Os últimos anos deixaram claro que a gestão de pessoas é uma atividade altamente dinâmica. Para quem quer se manter competitivo, não há outro caminho senão acompanhar o ritmo dessas mudanças.
Uma das melhores formas de fazer isso é saber, de antemão, o que vem pela frente. Pensando nisso, estamos aqui para compartilhar as principais tendências de RH para 2026 e como o setor deve se preparar para os desafios e as oportunidades futuras.
Já podemos adiantar: o próximo ano será ainda mais tecnológico, humanizado, orientado por dados e sustentável, sem perder o foco no desenvolvimento de pessoas e lideranças. A seguir, você confere todos os detalhes!
O conceito de people centric, ou “centrado nas pessoas”, em tradução livre, vem se consolidando como uma das principais tendências globais de gestão de talentos.
Como o próprio nome sugere, ele aponta para um modelo de gestão organizacional que prioriza as pessoas, reconhecendo que elas são o verdadeiro motor do sucesso das empresas.
Na prática, isso significa colocar os colaboradores no centro das decisões, estratégias e ações internas, promovendo ambientes mais humanizados e guiados por valores como empatia, pertencimento e propósito.
Em organizações que cultivam uma cultura centrada nas pessoas, o incentivo à colaboração, à diversidade e à criatividade também é uma constante.
No início de 2025, o Fórum Econômico Mundial (WEF) já alertava para a importância da requalificação profissional diante das rápidas transformações do mercado.
Mais precisamente, a organização estimou que 40% das habilidades exigidas no trabalho devem mudar até 2030, enquanto 92 milhões de funções deixarão de existir.
Esses números reforçam o papel do upskilling (aperfeiçoamento de habilidades já existentes) e do reskilling (aprendizado de novas competências) como duas das tendências mais estratégicas de RH para 2026.
Afinal, sem elas, empresas e profissionais arriscam ficar para trás em um cenário cada vez mais competitivo e tecnológico.
Diante disso, um dos desafios da gestão de pessoas para o próximo ano será ir além de treinamentos pontuais, criando planos de desenvolvimento contínuo alinhados aos objetivos da empresa, às demandas do mercado e às aspirações de cada colaborador.
Para apoiar as empresas nessa jornada, o WEF aponta algumas das habilidades que estarão em alta: IA e Big Data, cibersegurança, gestão ambiental, pensamento analítico, flexibilidade, agilidade, pensamento criativo, escuta ativa, entre outros.
Segundo dados do nosso relatório The State of Careers, somente 37% dos talentos estão totalmente engajados em seu trabalho.
Enquanto isso, um estudo da Gallup mostrou que as lideranças são responsáveis por pelo menos 70% da variação no engajamento dos colaboradores.
Ou seja, para vencer a crise de motivação que muitas empresas vivenciam hoje, é preciso começar pelo desenvolvimento de lideranças capazes de inspirar e apoiar suas equipes.
Mas isso não é tudo: o líder do futuro será híbrido, combinando visão estratégica e empatia para promover o engajamento enquanto faz uso inteligente da tecnologia para potencializar resultados.
Se a saúde mental dos colaboradores já demandava atenção, agora, com a NR-1 entrando em vigor para fiscalização e aplicação de multas em maio de 2026, esse tema se torna ainda mais prioritário para a gestão de pessoas.
Afinal, a norma atualizada traz para as empresas a obrigatoriedade de gerenciar os riscos psicossociais — aqueles fatores do ambiente de trabalho que podem afetar a saúde mental e emocional dos colaboradores.
Com a mudança, a tendência é que ações como políticas de prevenção ao estresse, programas de apoio psicológico e iniciativas que promovam o equilíbrio entre vida pessoal e profissional estejam cada vez mais presentes no dia a dia do RH.
A era da intuição já passou. Para que as tendências que vimos até aqui tragam os resultados esperados, é fundamental que o RH apoie suas decisões em dados confiáveis.
Com informações precisas sobre engajamento, desempenho, turnover, entre outros indicadores, é possível planejar programas de upskilling e reskilling mais robustos, criar políticas de bem-estar mais eficazes, formar lideranças inspiradoras e muito mais.
Além disso, o uso do People Analytics ajuda a reduzir custos, otimizar processos e aumentar a satisfação dos colaboradores, criando um ciclo virtuoso de melhoria contínua para o negócio.
Se uma das tendências de RH para 2026 é a cultura centrada nas pessoas, então é natural que o Employee Experience continue sendo uma prioridade estratégica para o próximo ano.
Cada vez mais, as empresas precisarão ter em mente que cada etapa da jornada do trabalhador, desde o recrutamento até o offboarding, oferece oportunidades para reforçar a cultura organizacional e fortalecer o vínculo com a equipe.
Um ponto central dessa jornada é a comunicação interna. Afinal, informações claras, feedbacks constantes, canais de diálogo abertos e escuta ativa ajudam a criar transparência, confiança e pertencimento.
As tendências de RH para 2026 incluem, ainda, a consolidação da Diversidade & Inclusão (D&I) como um pilar estratégico de inovação e crescimento nas empresas.
Isso significa que, mais do que apenas cumprir metas de representação, agora as organizações precisam focar em criar ambientes de trabalho nos quais diferentes perspectivas sejam ouvidas e valorizadas.
A principal missão do RH nessa frente será garantir que todos os processos internos, do recrutamento à promoção, sejam desenhados para eliminar vieses inconscientes e oferecer oportunidades justas e equitativas a todos os colaboradores.
Por último, não podemos deixar de falar sobre o impacto que as ações de sustentabilidade terão na atração e retenção de talentos nos próximos anos — e o quanto isso precisa estar integrado ao planejamento do RH.
Hoje, os profissionais procuram empresas que tenham um propósito claro e se comprometam com práticas responsáveis, seja na redução do impacto ambiental, na responsabilidade social ou na promoção de uma cultura ética e transparente.
Nesse contexto, a integração de valores ambientais, sociais e de governança (ESG) à cultura organizacional torna-se um passo importante para fortalecer a marca empregadora.
Em 2026, as organizações que conseguirem alinhar tecnologia, humanização, dados, propósito e sustentabilidade estarão mais preparadas para inovar, atrair os melhores talentos e se destacar em um mercado cada vez mais competitivo.
Para apoiar ainda mais as lideranças nesse cenário, o novo relatório da Talent Solutions Right Management, The State of Careers, traz dados globais e da América Latina sobre o que realmente importa para os colaboradores de hoje.
O material alerta para os principais equívocos que gestores podem estar cometendo ao tentar motivar suas equipes e oferece insights para guiar decisões estratégicas de RH no próximo ano. Aproveite para conferir!