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A transformação digital tem influência em tudo o que fazemos. Na maneira como consumimos, como trabalhamos e também como lideramos. Enquanto o trabalho se torna mais automatizado e os robôs passam a assumir as funções mais repetitivas e operacionais, nós precisamos ser cada vez mais humanos. Isso vale principalmente para os líderes do futuro.
Comandar em um novo cenário que envolve tantas novidades exige mudanças. Estamos falando que as lideranças precisam se adaptar a pessoas com uma visão diferente do mundo do trabalho, novas tecnologias que estão sempre surgindo, novas maneiras de conduzir negócios e relações entre organizações com a sociedade e com seus colaboradores.
Neste artigo, iremos questionar o papel do líder do futuro e em quais áreas é preciso (e possível) se atualizar para manter-se relevante.
Contextualizando: o que está mudando?
O primeiro desafio para os líderes do futuro é entender o que está mudando no mundo do trabalho. Abaixo, listamos algumas das evoluções que encontramos em nossas pesquisas e podem te ajudar a compreender o cenário atual e o que vem por aí no mercado.
Revolução 4.0
A primeira grande mudança – e talvez aquela que permeie todas as outras – é tecnológica.
No passado, a transformação levou décadas, até séculos. Hoje está acontecendo em um ritmo sem precedentes.
Se levarmos o setor industrial como exemplo, quase metade de todas as funções (49%) precisará mudar nos próximos três a cinco anos, à medida que o setor se torna totalmente digital, como mostrado em nosso recente estudo “Fábrica do Futuro”.
Também sabemos que a digitização e a automação estão acontecendo em velocidades diferentes em regiões, setores e organizações, impactando distintamente cada uma das situações. Cabe ao líder do futuro entender como sua organização está inserida neste contexto e como aproveitar da melhor maneira.
Novas gerações
A maneira como as pessoas enxergam o trabalho e sua ligação com organizações também está mudando. Os millennials e a Gen-Z têm características muito diferentes dos seus predecessores, transformando, assim, as relações de trabalho. Os Boomers tinham trilhas de carreira mais estabelecidas, “vestiam a camisa” das empresas, buscavam estabilidade e queriam permanecer e crescer na mesma companhia. Os mais jovens pensam diferente.
Ao contrário do que se diz no senso comum, a geração Z trabalha tanto ou até mais duro do que seus antecessores, mas são inquietos, têm uma visão mais imediatista do sucesso e uma relação mais natural com as novas tecnologias. Seu espírito empreendedor e inovador pode gerar relações conflituosas com os colaboradores mais pragmáticos. O líder do futuro precisa enxergar esses confrontos e tirar o melhor proveito das características distintas dessas pessoas.
A revolução das competências
Outra mudança importante que acontece em decorrência das inovações tecnológicas é o que chamamos de “Revolução das Competências”. Enquanto a automação integra robôs ao dia a dia do trabalho, as funções que os humanos ocupam nos processos profissionais se tornam cada vez mais estratégicas. Isso porque os trabalhos repetitivos irão para os robôs, mas, como mostram nossas pesquisas, as empresas querem continuar contratando.
Essa revolução, então, mudou o que se espera de um bom profissional. As soft skills ganham cada vez mais espaço. Assim, características como comunicação, trabalhar em equipe, resiliência, criatividade, entre outras, se tornam protagonistas.
Mas encontrar profissionais que dominem as soft skills e as hard skills necessárias para cada trabalho não é uma tarefa fácil, como mostramos em nosso estudo sobre Escassez de Talentos. O papel dos líderes do futuro é encontrar soluções para superar essas limitações do mercado e criar uma equipe coesa e funcional.
Líderes do futuro são líderes humanos
Então, qual a principal diferença que o líder do futuro tem em relação aos líderes do passado? Os gestores agora precisam ser cada vez mais humanos. Mas o que significa ser humano?
“As lideranças devem enxergar o seu papel em uma organização como de uma pessoa lidando com outras pessoas e guiando-as para um objetivo em comum”
Wilma Dal Col – Diretora de Gestão Estratégica de Pessoas do ManpowerGroup Brasil
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Mais do que um chefe, um facilitador
As lideranças do futuro deverão trazer o papel de facilitador. Neste contexto, é preciso que ele(a) tenha uma visão macro de toda a organização e dos processos envolvidos, mesmo que não seja em sua área de atuação. Se no passado, o líder era visto como alguém no topo da cadeia alimentar, isento e, por vezes, usando do medo como recurso para manter a produtividade, hoje não é possível pensar essa prática. Cada vez mais, as lideranças deverão fazer parte do todo, estando ao lado de seus colaboradores para treinar, conduzir e estimular times em prol dos objetivos da empresa.
