A sustentabilidade é um tema vivo e em constante evolução. A cada ano — ou menos — surgem novas tendências em negócios verdes, e as empresas que desejam se manter competitivas não podem ignorá-las.
Afinal, novas práticas, como a economia circular, o crescimento das energias renováveis e o avanço das tecnologias limpas, estão transformando a maneira como os negócios operam e as necessidades dos talentos.
Neste artigo, vamos mostrar como essas novidades reverberam no RH e como o setor pode se preparar para apoiar a transformação sustentável das empresas!
1. Novas demandas de habilidades e funções
Como vimos nos artigos sobre Talentos Verdes e Green Skills, a transição para uma economia mais sustentável está mudando significativamente o perfil de talentos de que as empresas precisam.
Entre as novas demandas, destacam-se habilidades como a gestão de projetos sustentáveis e a análise de dados ambientais, voltada à interpretação de indicadores de impacto para apoiar decisões estratégicas.
O RH exerce papéis importantes nesse cenário, interna e externamente, como:
- preparar colaboradores (do setor de RH e da empresa toda) por meio de treinamentos, programas de capacitação e trilhas de aprendizagem voltadas à sustentabilidade;
- identificar lacunas de habilidades e desenvolver planos de carreira para fortalecer as competências verdes;
- atrair talentos com perfil sustentável, adaptando processos de recrutamento e seleção para incluir a avaliação de competências verdes.
Ao antecipar essas necessidades, o RH não somente garante que a empresa tenha os profissionais certos, mas também contribui para consolidar uma cultura organizacional alinhada aos princípios de um futuro sustentável.
2. Tecnologia e inovação a favor da sustentabilidade
A tecnologia e a inovação estão se tornando grandes aliadas na construção de práticas mais sustentáveis no RH.
Um exemplo são as plataformas de treinamento online voltadas para sustentabilidade que, além de democratizar o acesso ao conhecimento, eliminam a necessidade de materiais impressos e o deslocamento para grandes eventos presenciais.
Outro recurso cada vez mais utilizado são as ferramentas de medição de impacto, que permitem acompanhar indicadores relacionados a consumo de energia, emissões de CO₂ ou até mesmo o engajamento dos colaboradores em práticas sustentáveis.
Com esses dados, o RH consegue avaliar os resultados das ações de forma mais precisa e embasar as próximas decisões.
3. Aprendizagem contínua em um mundo sustentável
Enquanto a sustentabilidade avança aceleradamente, a capacidade de aprendizagem contínua se torna indispensável para profissionais de todas as áreas, incluindo o RH.
Isso porque, como já vimos, novas práticas, regulamentações e tendências surgem constantemente, exigindo atualização para o setor poder apoiar a empresa em sua jornada verde.
Contudo, vale lembrar que o papel do RH vai muito além de se manter informado. Cabe a ele estimular uma cultura de aprendizagem em toda a organização, colocando em prática iniciativas como as que já mencionamos ao longo deste texto.
4. Competências comportamentais ganhando protagonismo
Quando falamos em negócios verdes, é comum pensar em habilidades técnicas ligadas diretamente à sustentabilidade.
No entanto, para que essas iniciativas prosperem, as competências comportamentais serão tão relevantes quanto as chamadas green skills.
Entre algumas das mais valorizadas estão:
- pensamento sistêmico: consiste em compreender a empresa e seus impactos de forma integrada, conectando áreas, processos e stakeholders.
- adaptabilidade: é a capacidade de responder rapidamente a mudanças de mercado, novas legislações e inovações tecnológicas.
- colaboração: envolve saber construir soluções em equipe, muitas vezes interdisciplinares e em parceria com agentes externos.
- visão de longo prazo: é tomar decisões que considerem não apenas os resultados imediatos, mas também os impactos futuros para a sociedade e o meio ambiente.
A missão do RH é ajudar a identificar, desenvolver e valorizar essas competências, o que pode ser feito por meio de programas de treinamento comportamental, feedback contínuo, mentorias e iniciativas que incentivem trabalho em equipe e inovação.
Mais do que formar especialistas em sustentabilidade, o RH deve estar pronto para preparar profissionais capazes de conduzir mudanças, promover engajamento e alinhar propósitos individuais e organizacionais em direção a um amanhã mais verde.
A mudança já começou
A transição para modelos de negócios verdes não é uma projeção distante. Ela já está moldando o presente e transformando a maneira como as empresas operam.
Ao acompanhar as tendências mencionadas, o RH se torna um catalisador de muitas outras práticas de sustentabilidade que já estão em curso, como:
- a crescente demanda por transparência e relatórios ESG, que tornam visíveis os compromissos e os resultados sustentáveis da empresa;
- o fortalecimento de cadeias de suprimentos éticas e responsáveis, fundamentais para reduzir riscos legais e garantir práticas alinhadas a valores socioambientais;
- a valorização da diversidade, equidade e inclusão como dimensões indissociáveis da sustentabilidade social;
- o engajamento de colaboradores e consumidores em torno de propósitos claros e impacto positivo, fortalecendo a reputação e a atração de talentos;
- a busca pela redução de desperdícios e pelo consumo consciente, cada vez mais presente nas expectativas da sociedade e do mercado.
O futuro exige que as organizações não apenas se adaptem, mas também sejam protagonistas na construção de soluções sustentáveis.
Nesse cenário, o RH assume um papel importante: preparar talentos, promover uma cultura voltada ao aprendizado contínuo e garantir que valores sustentáveis estejam no centro da estratégia corporativa.
Pensando nisso, vale a pena começar a refletir quanto antes: como sua empresa e o seu RH podem se preparar para um futuro no qual a sustentabilidade será o eixo de todas as decisões?
Para ter mais um guia nessa jornada, confira agora mesmo o relatório ESG do ManpowerGroup!