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O livro que me deu novos horizontes para liderar

3 min de leitura

Publicado em 03/02/25

Atualizado em Fevereiro 3, 2025

Qual foi a última vez que você disse “não sei” diante da sua equipe? Quando você compartilhou com o seu time sobre algum tipo de angústia? Pode levar um tempo para responder essas perguntas, mas se eu te questionar se a confiança entre líderes e liderados é fundamental, provavelmente você vai dizer, de bate e pronto, que sim, não é mesmo?

Criar vínculos fortes e genuínos com as pessoas é uma das grandes missões das lideranças atuais. Mas nem sempre uma missão encarada como prioridade, com atenção. Esses dias, ao fechar o livro “A Coragem para Liderar”, fiquei com as palavras de Brené Brown, a autora, ecoando na minha cabeça: o medo que temos de parecer vulneráveis nos impede de construir relações de confiança no trabalho. 

Em um mundo em que as informações transbordam, em que as telas convidam para um scroll infinito, em que as novidades surgem a cada segundo, a sensação é de que é quase um crime dizer que não se está por dentro de uma notícia ou de que não sabemos sobre uma determinada discussão. É o famoso FOMO — fear of missing out — dos tempos digitais. 

Quando isso se aplica à liderança, que até então era a figura que tinha todas as respostas, dizer abertamente para a equipe que você não sabe sobre algo é realmente um desafio daqueles. Da mesma forma estereotipada, líderes ainda são vistos como inabaláveis e até mesmo “frios”. Mas será mesmo que deve ser assim? Ou melhor, será que é disso que precisamos? 

Com base em duas décadas de pesquisa sobre comportamento humano e emoções, Brené Brown nos ajuda a mudar a perspectiva das coisas, apresentando o conceito de liderança corajosa. Em resumo (porque recomendo muito que você leia o livro todo!), liderar com coragem envolve refletir sobre si, identificar valores e viver de acordo com eles, se dedicar às relações interpessoais e ser “emocionalmente acessível”. 

Por exemplo, para entender que tenho alguém ansioso na equipe, precisei me abrir e compartilhar que também lido com esse sentimento. Precisei, antes, refletir sobre mim mesma e entender meus próprios dilemas! Nesse momento de exposição emocional, a outra pessoa teve a oportunidade de humanizar a relação comigo, me ver como alguém que também atravessa conflitos e que deseja superá-los. Inclusive, como alguém que confia nela a ponto de compartilhar uma angústia.  

É neste momento que a conexão acontece, que o outro tem a chance de corresponder a essa confiança, de também se abrir. Ou seja, mostrar vulnerabilidade não diminui o valor de um líder; pelo contrário, aumenta o respeito e a conexão com o time. 

Img_ArtigoDéa_RecorteAndréa Felgueiras indica “A Coragem para Liderar”, de Brené Brown

A liderança corajosa envolve também lidar com incertezas e riscos, e liderar com coragem é também estar ciente disso. Mas entre riscos e oportunidades, seria mais produtivo que líderes investissem em formas autênticas de construir confiança, usando o poder de vulnerabilidade como ingrediente de relações humanas fortes e capazes de criar, inovar, superar, colaborar, crescer. Como diz Brené, “com confiança, tudo é possível, inclusive o mais importante: aprimoramento contínuo e resultados de mercado tangíveis, mensuráveis e sustentáveis”.

Aproveitando que estamos encerrando o Janeiro Branco, mês em que reforçamos a importância de cuidar da saúde mental, especialmente diante de um contexto de estresse elevado, mudanças rápidas e pressões constantes, deixo meu convite para reavaliar nossos comportamentos como lideranças, aproveitando o melhor da nossa humanidade para gerar conexões mais reais com as pessoas e criar ambientes mais positivos para todas e todos. 

Espero que tenha gostado desse meu primeiro artigo por aqui e sinta-se à vontade para me enviar seus comentários sobre liderança. Vai ser muito bacana ter essa troca, tenho certeza! 

Até logo! 

Andréa Felgueiras 

Gerente de Marketing para Atração de Talentos no ManpowerGroup Brasil

Confira aqui a publicação original.

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