O planejamento de carreira é importante. De acordo com o estudo “A Revolução das Competências”, realizado com 18 mil empregadores em 43 países, a tecnologia vai influenciar significativamente o mercado corporativo e os profissionais.
Tanto que para os próximos anos a expectativa é de que até 45% das tarefas delegadas aos colaboradores sejam automatizadas — é o que aponta a pesquisa.
Nesse contexto, os profissionais ficarão livres das atividades manuais e rotineiras, tendo tempo para exercer funções mais satisfatórias e complexas.
Diante desse cenário, surge a questão das competências. O profissional que visa ingressar nessa nova era necessita se qualificar constantemente. Afinal, ele atuará em empregos que antes nem se ouvia falar.
E não é só isso. Para se destacar, é fundamental criar um planejamento de carreira, que será capaz de orientar as suas ações, priorizando sempre um objetivo: o crescimento profissional e, por consequência, o pessoal.
Contudo, na hora de produzir esses planos, o profissional deve se atentar a alguns pontos, evitando assim erros bobos, mas que comprometem o desenvolvimento da tarefa. Confira a seguir, algumas ações que podem ser evitadas:
1. Esquecer de determinar metas
Muitos profissionais vivem no estilo da música do nosso querido Zeca Pagodinho: “deixa a vida me levar, vida leva eu (…)”. Entretanto, esse é um erro gravíssimo, que pode fazer com que você fique estagnado por muito tempo.
Afinal, se você não tem um propósito maior, fica praticamente impossível traçar planos e ações concretas, deixando-o acomodado com a situação atual.
Por isso, tenha em mente que é fundamental determinar metas, não somente em longo prazo, mas também aquelas que serão cumpridas em curto e médio prazo. Aonde você quer estar daqui a 1, 5 e 10 anos? Responda essa questão para saber quais passos você deve tomar em busca daquilo que almeja.
Imagine um estudante que, durante a faculdade conseguiu um estágio, depois conquistou uma vaga em um programa de trainee e após um período foi efetivado na empresa. Lá, ele chegou até o alto escalão administrativo do negócio. Não pense que tudo foi por acaso. Esse profissional traçou um objetivo e correu atrás de seus sonhos. Então, faça o mesmo.
Independente da sua área de formação saiba o que você quer para o seu futuro, e comece já a planejar e agir.
2. Não pesquisar o mercado de atuação
Pense só: como você será o melhor da sua área se até então você mal conhece as particularidades do mercado? Perceba, nesse contexto, a importância de pesquisar a sua área de atuação para entender o que é preciso para se destacar.
Aqui não basta apenas saber questões básicas. É necessário aprofundar no universo e compreender quais são as habilidades e competências que evidenciam os profissionais da área.
Observe quais são as principais demandas das empresas no que diz respeito ao seu segmento, certificando-se de que você está realmente no caminho certo.
Vale destacar que, possivelmente, as melhores oportunidades estarão no setor da Tecnologia da Informação, uma vez que a previsão de crescimento da demanda é de 26% para esse segmento. Outra área que também estará em alta nos próximos anos é a de Recursos Humanos — a expectativa é que a demanda aumente 20%.
Em contrapartida, os setores de administração e escritório, produto e gerenciamento, finanças e contabilidade têm perspectivas bem menores de crescimento. São elas: 5%, 4% e 1%, respectivamente.
Por isso, é essencial não só pesquisar o mercado, mas saber onde estão as melhores possibilidades para assim, ingressar, na área mais adequada.
3. Ignorar cursos extras
Sabia que 65% dos empregos que a Geração Z (pessoas que nasceram entre 1990 e 2010) terá nem existem ainda? É essa a constatação do estudo da Revolução das Competências, que deixa clara a importância de ter habilidades singulares e talentos no novo mundo do trabalho.
Por isso, é fundamental estar sempre antenado com as novidades e tendências do mercado. Possuir um MBA, pós-graduação ou cursos profissionalizantes é apenas um dos diferenciais que vão aumentar as chances de conseguir uma vaga desejada.
Apostar, nesse aspecto, em aulas de idiomas, de informática e em várias outras formas de capacitação, que vão turbinar seu currículo, é uma ideia excelente. Mas, para isso também é preciso ter um planejamento — afinal, essas aulas são um investimento, que, às vezes, não sai tão barato.
Para não apertá-lo financeiramente, é essencial estabelecer um cronograma, inserindo gradualmente uma atividade extra.
Além do mais, para não ficar ultrapassado é primordial se reciclar constantemente — seja por meio de workshops, palestras ou cursos.
Aprimore, então, os seus saberes e garanta melhores resultados nos processos seletivos. Afinal, conhecimento nunca é demais.
4. Perder o foco
Para começar o planejamento de carreira: ninguém nunca disse que seria fácil alcançar o topo, certo? Então, saiba de antemão que será preciso superar diversos desafios. E não caia no erro de desistir assim que ouvir um não ou que as coisas fugirem do seu controle.
Já dizia o ditado que errar é humano, não é mesmo? O que você não pode, em hipótese alguma, é pensar que essa falha determinará quem você é, mudando assim o seu foco.
Você é capaz de tudo aquilo que deseja. Para conquistar as metas, basta ter jogo de cintura e, claro, muita perseverança. Faça de cada desafio uma fonte de aprendizado, que o tornará ainda mais forte e capacitado.
Além do mais, não existe fórmula mágica que te levará ao mais glorioso cenário. Seria um sonho se houvesse atalhos capazes de eliminar todo o processo e já garantisse logo o sucesso.
Infelizmente, a realidade é diferente e, como você bem sabe, o mundo não é um mar de rosas. Então, estique as mangas da camisa e parta para a ação tendo sempre em foco o seu objetivo.
O trabalho será árduo e, algumas vezes, você terá vontade de desistir, mas lembre-se que todo o esforço será recompensado em questão de tempo.
5. Ser inflexível
Claro que seria ótimo seguir à risca cada etapa proposta no planejamento de carreira. Entretanto, imprevistos acontecem o tempo todo.
Por isso, um bom profissional sabe se adequar as situações que fogem do esperado. Ele consegue, nesse aspecto, ajustar os planos, revertendo a situação a seu favor.
Em contrapartida, os profissionais inflexíveis, que ficam engessados ao planejamento inicial, podem sofrer bastante ao perceber que o mercado está em constante mudança.
O que hoje configura-se como uma grande novidade, talvez nem seja mais lembrado dentro de alguns meses. Quer um exemplo? Então, saiba de antemão que mais de 1/3 das competências que hoje são consideradas essenciais para a maioria das profissões se tornarão ultrapassadas até 2020.
Inclusive, as competências que serão exigidas em um futuro relativamente próximo não são consideradas essenciais nos dias atuais. Por isso, o mais indicado é que o profissional saiba produzir um planejamento dinâmico, que se atualize de acordo com as tendências do mercado.
Seja flexível — até certo ponto — com o seu planejamento de carreira, certificando-se de que os planos estabelecidos sejam realistas. Pode apostar: evitando os erros citados, existe grande chance de você obter sucesso com essa tarefa, elaborando um plano viável.
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