Você sabia que cultivar bons hobbies pode te ajudar a lidar melhor com os desafios pessoais e profissionais? Isso porque, além de proporcionarem momentos de diversão e relaxamento, algumas atividades também conseguem melhorar a nossa inteligência emocional.
A capacidade de entender e gerenciar as próprias emoções e as dos outros é uma habilidade essencial em todas as esferas da nossa vida. Mas ela ganha um peso ainda maior no ambiente de trabalho, constantemente atravessado por mudanças e situações tensas.
Se você deseja entender mais sobre a importância da inteligência emocional neste contexto e como desenvolvê-la a partir de hobbies como jardinagem, esportes e meditação, siga com a leitura do texto!
Por que a inteligência emocional é a bola da vez?
Certamente você já ouviu falar sobre a crescente demanda das organizações por profissionais emocionalmente inteligentes. Por trás dessa busca, há um motivo claro: a inteligência emocional é uma soft skill que reflete diretamente na competitividade das empresas.
Em primeiro lugar, os talentos que demonstram inteligência emocional tendem a brilhar em momentos de alta pressão e na tomada de decisões críticas. Esse é um comportamento fundamental no mundo dos negócios, onde reviravoltas e desafios fazem parte da rotina.
Além disso, essa habilidade também está diretamente relacionada com a construção de relacionamentos pautados na empatia e na compreensão. O que, por sua vez, leva a uma comunicação mais eficiente e a um ambiente de trabalho mais positivo para todas as pessoas.
Diante de tantas vantagens, não é de surpreender que as empresas busquem ativamente colaboradores que trazem consigo esse valioso tesouro. Em resposta a essa demanda, muitos profissionais estão buscando maneiras de desenvolver a inteligência emocional.
É justamente neste ponto que os hobbies podem entrar em cena!
Como os hobbies apoiam o desenvolvimento da soft skill?
Hobbies nada mais são do que atividades que as pessoas escolhem fazer voluntariamente, porque as acham gratificantes, relaxantes ou divertidas. Entre eles estão as práticas esportivas, a leitura, o artesanato, a jardinagem e muitos outros.
De modo geral, os hobbies são realizados no tempo livre e funcionam como uma válvula de escape para o estresse e a pressão do dia a dia. Não por acaso, são frequentemente associados à melhora da saúde mental e a um maior equilíbrio entre trabalho e vida pessoal.
O que muitas pessoas não sabem é que alguns passatempos também são um terreno fértil para o desenvolvimento ou o aprimoramento de habilidades importantíssimas, como a inteligência emocional.
Esse é o caso, por exemplo, de atividades que ampliam a autoconsciência, envolvem interações sociais e trabalham a resiliência. Como mostraremos a seguir, todos esses elementos são peças do quebra-cabeça que é aprender a lidar melhor com as emoções.
Monique Scripnic, Estagiária no Marketing do ManpowerGroup Brasil, é um exemplo de profissional que descobriu desde cedo os benefícios dos hobbies no desenvolvimento da inteligência emocional: “me sinto relaxada, é a forma que encontrei de meditar. Alcanço um equilíbrio mental praticando mindfulness, mantendo a consciência e o foco no momento presente.”
Dicas de hobbies que aprimoram a inteligência emocional
Se você faz parte das pessoas que têm buscado formas diferentes de ampliar essa habilidade, seja para lidar com os desafios profissionais ou para melhorar a qualidade de suas relações fora do trabalho, aqui estão algumas atividades que podem ajudar:
1. IOGA
Em 2022, a Organização Mundial de Saúde (OMS) lançou novas diretrizes para melhorar o ambiente de trabalho e apoiar o enfrentamento dos riscos à saúde mental. Entre as ações propostas, uma chamou bastante atenção: a realização de aulas de ioga nos escritórios.
Além de trazer vários benefícios para a saúde física, a prática do ioga é conhecida por promover a autoconsciência, ensinando às pessoas a se conectarem com seus corpos, emoções e pensamentos.
Essa autoconsciência é uma das bases para o desenvolvimento da inteligência emocional, já que ela contribui para que o indivíduo reconheça, compreenda e regule seus sentimentos de forma mais eficaz.
