O mundo do trabalho, atravessado pelas mudanças globais, como a transformação digital, também se cruza com aspectos mais particulares e subjetivos da vida de cada profissional. Sendo assim, quando o assunto é o desenvolvimento humano, organizações precisam encontrar caminhos capazes de contemplar desafios únicos em conexão aos movimentos externos e às próprias demandas do negócio. Isso é especialmente importante para lideranças e futuras lideranças.
É neste contexto que a mentoria surge como uma das mais efetivas formas de potencializar profissionais. Recentemente, fui selecionada pelo ManpowerGroup Brasil para receber uma mentoria com foco em acelerar meu desenvolvimento profissional — convite que aceitei com muita honra para continuar contribuindo com a companhia e com meu próprio crescimento enquanto líder, enquanto líder mulher.
No entanto, para que o processo de mentoria seja, de fato, transformador, é preciso, antes de tudo, que a pessoa que irá mentorar tenha vivências significativas para compartilhar aprendizados, preparo para acolher angústias, sensibilidade para fazer provocações e visão holística para apontar direções. Ou seja, existem competências e ferramentas que devem fazer parte do processo.
Em seguida, é necessário haver uma sinergia entre a pessoa que irá mentorar e a pessoa que será orientada. Na minha experiência, tenho o privilégio de receber a mentoria da Presidente do ManpowerGroup LATAM, Mónica Flores. Líder que, além de ser alguém que admiro muito e profissional de extrema competência, também é mulher e mãe, como eu.
Tenho que confessar que, no início, fiquei apreensiva em tê-la como mentora, afinal, poderia compartilhar com ela os dilemas que vivo na empresa? Como trazer a questão do equilíbrio entre vida profissional e pessoal para a conversa? Como seria ela ter acesso às minhas inseguranças e vulnerabilidades?
Porém, com uma postura generosa, Mónica criou um ambiente seguro, no qual me sinto confiante em dividir situações e refletir sobre a minha jornada, ainda que em muitos momentos exija que eu saia da minha zona de conforto. Falamos muito sobre equilíbrio, gestão e priorização do tempo e de capacitação contínua. Acredito que essa segurança seja indispensável na mentoria, caso contrário, não haverá progresso.
Nesse caminho, uma das principais conquistas tem sido o mergulho no autoconhecimento para compreender como gerenciar ações e reações, além de um entendimento mais profundo sobre áreas, habilidades e conhecimentos que preciso aprender para seguir agregando valor à minha carreira, ao meu time e ao negócio.
Ao lado da Mónica, está sendo possível mapear uma trilha de aprendizado, que já começou com meu retorno aos estudos e planos para o próximo ano. Essa clareza traz mais confiança não só para o futuro, mas também para o presente, já que consigo identificar com mais facilidade para onde direcionar energia e atenção no dia a dia.
Acredito também que a mentoria entre mulheres é especialmente importante para contribuir com a equidade de gênero. Nesta troca, caminhamos juntas para fortalecer a presença feminina nas cadeiras mais altas e, como em um ciclo virtuoso, me preparo para oferecer esse mesmo apoio futuramente àquelas que têm o objetivo de se tornarem líderes.
A mentoria destrava portas para acelerar o desenvolvimento profissional, considerando as singularidades que todos e todas carregamos e alinhando o processo às demandas que vêm de fora. Combinando ação e inspiração, podemos ir muito mais além.
Como você enxerga o desenvolvimento das lideranças da sua organização? A mentoria faz parte desse processo? Comente aqui ou envie uma mensagem para conversar sobre esse tema tão importante.
Abraços,
Ana Guimarães
Diretora de Operações do ManpowerGroup Brasil
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