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Inteligência emocional: por que as empresas valorizam essa soft skill?

16 min de leitura

Publicado em 08/03/20

Atualizado em Junho 15, 2023

Você já deve ter ouvido que a inteligência emocional é uma das habilidades comportamentais mais buscadas pelos empregadores, certo? Afinal, desde que o conceito surgiu, em 1990, ele se tornou conhecido por sua capacidade de influenciar positivamente o ambiente de trabalho e os resultados organizacionais. 

O fato é que, mesmo diante de tamanha popularidade, muitos profissionais ainda têm uma visão simplificada do que é a inteligência emocional e de como ela pode transformar as relações de trabalho para melhor.  

Se esse é o seu caso, então o artigo é para você. Ao longo do conteúdo, vamos te ajudar a entender o que é essa soft skill, explicando sua relevância na esfera do trabalho e apresentando estratégias para te auxiliar a desenvolvê-la. Continue a leitura! 

O que é inteligência emocional? 

A inteligência emocional é um conceito vindo da psicologia e fala sobre um conjunto de características que te ajudam a lidar, de maneira mais eficiente, com as emoções. Ela se refere à capacidade de reconhecer, compreender e gerenciar tanto as próprias emoções como as das outras pessoas. 

Ou seja, a inteligência emocional envolve a habilidade de perceber e interpretar os sentimentos, assim como utilizar essas informações de maneira eficaz para orientar o pensamento e o comportamento. Afinal, as emoções têm mais influência na nossa conduta do que imaginamos. 

Em situações de estresse, por exemplo, as respostas emocionais chegam muito mais rápido do que as racionais. Por isso, entender esse fluxo e trabalhá-lo te torna alguém mais preparado para lidar com os desafios pessoais e profissionais.  

Em geral, pessoas com sua inteligência emocional desenvolvida demonstram as seguintes características: 

  • conhecem suas forças e fraquezas; 
  • são bons líderes; 
  • não se chateiam facilmente; 
  • se dão bem com a maioria das pessoas; 
  • superam obstáculos; 
  • auxiliam quem está ao seu redor; 
  • sabem quando dizer não; 
  • mantêm um clima agradável por onde passam; 
  • são mais focadas; 
  • se automotivam. 

Competências e habilidades que compõem a inteligência emocional 

A inteligência emocional é considerada uma habilidade multifacetada, que engloba outras skills. 

Segundo Daniel Goleman, psicólogo e autor do livro Inteligência Emocional — A teoria revolucionária que redefine o que é ser inteligente, o conjunto de competências que compõem a inteligência emocional se divide em quatro pilares centrais: 

  • Autoconsciência emocional: é a capacidade de reconhecer e compreender as próprias emoções, identificando padrões e impactos em pensamentos e ações. 
  • Autorregulação emocional: é a habilidade de gerenciar as emoções de forma saudável, controlando impulsos e lidando de maneira adequada com situações desafiadoras. 
  • Consciência social: é saber ter empatia, ou seja, se colocar no lugar de outra pessoa, compreendendo e respeitando sentimentos e perspectivas; 
  • Gerenciamento de relações: envolve um conjunto de skills importantes para a interação social positiva e para a construção de relacionamentos interpessoais sustentáveis. 

Com base nos pilares acima, o já citado Daniel Goleman e o especialista em comportamento organizacional, Richard E. Boyatzis, chegaram aos 12 elementos necessários para o desenvolvimento e a aplicação da inteligência emocional. São eles: 

TABLETA INTELIGENCIA EMOCIONAL_Mesa de trabajo 1

Por que empresas valorizam a inteligência emocional no trabalho? 

Como falamos no início do artigo, as respostas emocionais têm muita influência em nosso comportamento, e é justamente por isso que a habilidade de controlá-las é extremamente valorizada no mercado de trabalho. 

De maneira simplificada, podemos dizer que alguém que tem inteligência emocional tende a lidar melhor com suas emoções e entregar um resultado mais satisfatório em situações de extrema pressão ou mudanças.  

Para exemplificar a importância desta habilidade nas empresas, considere o seguinte cenário: você trabalha em uma loja de tecidos e, em um belo dia, um cano estoura.  

