa nova realidade, traçando ações estratégicas que preparem os colaboradores para os desafios que estão por vir.
O que é a requalificação profissional?
A requalificação profissional é o processo de atualização ou aquisição de novas habilidades e conhecimentos, que permitem a adaptação do indivíduo às constantes mudanças do mercado de trabalho.
Esse conceito também é conhecido como reskilling e consiste na preparação do profissional para exercer novos papéis, por meio da aquisição de competências que até então não eram necessárias.
Geralmente, o reskilling caminha de mãos dadas com o upskilling, estratégia que busca manter os talentos atualizados sobre as tendências e as evoluções de suas respectivas funções.
Por que esse se tornou um assunto prioritário para o RH?
Como vimos na introdução, o Fórum Econômico Mundial prevê que muitas posições serão destituídas até 2030.
Em contrapartida, 170 milhões de novas funções serão criadas, gerando 78 milhões de oportunidades de emprego.
Essa transformação está sendo impulsionada, principalmente, pela evolução tecnológica, por fatores econômicos e demográficos, e pela transição para uma economia verde.
O fato é que ela já está em curso e não pode mais ser ignorada. Para garantir sua relevância no futuro, as organizações precisarão investir cada vez mais na requalificação (reskilling) ou no aprimoramento de habilidades (upskilling) dos talentos.
Na prática, ambas as estratégias serão a chave para reduzir a lacuna entre as funções existentes e as novas oportunidades.
Ao RH, cabe não somente estar atento às necessidades emergentes de capacitação, mas também se tornar um facilitador desse processo, criando programas de desenvolvimento que preparem os colaboradores.
De olho nas funções e habilidades que estarão em alta
Para apoiar as equipes de RH nessa jornada, o relatório do Fórum Econômico Mundial também apontou os empregos e as competências que devem crescer nos próximos anos.
Entre as funções em ascensão, destacam-se aquelas ligadas aos setores de Tecnologia, Energia Renovável, Agronegócio, Saúde e Biotecnologia.
Isso se reflete, também, nas habilidades em alta até 2030. Entre elas, estão:
- IA e Big Data;
- cibersegurança;
- gestão ambiental;
- gestão de recursos e operações;
- controle de qualidade.
Mas vale dizer que as habilidades comportamentais também serão cada vez mais exigidas em muitos empregos. Neste caso, o destaque fica por conta das seguintes soft skills:
- pensamento analítico;
- resiliência, flexibilidade e agilidade;
- liderança e influência social;
- pensamento criativo;
- motivação e autoconhecimento;
- empatia e escuta ativa;
- curiosidade e aprendizado contínuo.
Como empresas e profissionais podem se preparar?
Diante das transformações que já estão moldando o mercado de trabalho, tanto as empresas quanto os profissionais precisam se adaptar para acompanhar o ritmo das mudanças e garantir sua relevância.
A seguir, vamos apontar alguns caminhos de como fazer isso na prática!
PARA AS EMPRESAS
Um dos maiores desafios para as organizações, especialmente para o RH, será promover um ambiente que incentive a aprendizagem contínua e o desenvolvimento de novas habilidades.
Entre as estratégias indicadas, estão:
- mapeamento de competências: identificação das habilidades que serão mais importantes para o futuro da empresa e onde há lacunas nas equipes;
- investimento em treinamentos: com base nas informações levantadas, desenvolver programas de capacitação individualizados, que combinem diferentes formatos;
- cultura de aprendizagem contínua: implementar medidas que incentivem os colaboradores a se desenvolverem constantemente;
- uso de tecnologia: adotar ferramentas que tornem o processo de requalificação profissional mais eficiente e escalável, como a gamificação;
- acompanhamento próximo: acompanhar o impacto das iniciativas e promover melhorias sempre que for oportuno;
PARA OS PROFISSIONAIS
Para os colaboradores, a principal dica é adotar uma postura proativa, refinando a capacidade de aprendizagem. Isso inclui:
- acompanhamento das tendências do mercado: ficar atento às mudanças nas exigências das profissões e buscar certificações alinhadas às novas demandas;
- desenvolvimento de habilidades comportamentais: além das competências técnicas, também aprimorar as competências humanas mais valorizadas;
- esforço contínuo: investir em cursos online, workshops, networking e experiências práticas que agreguem conhecimento e ampliem as possibilidades de atuação;
- flexibilidade: se abrir às possibilidades de mudanças de carreira e novas formas de trabalho.
Considerações finais
Como vimos até aqui, o futuro do trabalho aponta para a requalificação profissional e o aprimoramento contínuo.
Quanto mais cedo empresas e profissionais começarem a agir, mais preparados estarão para enfrentar os desafios e aproveitar as oportunidades que surgirão nos próximos anos.
Só não se esqueça de que o sucesso dessas estratégias também mora na constância: elas não devem ser vistas como soluções pontuais, mas como um investimento contínuo para garantir a competitividade da organização e a empregabilidade dos talentos.
Quer se manter por dentro das melhores práticas de gestão de pessoas? Então, aproveite para conferir também nosso Relatório de Tendências Globais 2025: Acelerando a Adaptabilidade.
Nele, você irá compreender como a aceleração no ritmo das mudanças vai seguir impactando pessoas e negócios ao longo deste ano e, sobretudo, como prosperar nesse cenário!
-1.png)
