A seleção de novos colaboradores e as ações direcionadas à atração de talentos passaram a fazer parte do planejamento estratégico de muitas empresas. Afinal, é preciso investir na formação de equipes de alta performance, engajadas e capazes de solucionar problemas. Porém, para acompanhar a dinâmica do mercado e superar a concorrência, é fundamental conhecer as principais tendências de recrutamento.
Confira aquelas que estão em destaque em 2017 e entenda como montar um RH mais ágil e competente.
1. Relevância maior da análise de dados
A análise tornou-se uma aliada primordial para os profissionais de recursos humanos. Com base em estatísticas e parâmetros preestabelecidos, a escolha por um determinado candidato para preencher uma posição deixa de ser subjetiva.
Em linhas gerais, os processos de seleção são otimizados, possibilitando a admissão de pessoas mais alinhadas com a cultura corporativa. Ao mesmo tempo, a análise de dados contribui para a retenção de talentos, já que permite o aperfeiçoamento das práticas voltadas ao gerenciamento do capital humano.
2. Ampliação dos investimentos em tecnologia móvel
O avanço da tecnologia móvel obrigou as organizações a buscarem novas formas de comunicação. Por isso, é importante assegurar que os sites e os anúncios sejam responsivos para que se adequem à resolução e orientação das telas de celulares e tablets.
Esse cuidado proporciona um acesso fácil às informações institucionais, ao quadro de vagas disponíveis e ao cadastro de currículos, por exemplo.
3. Crescimento da interação digital
Outra tendência é uma maior interação digital. Nesse caso, a seleção começa com alguns questionários, simulados e jogos online, além de testes práticos e psicológicos. As entrevistas iniciais também podem ser realizadas por meio de videoconferências. Assim, é possível examinar um número maior de candidatos sem a necessidade de deslocamentos.
Com esses resultados em mãos, o recrutador consegue fazer uma triagem eficiente, garantindo que apenas os perfis mais aderentes sigam para a próxima fase.
4. Aumento do uso de ferramentas de automação
A automação de tarefas também é uma das tendências de recrutamento. Atualmente, já existem diversos softwares desenvolvidos especificamente para acelerar as rotinas do setor.
Vale lembrar, então, que a contratação de funcionários envolve uma grande quantidade de atividades manuais que demandam bastante tempo. Logo, é preciso adotar soluções que evitem esforços em excesso.
As plataformas de recrutamento podem filtrar, analisar e cruzar os dados cadastrados com os requisitos de cada um dos cargos em aberto. Assim, o sistema descomplica e agiliza a pré-seleção, avaliando pontos cruciais como conhecimentos técnicos, formação acadêmica e experiências anteriores.
5. Atenção maior a diversidade e complementaridade
A pluralidade dentro do ambiente corporativo tem sido bem discutida e já virou uma tendência.
Equipes muito homogêneas podem ser menos produtivas, já que existe um perfil profissional padrão e, consequentemente, uma zona de conforto. Por isso, o conceito de complementaridade deve ser bem explorado, pois as diferenças estimulam o aprendizado e o crescimento dos colaboradores.
Coletivamente, a diversidade está associada a inovação, criatividade, inclusão, resultados mais expressivos e queda nas taxas de rotatividade. Na verdade, uma série de indicadores melhoram quando há respeito e valorização do indivíduo.
Assim sendo, os gestores também têm de estar preparados para liderar equipes multidisciplinares, encorajando a cooperação, a proatividade e a autonomia.
6. Fortalecimento da marca empregadora
Esse tema vem ganhando importância e grande parte dos recrutadores acredita que uma marca empregadora tem forte impacto na atração de talentos.
O primeiro passo para elaborá-la consiste em desenvolver uma identidade que converte o empreendimento em uma referência. Logo, é preciso divulgar e fortalecer a própria cultura, interna e externamente.
Para consolidar a reputação de boa empregadora, é essencial que a corporação invista em gestão de pessoas com a intenção de conquistar um clima organizacional positivo e altos níveis de satisfação e motivação entre os funcionários.
Entretanto, o employer branding precisa ser concebido em parceria pelo RH e pelo marketing, pois a atratividade da companhia não depende apenas de planos de carreira estruturados e políticas arrojadas de remuneração e benefícios. Nesse contexto, é fundamental trabalhar a marca junto ao mercado, demonstrando autenticidade e firmeza de propósito.
7. Dedicação maior aos relacionamentos
Uma das tendências de recrutamento, as redes sociais provocaram uma transformação nos processos seletivos, assegurando velocidade e eficiência na busca por profissionais capacitados. Também permitiram reduzir custos operacionais e principalmente dar credibilidade ao negócio, algo indispensável para a criação da marca empregadora.
O LinkedIn ainda é o site mais utilizado por usuários que buscam uma recolocação e por aqueles que já têm um emprego, mas estão dispostos a firmar novos acordos. Com as funcionalidades oferecidas por essa rede, é possível identificar talentos, ampliar a rede de contatos e começar relacionamentos com potenciais colaboradores.
Além disso, as empresas também devem fortalecer sua presença em outros espaços digitais, como Facebook, Twitter, Instagram e YouTube. Dessa maneira, é fácil expandir as conexões e conquistar seguidores.
É primordial mencionar ainda que os recrutadores já usam as mídias sociais para verificar a situação desses candidatos, observando comportamentos, opiniões, hobbies e interesses individuais.
8. Favorecimento dos programas de indicações internas
As indicações tinham sido deixadas de lado pelos RHs, pois muitos julgavam que essa prática poderia evidenciar apadrinhamentos e prejudicar a transparência dos processos.
Porém, essa é uma tendência que vem se expandindo nos últimos anos. Só que agora ela está atrelada ao senso de corresponsabilidade e isso faz com que os currículos sejam mais aderentes ao perfil procurado. Assim, todos os funcionários passam a ser recrutadores permanentes, o que acelera e simplifica a busca.
De fato, é preciso que as indicações aconteçam com base nas competências exigidas para o cargo. Ou seja, é avaliada a capacidade do candidato e não apenas a afinidade, principalmente quando se trata de vagas complexas ou do recrutamento de executivos.
Considerando esse mecanismo como uma importante fonte de contratações, algumas organizações estão elaborando programas específicos que contam, inclusive, com bonificações para os indicantes.
Cabe ao RH conhecer e adequar, então, essas tendências à realidade da empresa e assim aprimorar os processos de seleção. Com novas tecnologias e a modernização de algumas rotinas, é fácil garantir, assim, a escalação de profissionais capazes de contribuir verdadeiramente para o sucesso do negócio.
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