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Trabalho e Sustentabilidade: Priorizando as pessoas na transformação verde

4 min de leitura

Publicado em 24/05/24

Atualizado em Julho 16, 2024

Provavelmente, se pedíssemos para você fechar os olhos e imaginar um emprego verde, imagens de grandes turbinas eólicas, parques solares ou veículos elétricos surgiriam em sua mente. Sem dúvida, a propaganda sofisticada em torno da sustentabilidade empresarial costuma evocar essas imagens estereotipadas. 

No entanto, um estudo recente do ManpowerGroup revelou que a próxima onda, com mais de 30 milhões de novos empregos verdes, deverá abranger muito mais que energias renováveis ou grandes inovações tecnológicas.

Embora essas indústrias certamente façam parte do cenário de transformação verde, muitos cargos existentes evoluirão para se tornarem sustentáveis, e carreiras totalmente novas, que atualmente não existem ou estão iniciando, também surgirão.  

À medida que a sustentabilidade transforma empresas de todos os setores e portes, os talentos permanecerão no centro dessa mudança, mais do que qualquer tecnologia.  

Com requalificação e atualização, trabalhadores de diversas ocupações formarão o ponto central do progresso verde e da inovação pelos próximos anos. Porque são as pessoas que impulsionam a tecnologia, e não o contrário. 

As pessoas impulsionando o futuro verde

A transição verde não é mais um projeto para o futuro: ela está se desenrolando diante de nossos olhos. Atualmente, 70% dos empregadores afirmam que estão recrutando ou planejando ativamente recrutar talentos verdes. No entanto, apesar da demanda, atualmente apenas 1 em cada 8 trabalhadores tem mais de uma habilidade verde.  

Essa escassez exponencial deixa as empresas competindo urgentemente pelas poucas pessoas que existem com determinadas habilidades. Ao mesmo tempo, os empregadores citaram encontrar candidatos qualificados (44%), criar programas de requalificação eficazes (39%) e identificar competências transferíveis (36%) como as principais barreiras para a execução da transição verde. 

Do outro lado, o entusiasmo com o futuro verde é acompanhado por preocupações genuínas; receios de que os cargos se tornem obsoletos e medo de ficar para trás sem adquirir rapidamente novas habilidades técnicas. 

Sem comunicação adequada, gestão de mudanças e inclusão desde o início, a falta de compreensão corre o risco de desinteresse ou baixa adesão dos próprios talentos necessários para o sucesso desta transição.  

Mas, feita da maneira certa, com as pessoas em primeiro lugar, a revolução verde representa uma oportunidade fenomenal de capacitação, retenção de profissionais e atração para pessoas em todos os setores e indústrias. Esse potencial de crescimento abrange funções, inclusive, de todos os níveis hierárquicos. 

Levando as pessoas pela jornada

As empresas líderes reconhecem que o recrutamento, sozinho, não resolverá os desafios em um mercado de talentos restrito. Em vez disso, estão investindo pesadamente em programas de capacitação personalizados, reciclagem e pós-graduação.

Essas iniciativas não apenas mostram aos colaboradores como suas funções irão evoluir, mas também iluminam as novas responsabilidades verdes que eles assumirão, apresentando oportunidades empolgantes de desenvolvimento de carreira, enquanto constroem competências internamente. 

Técnicos automotivos precisam se atualizar em diagnósticos de veículos elétricos, enquanto engenheiros elétricos buscam reciclagem rápida em design de baterias e segurança. Trabalhadores e operadores de fábricas exigem treinamento cruzado em melhores processos, impulsionados pela produção global em ascensão. 

Ignorar o investimento na força de trabalho existente significa alta rotatividade e dificuldade em adotar novas tecnologias verdes, cedendo às pressões dos clientes e regulamentações. Empresas que abraçam a transparência e a requalificação inclusiva garantem retenção, produtividade, inovação e liderança no mercado. 

Ainda, uma comunicação clara sobre compromissos com a sustentabilidade e ações ambientais visíveis influenciam 60% dos candidatos na escolha de um emprego. Essa abordagem atrai talentos com propósito, já que 66% da Geração Z e 64% dos Millennials acreditam que a sustentabilidade melhora o trabalho. 

Governos, investidores, consumidores, pesquisadores e empresas têm papéis complementares na transição justa e responsável para os trabalhadores. Políticas públicas inteligentes financiando treinamento de habilidades transferíveis para funções deslocadas são essenciais. Empresas líderes na corrida verde devem tornar a requalificação abrangente acessível a todas as pessoas. 

Cada empregador precisa integrar seus colaboradores, comunicando-se com empatia, reciclando de forma inclusiva e colocando o talento em primeiro lugar em cada etapa. Capacitar as pessoas que impulsionam a economia verde é crucial para um futuro sustentável. 

O futuro dos negócios — e do nosso planeta — depende de uma transição correta. Para saber mais sobre o que os trabalhadores desejam e as empresas precisam para construir um amanhã mais verde, baixe nosso infográfico exclusivo.

 

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