Enquanto uma pessoa sem inteligência emocional fica sem saber o que fazer, apenas vendo aquela “tragédia”, um profissional mais preparado emocionalmente busca por soluções rápidas, como remover todas as mercadorias do espaço; e também duradouras, como entrar em contato com um encanador.  

E não é só isso: esse colaborador ainda poderia ajudar a acalmar seus companheiros de trabalho, delegar tarefas para resolver mais rapidamente a crise e ainda buscar soluções para prevenir que algo assim aconteça novamente. 

Pode parecer pouco, mas a reação menos emocional e mais racional diminuirá consideravelmente os prejuízos neste caso. Resumindo: quem tem inteligência emocional reúne diversas competências pessoais que fazem a diferença no dia a dia no trabalho. 

Para as empresas, contar com profissionais que tenham essa habilidade bem desenvolvida é sinônimo de: 

  • relações positivas e saudáveis entre os colaboradores; 
  • ambiente de trabalho harmônico e colaborativo; 
  • lideranças mais humanizadas e eficazes; 
  • tomada de decisões mais conscientes e equilibradas; 
  • resiliência e gestão do estresse; 
  • melhora do desempenho individual e coletivo. 

Como desenvolver a inteligência emocional? 

Agora que você já sabe o que é inteligência emocional no trabalho e qual a importância dessa habilidade para aqueles que buscam trilhar uma carreira de sucesso, que tal tirar um momento para refletir sobre quais aspectos ainda precisa desenvolver? 

Vale dizer que esse é um processo que demanda muito mais do que conhecer a teoria. Para construir a inteligência emocional e aplicá-la no seu dia a dia, será preciso uma boa dose de autoconhecimento e tomada consciente de ações. 

Veja, na sequência, algumas atitudes associadas a essa habilidade que podem te ajudar no começo:  

  • escute o que as pessoas estão falando pensando no contexto e não na forma como elas estão se expressando. Assim, você consegue absorver a “parte boa” da mensagem, ou o que “realmente quiseram dizer”, em vez de reagir de maneira emocional; 
  • filtre as palavras antes de falar. Ter inteligência emocional também é provocar emoções positivas nas outras pessoas, então, na hora de conversar, escolha um discurso menos agressivo, mesmo quando precisar ser firme; 
  • lide com as emoções de maneira positiva. Isso não quer dizer que você nunca mais terá sentimentos negativos, mas que começará a lidar com eles de outra forma, por exemplo: “ok, estou sentindo isso, o que posso fazer para melhorar?”; 
  • seja paciente com as pessoas e com as situações, mesmo quando a maioria já perdeu a calma. Treinar a paciência vai te ajudar a lidar com extremos e superar obstáculos; 
  • tente focar na solução e não no problema. Esta é provavelmente a principal característica da inteligência emocional: se deparar com um desafio e, em vez de gastar energia se lamentando ou tentando encontrar um culpado, focar em achar uma saída; 
  • abra-se para receber críticas e use-as como oportunidades de crescimento contínuo; 
  • participe de cursos, workshops ou programas de treinamento que foquem no desenvolvimento da inteligência emocional, assim como ler livros e artigos sobre o assunto, assistir a palestras e webinars relevantes e buscar recursos online que ofereçam exercícios práticos também pode ajudar. 

Por fim, lembre-se que o desenvolvimento da inteligência emocional é um processo contínuo e gradual, que leva tempo e exige prática. Portanto, seja paciente e esteja disposto a se dedicar ao aprimoramento desta soft skill. 

É importante destacar, também, que cada pessoa tem pontos fortes e áreas de melhoria diferentes quando se trata de inteligência emocional. Focar em identificar suas próprias necessidades de desenvolvimento e trabalhar nelas de forma consistentemente te levará mais longe. 

Além de colocar essas ações em prática no seu dia a dia, não se esqueça de que a inteligência emocional é apenas uma das muitas habilidades que moldam um profissional de sucesso. Caso queira se aprofundar nas demais, recomendamos a leitura do artigo Hard e soft skills: suas diferenças e como desenvolvê-las na carreira.  

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