2. AULA DE MÚSICA
A música e a inteligência emocional estão ligadas de várias maneiras.
Primeiramente, essa é uma forma poderosa de expressão: compositores, cantores e músicos, muitas vezes, canalizam suas próprias emoções nas músicas, o que faz com que eles consigam processar melhor o que estão sentindo.
Em paralelo, a música é frequentemente usada como uma forma de promover o bem-estar e equilibrar o humor. Ouvir músicas relaxantes, por exemplo, pode reduzir os níveis de estresse e ansiedade, o que é importante para a gestão emocional.
3. MEDITAÇÃO
Assim como o ioga, a meditação também é uma ferramenta poderosa para desacelerar a mente, cultivar a atenção plena e promover a autorregulação emocional.
Por meio desta prática, é possível aprender a acolher e observar as próprias emoções sem reagir impulsivamente a elas. Isso ajuda no autocontrole, que é uma habilidade fundamental no processo de tomada de decisões equilibradas.
Além disso, a meditação vem sendo apontada como uma aliada poderosa da saúde mental. Segundo artigo publicado pelo Jama Psychiatry, a redução da ansiedade e do estresse baseada em exercícios de atenção plena pode ser quase tão eficaz quanto medicamentos antidepressivos.
4. ESPORTES COLETIVOS
Praticar esportes em equipe, como futebol, basquete ou vôlei, envolve, necessariamente, interações sociais. Sendo assim, esse hobby é uma oportunidade perfeita para trabalhar aspectos como a empatia e a colaboração.
Em geral, os esportes coletivos são altamente valiosos para o aprimoramento da inteligência emocional, tendo em vista que essa habilidade também envolve saber lidar com opiniões divergentes e gerenciar as emoções de outras pessoas eficazmente.
5. Jardinagem
Segundo um levantamento divulgado pelo Pinterest, a jardinagem é uma das atividades ao ar livre preferidas dos brasileiros. E que bom! Afinal, esse contato próximo com a terra pode ensinar lições valiosas.
Assim como relacionar-se com outras pessoas, cultivar um jardim também requer paciência, planejamento, cuidado e, principalmente, capacidade para lidar com frustrações quando as coisas não saem conforme o esperado: persistir, mesmo quando os resultados demoram a aparecer, é uma parte fundamental tanto da jardinagem quanto da inteligência emocional.
Monique também comenta que as plantas podem fazer o bem: “fico feliz só de olhar, mas quando posso parar e cuidar delas, percebo que é o momento em que minha dopamina dispara. O contato com a terra, o cheiro, a textura diferente de cada exemplar… e estudar sobre os cuidados também se torna um hobby. Gosto, principalmente, de ervas e temperos, posso utilizar nos alimentos e fazer chás, o que também ajuda na saúde física e mental”.
Considerações finais
Em um mundo onde as demandas diárias podem ser esmagadoras e a preocupação parece uma constante, a importância de incorporar hobbies em nossas vidas não pode ser subestimada.
Ao dedicar tempo a atividades que ama, você não está apenas investindo no seu bem-estar, mas também está aprimorando sua maneira de se relacionar com as outras pessoas, trabalhar de forma mais eficaz e alcançar seus objetivos com consciência!
Perguntamos a Monique Scripnic qual mensagem ela deixaria para outras pessoas que, assim como ela, acham interessante trabalhar a inteligência emocional por meio de hobbies: “o primeiro passo é entender o que você gosta de fazer, porque existem muitos hobbies e eles devem espelhar aquilo que nos dá satisfação. Também é importante se permitir errar e recomeçar, e ter calma. Outra dica é buscar uma atividade que seja diferente do que você já faz no trabalho, que já tem o costume, porque quanto mais diverso, melhor”.
Para finalizar, a estagiária deixa uma sugestão de leitura: “indico o livro ‘A sabedoria da insegurança: como sobreviver na era da ansiedade’, de Alan Watts, ele me ajudou a entender o que é a inteligência emocional e como posso utilizá-la no dia a dia”.
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