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Conhecer as pessoas
Falamos nos tópicos acima sobre como a relação com o trabalho está mudando. Por isso, o líder do futuro precisa conhecer as pessoas de sua equipe. Isso não quer dizer criar uma relação de amizade com cada um, mas é importante saber quem eles são. Quais suas aspirações para a carreira? Quais são seus medos? O que move cada um como profissional? O que na organização mais o agrada e o que o desagrada?
O gestor está lidando diariamente com seres humanos e conhecer melhor cada um deles permite que sua liderança seja mais humanizada e integralista.
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O propósito vem antes do lucro
Os colaboradores do futuro serão cada vez mais integrados ao core das empresas. Isso porque as novas gerações veem o trabalho como parte de sua vida e precisam enxergar propósito em seu trabalho. Então, apenas estipular metas de produtividade não será mais o suficiente para garantir o sucesso de um projeto. Um bom líder precisa deixar claro que por trás de cada trabalho existe um propósito, algo que conecta todos os envolvidos e vai além apenas do lucro para a organização.
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Abraçar a diversidade
O mundo do trabalho está cada vez mais diverso e esse é um movimento que ganhará ainda mais destaque no futuro. Não há mais espaço para empresas que neguem ou recusem participar deste novo momento. Além da responsabilidade social que líderes e organizações têm ao abraçar esse tema, a diversidade também tem se mostrado benéfica comercialmente. Uma pesquisa da empresa americana Gallup sobre diversidade e inclusão aponta que organizações com culturas inclusivas têm satisfação do cliente 39%, produtividade 22% e rentabilidade 27% maiores do que aquelas que não são inclusivas.
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Aprendizagem é o caminho
Uma das características que os líderes do futuro precisam implementar em suas equipes é a cultura de aprendizagem, ou o aprender a aprender. Sabemos que as profissões do futuro ainda nem existem agora e encontrar pessoas qualificadas para algo que nem sabemos como será é uma tarefa quase impossível. Os profissionais precisarão se adaptar cada vez mais rápido a novas funções e aprender novas skills. O líder do futuro deve incorporar em sua organização processos que fomentem aos seus colaboradores a curiosidade e a vontade de aprender.
“Eu realmente acredito que o CEO deve se tornar o Diretor de Aprendizagem de sua companhia”
Mara Swan – Vice-presidente Global de Estratégia & Talentos do ManpowerGroup
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Conheça-te a ti mesmo e estimule isso
Os líderes do futuro enxergam o autoconhecimento como um acelerador de carreira. É importante que esse gestor se conheça bem, suas qualidades e seus defeitos, o que faz dele um bom líder e o que precisa aprimorar para facilitar ainda mais o trabalho de seus colaboradores. Mas isso não é o bastante. É preciso estimular o autoconhecimento também em sua equipe. Quando um profissional conhece melhor a si mesmo ele entende no que realmente é bom, o que lhe traz satisfação no trabalho e onde quer chegar na carreira. Com essas informações o líder pode orientar a melhor maneira de cada um crescer em produtividade e mesmo dentro da estrutura organizacional.
Em nosso canal do YouTube, Wilma Dal Col, Diretora de Gestão Estratégica de Pessoas falou sobre a importância do autoconhecimento.
Você está preparado para ser um líder do futuro?
Para descobrir se você está na direção correta para a liderança dentro do cenário da transformação digital, o ManpowerGroup elaborou um teste chamado DigiQuotient. Você pode fazer agora mesmo:
Acesse quando quiser o teste em https://digiquotient.io/
E então? Como você está preparando as suas lideranças, seu departamento e sua organização para os desafios do futuro? O ManpowerGroup, por meio da Right Management, oferece entre outros serviços, o Desenvolvimento de Liderança. Com esta solução, é possível avaliar e identificar indivíduos mais propensos a ter sucesso em cargos de líderes no futuro, desenvolver e treinar comportamentos necessários para o mundo do trabalho e definir KPIs para garantir que resultados de negócio e resultados relacionados a talento estejam alinhados com seus objetivos. Saiba mais sobre a Right Management clicando aqui.