As soft skills e as hard skills já são grandes conhecidas do mercado de trabalho. Mas, de uns tempos para cá, uma nova categoria de habilidades passou a ser demandada pelas empresas: as power skills.
Representando a união entre competências comportamentais e técnicas, elas surgem como habilidades-chave para quem deseja navegar com eficiência pelos desafios do presente e do futuro.
Neste artigo, explicaremos o que são as power skills e como o RH pode apoiar os colaboradores no desenvolvimento dessas habilidades para impulsionar resultados e fortalecer a estratégia do negócio.
As power skills, ou “habilidades poderosas”, em tradução literal para o português, são competências que combinam o melhor dos dois mundos:
Em outras palavras, as power skills são a soma de habilidades técnicas e humanas. Juntas, elas potencializam a performance dos colaboradores, especialmente em um cenário cada vez mais desafiador, dinâmico e orientado à inovação.
Não por acaso, essas competências vêm ganhando destaque entre as lideranças de RH que buscam atrair, desenvolver e reter talentos para as suas organizações.
Sabemos que o mundo do trabalho se redesenha por uma série de fatores. Para acompanhar essas transformações, é preciso contar com profissionais com um conjunto de habilidades específicas — de fato, “poderosas” — e alinhadas às novas exigências do trabalho.
Afinal, são as forças humanas que impulsionam resultados por meio das power skills e, assim, garantem o crescimento sustentável dos negócios.
Em resumo, empresas que contam com essas habilidades no time estão propensas a:
Esses são alguns dos fatores que tornam as power skills verdadeiros diferenciais, tanto para os profissionais que desejam se destacar quanto para as empresas que querem se manter competitivas.
A seguir, listamos oito power skills que todo profissional precisa desenvolver — e que os times de RH devem priorizar na hora de atrair, selecionar e apoiar talentos.
São competências que impactam diretamente a performance, a adaptabilidade e o sucesso das equipes em um cenário de negócios cada vez mais desafiador.
É a habilidade de se colocar no lugar do outro e compreender suas emoções, perspectivas e necessidades.
Essa power skill é especialmente importante em posições de gestão ou em funções que têm contato direto com o público, onde é preciso criar conexões e lidar com conflitos para alcançar os melhores resultados.
Um gestor empático, por exemplo, tende a perceber mais facilmente quando um colaborador está enfrentando dificuldades. Em vez de reagir com cobranças imediatas, ele busca entender o contexto, abrindo espaço para o diálogo e o suporte.
É marcada pela capacidade de organizar as próprias tarefas, gerenciar o tempo eficazmente, manter o foco e entregar resultados com autonomia.
Essa habilidade se tornou ainda mais crítica com o avanço do trabalho remoto e híbrido, em que não há a figura de uma liderança sempre por perto para monitorar as atividades do liderado.
É a habilidade que diferencia um profissional que somente cumpre ordens daquele que enxerga além do básico.
Em geral, pessoas proativas têm iniciativa, antecipam problemas, propõem melhorias e buscam soluções por conta própria, sem precisar esperar por uma solicitação.
Essa power skill é especialmente importante em um cenário de constantes transformações, onde a capacidade de agir com autonomia e agilidade diante dos novos desafios faz toda a diferença para os resultados.
Independentemente da função ou nível hierárquico, uma comunicação clara e eficiente é fundamental para alinhar expectativas, evitar ruídos e promover o engajamento.
Mas vale lembrar: comunicar-se bem não envolve apenas falar ou escrever com perfeição. A boa comunicação também requer escuta ativa, ou seja, saber ouvir com atenção, interpretar sinais não verbais e responder adequadamente.
Em reuniões, por exemplo, um colaborador que escuta atentamente antes de contribuir tende a trazer pontos mais relevantes e construtivos para a discussão.
A combinação de habilidades e experiências dos colaboradores pode levar a soluções mais eficazes e inovadoras. Mas, para que isso realmente aconteça, é importante que os profissionais saibam trabalhar em equipe.
Na prática, isso significa apoiar os colegas quando necessário, construir juntos (em vez de competir), respeitar as diferenças, dar e receber feedback com maturidade e colocar os objetivos do time acima dos interesses individuais.
Em um mundo do trabalho marcado por instabilidades e incertezas, é essencial contar com profissionais capazes de projetar futuros, antecipar problemas e tomar decisões que gerem valor a longo prazo.
