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Design Thinking no RH: como usar o processo a favor da gestão de pessoas?

10 min de leitura

Publicado em 13/02/23

Atualizado em Fevereiro 13, 2023

Já faz um tempo que a área de Recursos Humanos deixou de ser estritamente operacional para se tornar altamente estratégica. E o apoio de metodologias que favorecem essa mentalidade, como o uso do Design Thinking no RH, é parte importante desta transformação.  

Se no passado a abordagem criativa e colaborativa era mais utilizada em segmentos como os de engenharia, tecnologia e arquitetura, hoje está claro que ela consegue beneficiar os mais diversos departamentos de uma empresa – incluindo, é claro, o RH.  

Você trabalha na área e quer entender como usar o Design Thinking a seu favor? Continue a leitura do artigo e compreenda como a metodologia pode te fazer ganhar agilidade na hora de resolver desafios da gestão de pessoas!  

O que é Design Thinking?

O Design Thinking é uma abordagem metodológica, criada na década de 70, que busca entender e resolver problemas complexos de maneira criativa e inovadora.  

Seja qual for a área ou setor de aplicação, seu objetivo principal permanece o mesmo: favorecer a entrega de soluções altamente eficazes, desenvolvidas a partir de uma visão colaborativa, que coloca as necessidades dos usuários no centro do processo. 

Como explicaremos abaixo, isso é feito a partir da combinação de diferentes elementos, incluindo ferramentas, dados, mapeamentos de processos e pessoas.  

Como o Design Thinking funciona na prática? 

Antes de entender como utilizar o Design Thinking no RH, é importante que você esteja por dentro das fases que costumam acompanhar o método. Por isso, vamos aproveitar esse tópico para falar sobre elas. 

Em geral, o Design Thinking é colocado em prática com base em cinco etapas principais: 

IMERSÃO 

Nesta fase inicial, o foco do time é entender a fundo quais são os problemas ou desafios que a empresa ou a área enfrenta, bem como as necessidades do público que se relaciona diretamente com eles.  

Para isso, a equipe deve fazer diferentes pesquisas, incluindo entrevistas, observações diretas, buscas por tendências, entre outras. No caso do RH, as avaliações de desempenho e as pesquisas de clima organizacional podem ser bons pontos de partida.  

DEFINIÇÃO 

Após mergulhar fundo na situação, o próximo passo é sintetizar as informações coletadas na fase anterior, analisá-las para identificar padrões, e definir, de fato, qual é o problema a ser resolvido. 

IDEAÇÃO 

A terceira etapa visa a busca de respostas capazes de resolver o problema identificado da forma mais eficaz possível. Sendo assim, o foco da ideação é criar o maior número possível de ideias e soluções para o desafio definido.  

Essa etapa é realizada de maneira bastante colaborativa e criativa. Sendo assim, costuma envolver pessoas de diferentes áreas e com várias perspectivas, além de ferramentas como brainstorming ou matriz de posicionamento.  

PROTOTIPAGEM 

Assim que as melhores ideias forem selecionadas, será a vez de criar uma versão inicial da solução a fim de testá-la junto ao público-alvo no caso do Design Thinking aplicado ao RH, costuma ser os colaboradores da empresa.   

Essa é uma etapa em que o Design Thinking realmente se torna algo mais tangível.  

TESTES 

Para entender se as ideias levantadas realmente surtiram o efeito esperado, é preciso testar, e testar bastante! Com isso, a última etapa do Design Thinking consiste na validação da solução por meio de experimentos e do feedback dos usuários. 

Após ter os resultados dos testes em mãos, será possível partir para uma implementação segura da solução.  

Como utilizar o Design Thinking no RH? 

Agora que você já está por dentro do passo a passo do Design Thinking, chegou a hora de entender como aproveitá-lo no RH. O melhor de tudo é que essa abordagem pode ser aplicada nos diversos processos que estão sob a responsabilidade do setor. 

Basicamente, o Design Thinking contribui para o levantamento de ideias e para o desenvolvimento de soluções que levem a empresa a: 

  • melhorar engajamento, satisfação e produtividade dos colaboradores; 
  • desenvolver programas de treinamento e aprendizagem mais eficazes; 
  • potencializar políticas de benefícios mais atrativas; 
  • reduzir índices de rotatividade e absenteísmo; 
  • aprimorar etapas de Recrutamento e Seleção; 
  • consolidar a comunicação interna; 
  • aperfeiçoar o clima organizacional; 
  • fortalecer a marca empregadora; 
  • realizar mudanças positivas na cultura corporativa. 

Tudo vai depender, é claro, da realidade enfrentada por cada organização. Mas, em linhas gerais, os cinco passos do Design Thinking podem ser adotados pelo RH para identificar os principais problemas da gestão de pessoas e as oportunidades capazes de aprimorar, cada vez mais, a experiência de colaboradores e candidatos.   

Quer um exemplo prático?  

As empresas que estão enfrentando dificuldade em migrar para o trabalho remoto podem adotar essa abordagem com a intenção de investigar quais são os reais desafios da força de trabalho, resultando em ideias que melhorem o engajamento dos times neste cenário.  

Quais as vantagens do Design Thinking aplicado ao RH? 

Como você já deve ter percebido, a grande vantagem de usar o Design Thinking no RH é encontrar soluções criativas para muitos dos problemas que comprometem a gestão de pessoas e, consequentemente, a produtividade das empresas. 

Na prática, o que a metodologia faz é permitir que as organizações trabalhem com mais sinergia, agilidade e eficiência – o que, em tempos de rápida transformação tecnológica, traz um ganho ainda maior. Não por acaso, o Design Thinking já era utilizado por 46% das lideranças de RH em 2020.  

DICA DE LEITURA 

Caso queira estudar mais para colocar o Design Thinking em prática, conheça o livro Design Thinking: uma metodologia poderosa para decretar o fim das velhas ideias, considerado a obra definitiva sobre a metodologia ágil.  

O escritor Tim Brown explica, com diversas histórias e exemplos, qual é a mentalidade e os métodos necessários para que experiências e estratégias se tornam mais inovadoras. É um guia para os profissionais que querem solucionar problemas de forma criativa, pensando no hoje e no amanhã. 

Esperamos que as informações reunidas aqui ajudem a transformar o RH da sua empresa em uma área cada vez mais ágil e estratégica. 

Se o conteúdo foi interessante e você deseja continuar aprimorando seus conhecimentos nesta frente, temos uma sugestão de artigo que tem tudo a ver com o assunto: Estratégia de talentos sustentável: caminhos para atração e retenção em meio à escassez. Aproveite para conferir!  

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