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O que líderes de nações têm em comum com líderes empresariais?

8 min de leitura

Publicado em 14/09/22

Atualizado em Outubro 14, 2022

Ao longo da história, momentos críticos colocaram à prova a sabedoria de líderes de nações. Em tempos recentes, a pandemia é um bom exemplo de como, nesses contextos difíceis, o exercício e o discurso da liderança revelam valores e se tornam ainda mais influentes no comportamento das pessoas, conduzindo a população para caminhos mais ou menos interessantes, coletivamente. 

Um dos nomes que mais se destacou no enfrentamento da COVID-19 foi o de Jacinda Ardern, primeira-ministra da Nova Zelândia. Por ter combinado uma série de competências enquanto tomava decisões, líderes empresariais podem tê-la como referência para navegar em seus desafios diários. 

Neste artigo, destacamos quais são essas competências fundamentais para liderar, traçando os paralelos possíveis entre as lideranças de nações e as lideranças organizacionais.

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O fator humano como diferencial 

Ancorada na ciência, nos fatos e nos dados, Jacinda combateu o vírus com firmeza, sem perder uma característica fundamental: o aspecto humano. Soa até estranho trazer este ponto como um diferencial, considerando que atuar como líder pressupõe o cuidado. Mas, sabemos que, tanto na política como nas organizações, muitas vezes as lideranças podem facilmente se distanciar dessa direção. 

Comunicação que contagia, gera aproximação e cria diálogo 

Uma das habilidades que concretiza o cuidado que toda liderança deve ter é a comunicação. Esse poderoso recurso que contagia pessoas, gera aproximação e cria diálogo, é especialmente importante em um momento em que se abre o espaço para a figura do ‘líder servidor’. 

Este perfil está mais preocupado em potencializar o desenvolvimento e motivar as pessoas a buscarem objetivos coletivos, usando a comunicação clara para alinhar expectativas, encorajar atitudes, oferecer devolutivas frequentes e valorizar conquistas.

7 EM CADA 10 TRABALHADORES querem que suas contribuições sejam reconhecidas pela gestão. 

Fonte: The Great Realization: panorama do mundo do trabalho 2022


Vale citar novamente Jacinda para exemplificar. Em seu perfil nas redes sociais, ela realizava lives para esclarecer dúvidas da população, colocando-se de uma forma natural (o famoso ‘gente como a gente’), disposta a compartilhar a sua experiência. Aliás, a
vulnerabilidade também entra na lista de habilidades interessantes para líderes se conectarem com seus liderados, favorecendo o clima e a cultura de feedbacks. 

Uma abordagem empática nas relações 

Outra habilidade que líderes precisam desenvolver e aperfeiçoar constantemente é a empatia prática, para fazer com que o olhar acolhedor se enraíze nos valores da organização, apresentando-se nas atitudes e no senso de equipe.  

Um dos trunfos de Jacinda foi, justamente, trazer conceitos de empatia e gentileza como norma para que todo o país pudesse sair o mais rapidamente da crise — a ação individual constrói o coletivo. 

Nessa perspectiva, enquanto muitos países priorizavam somente aspectos econômicos, a primeira-ministra respaldou-se em argumentos científicos para conscientizar a população da necessidade de medidas de contenção, de forma transparente, fortalecendo valores fundamentais para o bem-estar coletivo e a conquista de um objetivo comum. 

Isso pode ser facilmente transportado para as empresas, em que líderes devem se basear em análises e dados para tomar decisões que prezem pela sustentabilidade do negócio e dos empregos, além de construírem uma abordagem empática nas suas relações — pessoas diferentes, necessidades diferentes —, bem como estimular esses laços entre colaboradores para que todos possam se apoiar na busca por resultados. 

Toda liderança deve ser uma liderança ESG 

Saindo do contexto da pandemia, há outros paralelos entre a liderança de uma nação e a liderança organizacional que precisam ser feitos. A preocupação socioambiental e a inovação são marcos de uma gestão consciente, afinal, o desenvolvimento sustentável de um país e sua prosperidade estão diretamente conectados com seus recursos, o bem-estar social e a capacidade de encontrar soluções para problemas complexos. Realidade que também se vê nas empresas. 

Não à toa, líderes estão sendo convocados para agir em questões mais abrangentes, por exemplo, com a agenda ESG (Environmental, Social and Corporate Governance, ou Governança ambiental, social e corporativa, em português) e com políticas de diversidade, inclusão e zero tolerância a qualquer tipo de discriminação. 

Aqui, Jacinda também protagonizou um caso que define bem o papel de líder conectado aos debates atuais: quando um supremacista branco assassinou 51 muçulmanos, ela rapidamente manifestou apoio à comunidade e tomou ações que dificultavam o acesso a armas para evitar novos ataques xenofóbicos. Em relação ao meio ambiente, a premier tem voz ativa na agenda global, declarando emergência climática em seu país e estabelecendo metas para o uso de energia renovável. 

Líderes também são eternos aprendizes 

Diante de tantas demandas, como líderes de organizações podem se preparar para conduzir negócios de forma consistente, humana e efetiva? É fundamental que lideranças ou futuras lideranças tenham em mente que ocupar essa cadeira não significa ‘estar pronto’. 

Pelo contrário, líderes bem-sucedidos se comportam como eternos aprendizes, buscando ativamente conhecimento, trocas e experiências que possam atualizar seus repertórios e aprimorar a atuação, considerando pessoas e negócios. Razão e sensibilidade. Partes e o todo. 

Imersa nos desafios organizacionais atuais e fortemente respaldada por inteligência que indica o futuro, a Talent Solutions traz programas de desenvolvimento de lideranças que atendem às particularidades de cada empresa e perfil profissional, incluindo a identificação e a formação de novos líderes que poderão garantir a perenidade das organizações. 

Ao lançar mão de estratégias como assessments, mentorias, coaching e jornadas baseadas em pessoas, propósito e performance, o potencial da liderança é liberado e acelerado para impactar todos os aspectos da empresa, conquistando competências essenciais para liderar no mundo digital e em mercados dinâmicos, no hoje e no amanhã. 

A ideia de líder passou muito tempo sob a imagem de alguém que detém todas as respostas e segue apenas por caminhos cartesianos e pragmáticos. Mas quando vemos uma figura líder de nação, como Jacinda Ardern,  unindo o cuidado e a gestão como cerne da liderança, entendemos ser possível encontrar o equilíbrio. Afinal, seja um país ou uma empresa, estamos sempre falando de pessoas. 

E você, enxerga esses e outros paralelos entre líderes organizacionais e líderes de nações? Comente para continuarmos esta conversa.

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