Cada vez mais, essa habilidade caminha de mãos dadas com a capacidade de analisar grandes volumes de dados. Afinal, decisões bem fundamentadas precisam ser baseadas em informações concretas, e não apenas em “achismos”.
Uma das características das empresas bem-sucedidas é a capacidade de fazer diferente, enxergar possibilidades em qualquer cenário e introduzir no mercado ideias novas, com base nas necessidades dos consumidores.
É justamente isso o que chamamos de inovação. E ela não depende apenas de grandes invenções tecnológicas, mas também de pequenos ajustes em processos, serviços ou formas de se comunicar com o público.
Ter perfil de liderança não se restringe a cargos de gestão. Essa skill está presente em talentos que propagam a cultura da empresa, mantêm seus colegas motivados, inspiram aos outros e, assim, contribuem positivamente com os resultados organizacionais.
Por exemplo: um profissional com mais tempo de casa que acolhe e orienta um novo colega, mesmo sem ser o seu gestor direto, demonstra claramente essa habilidade.
Ele ajuda a criar um ambiente de confiança, fortalece o time e contribui para o desenvolvimento coletivo, mostrando que liderança é mais sobre influência e exemplo do que sobre autoridade.
É certo que alguns profissionais têm as competências mais desenvolvidas que outros, a depender de suas vivências e experiências na carreira.
Mas, independentemente disso, o desenvolvimento contínuo dessas competências é fundamental para que todos acompanhem as demandas do mercado de trabalho e alcancem o nível de desempenho esperado.
Inclusive, o Fórum Econômico Mundial estima que 59% dos trabalhadores precisarão se requalificar ou aprimorar suas habilidades até 2030.
Cabe ao RH, com o apoio das demais lideranças da empresa, mapear as competências mais importantes e necessárias, além de identificar os gaps para saná-los com eficiência.
O passo seguinte é buscar as ferramentas apropriadas para o desenvolvimento e o aprimoramento das power skills que vão afetar os resultados organizacionais.
Três recursos se mostram interessantes quando aplicados adequadamente nas estratégias de desenvolvimento e gestão de pessoas. Confira a seguir.
Durante essa jornada, o profissional é incentivado a identificar e fortalecer habilidades até então pouco exploradas, seja para atingir seus próximos objetivos de carreira ou para enfrentar os desafios do trabalho com uma nova perspectiva.
Por meio de conversas focadas e ferramentas específicas, o coaching ajuda a desbloquear potenciais, aumentar a confiança e melhorar a tomada de decisões, tornando o colaborador mais preparado para atuar em cenários complexos.
Além disso, o coaching promove maior responsabilidade sobre o próprio desenvolvimento, incentivando a autonomia e o protagonismo na construção da trajetória profissional.
Já o mentoring envolve uma relação de orientação, na qual um profissional mais experiente (o mentor) compartilha conhecimentos, ideias e direcionamentos com um colaborador em desenvolvimento (chamado de mentorado).
Esse processo é especialmente importante para transmitir experiências práticas, acelerar o aprendizado e ampliar a visão do mentorado sobre sua carreira e sobre os desafios do negócio.
Além disso, essa solução promove a troca de perspectivas e fortalece a cultura de aprendizagem na organização, criando vínculos que incentivam o engajamento e a retenção de talentos.
São iniciativas pensadas para potencializar a atuação de profissionais que ocupam cargos de gestão ou para preparar a próxima geração de líderes da empresa, tendo como foco o desenvolvimento de competências imprescindíveis no mundo do trabalho.
Em geral, um programa de desenvolvimento de lideranças pode incluir workshops, dinâmicas de grupo, coaching e mentoria para que líderes aprendam a fomentar a colaboração e a inovação, ao mesmo tempo em que gerenciam os resultados e o bem-estar dos colaboradores.
Independentemente do estágio da carreira, cargo ou área de atuação, as power skills já são reconhecidas como habilidades-chave para quem deseja prosperar em um cenário de rápida transformação digital e mudanças aceleradas.
Neste contexto, é fundamental que as lideranças, especialmente as de RH, estejam atentas para identificar quais competências precisam ser desenvolvidas nos colaboradores, alinhando esse desenvolvimento aos objetivos estratégicos da empresa.
Se você quer entender mais sobre as ferramentas que podem ajudar nesse processo, aproveite para conferir o artigo Coaching ou mentoria: breve guia para decidir e desenvolver equipes. Caso prefira falar diretamente com nosso time de especialistas, basta preencher o formulário abaixo que entramos em contato.