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Até que ponto os recrutadores devem se importar com um diploma?

7 min de leitura

Publicado em 03/07/23

Atualizado em Julho 3, 2023

Se você tem se questionado até que ponto o diploma vale a pena na construção de times de sucesso, saiba que essa dúvida não é só sua: muitas empresas já entenderam que o ensino superior tradicional não é o único caminho para o conhecimento e, consequentemente, para o desenvolvimento de bons talentos. 

Como mostramos em nosso Relatório de Tendências 2023: A Nova Era do Potencial Humano, gigantes como a Google, Delta Air Lines e IBM são apenas algumas das organizações que já recorrem a dados e insights — e não apenas ao desempenho acadêmico — na hora de avaliar melhor o potencial de emprego de uma pessoa candidata. 

Esse movimento tem tudo a ver com a escassez global de talentos, que faz com que 4 em cada 5 empregadores relatem dificuldade para encontrar os profissionais de que precisam em 2023. 

Diante deste cenário complexo, não é de se estranhar que mais e mais empresas estejam facilitando ou eliminando o filtro de graduação em formulários de emprego online para determinados cargos, a fim de expandir as opções de candidatos.  

E para entender qual abordagem vem sendo adotada, é só continuar com a leitura! 

Por que os diplomas universitários já não são o único caminho? 

O contexto das contratações nunca foi tão dinâmico. Desde a Covid-19, organizações de todo o mundo tiveram que encontrar maneiras criativas de se adaptar às novas demandas do mercado de talentos e repensar o que significa construir e engajar as equipes para os desafios que estão por vir. 

Um dos desdobramentos mais interessantes nesta frente está justamente na área de requisitos de graduação, que fez com que muitos empregadores passassem a questionar se o diploma vale a pena ou se as competências adquiridas por meio de experiências anteriores de trabalho e de vida têm um peso maior. 

A conclusão à qual muitos chegaram é a seguinte: concentrar-se menos em diplomas universitários e mais em habilidades e experiências práticas aumenta o fluxo de candidatos em um contexto marcado pela escassez de talentos. 

Ainda, essa é uma abordagem que amplia a capacidade das organizações de alcançar as metas de diversidade e inclusão — o 'S' do ESG. 

Vale dizer que a nova lógica que coloca os diplomas universitários tradicionais em uma posição menos relevante representa uma vitória tanto para colaboradores quanto para empregadores. 

De um lado, os profissionais têm mais oportunidades de avanço e crescimento na carreira. Do outro, as empresas conseguem se posicionar melhor para atender à crescente demanda por talentos, alcançar metas de produtividade, aumentar a competitividade e implementar diversidade no local de trabalho. 

Novas formas de buscar e treinar talentos

Como vimos anteriormente, muitos empregadores já reconhecem que os requisitos de graduação podem bloquear o acesso ao talento certo. Inclusive, uma pesquisa conduzida pela Gallup revelou que apenas 11% das lideranças empresariais concordam fortemente que os graduados do ensino superior têm as competências necessárias para trabalhar em suas empresas. 

Torna-se cada vez mais compreensível, não apenas para as organizações, que a educação é sobre aprendizagem ao longo da vida — e uma prova disso é que os próprios profissionais têm buscado formas alternativas de conseguirem as habilidades de que precisam. 

Em meio a esse cenário, muitos profissionais de RH se questionam sobre como descobrir talentos valiosos que, de outra forma, poderiam ter perdido. Este é o seu caso? Confira três sugestões de caminhos a serem seguidos: 

CONTRATE PARA DESENVOLVER 

Se as empresas querem ter uma força de trabalho pronta para o futuro, ao mesmo tempo em que atraem aqueles que atualmente não estão inseridos no mercado, é importante que elas acelerem o treinamento e a requalificação dos colaboradores atuais.  

Pensar na aprendizagem ao contratar é a melhor maneira de se preparar para quaisquer novos desafios que podem surgir nos próximos meses ou anos. 

PROMOVA COM BASE NO QUE A PESSOA PODE FAZER, NÃO NO QUE ELA FAZ 

Contratando com base no potencial em vez de considerar somente os desempenhos anteriores, as empresas podem superar a escassez de talentos enquanto acessam novas experiências, habilidades únicas e pensamentos inovadores.  

Ao fazer isso, as organizações também podem desenvolver talentos e promover pessoas internamente, economizando tempo e dinheiro com recrutamento externo. 

TENHA CONVERSAS REGULARES SOBRE CARREIRA COM OS COLABORADORES 

Isso permite uma cultura de aprendizado e, consequentemente, melhora o engajamento e a produtividade dos talentos. Em geral, os colaboradores se sentem mais comprometidos com o trabalho quando seus líderes diretos têm conversas contínuas sobre carreira. 

Ou seja, ao incentivar e focar no desenvolvimento, as organizações promovem um espaço de trabalho onde as pessoas estão mais envolvidas, produtivas e focadas no desenvolvimento profissional. 

Considerações finais 

Como você deve ter percebido ao longo deste artigo, a discussão em torno da questão “o diploma vale a pena?” tem muitas nuances.  

Mas uma coisa é certa: em diversas áreas, os empregadores já se demonstram mais interessados nas habilidades práticas que um candidato tem, como experiências de trabalho e habilidades específicas, do que na graduação formal. 

É importante considerar, também, que o rápido avanço da tecnologia e a constante evolução do mercado têm tornado algumas habilidades obsoletas em pouco tempo. Neste contexto, um diploma universitário pode não ser suficiente para garantir a atualização contínua e o desenvolvimento profissional ao longo da carreira. 

Com a escassez de habilidades alcançando nível recorde no mundo e as rápidas mudanças do mercado, como citamos anteriormente, é fundamental que as empresas considerem a capacidade de aprendizado dos seus candidatos e colaboradores para superar tais desafios. 

Se você quer entender como isso pode ser feito, temos um conteúdo adicional que pode ajudar: Learnability: por que a capacidade de aprender deve ser cultivada nas empresas?. Nele, trazemos alguns insights sobre como as organizações podem estruturar uma cultura que incentive as pessoas a despertarem a capacidade de se aprimorar continuamente. 

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