Entender como a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD) influencia o setor de TI fará com que a sua empresa se prepare melhor para esse novo contexto, que já está aprovada pelo Congresso e começa a vigorar em 2020.
Até lá, muitas adaptações serão necessárias para que o seu empreendimento atenda a esses requisitos e possa se beneficiar das novidades que essa mudança traz. Nessas horas é normal ter dúvidas, e buscar informações corretas se torna parte essencial desse processo.
A seguir, você terá clareza sobre essa legislação e de que maneira o setor de TI pode ser impactado positivamente por ela. Continue lendo e aprenda para se beneficiar das transformações que estão chegando ao país.
Maior número de investidores
Um dos pontos que mais impediam a chegada de empresas estrangeiras e investidores do mundo todo ao mercado de Tecnologia da Informação (TI) no Brasil era justamente a ausência de uma lei que especificasse os direitos e deveres relativos ao uso de dados no país.
Com o gigantesco volume de informação produzido diariamente desde o advento da internet, as empresas têm acumulado informações diversas sobre os usuários e a sua própria produção e gestão, sendo essencial que elas estejam amparadas pela lei nas decisões a serem tomadas em relação a esses dados.
A lei brasileira é inspirada na General Data Protection Regulation (GDPR) da União Europeia, e aqui ela entrou em pauta justamente pelo escândalo das eleições para presidente nos Estados Unidos, em que um grande número de informações vazadas do Facebook foi usado pela Cambridge Analytica para influenciar o voto dos eleitores.
Investidores estrangeiros viam essa ausência de regulamentação como algo extremamente inseguro para os negócios e evitavam instalar os seus empreendimentos no país por não confiar que teriam segurança para lidar com os dados gerados. Portanto, essa busca por maior segurança digital traz mais tranquilidade não só para os empresários sobre o que podem ou não fazer com a informação, mas também para o próprio usuário.
Antes da lei, por exemplo, um investidor europeu não teria certeza se poderia digitalizar a folha de pagamento do seu empreendimento e enviá-la online de volta para a Europa. Agora, com as diretrizes estabelecidas, ele não só pode fazer isso, como estará amparado legalmente.
O clima de incerteza que limitava o crescimento do setor de TI no Brasil agora poderá ser superado e fazer com que a área cresça ainda mais, já que esse era um dos problemas que mais minavam o grande potencial desse nicho.
Demanda por profissionais qualificados
Outro ponto importante que merece ser destacado é que a General Data Protection Regulation (GDPR) estipula que os países da União Europeia negociem apenas com aqueles que tenham leis similares, ou seja, a ausência de uma legislação para TI no Brasil agravava esse quadro.
Agora, com a lei e a chegada de investidores já habituados com um contexto mais bem regulamentado que o brasileiro, haverá também a demanda por profissionais mais qualificados, que terão que se adequar a essas exigências e interagir com um ambiente mais padronizado.
Esse aspecto nivelará por cima o setor de TI e fará com que a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD) se torne um elemento benéfico para os profissionais dessa área e o próprio mercado em que atuam, consequentemente.
Esse panorama de maior desenvolvimento ajudará também no crescimento das empresas, e é sobre isso que vamos falar no tópico a seguir.
Mais empresas ávidas por contratar bons profissionais
Bom, se o setor de TI no Brasil poderá exigir melhores profissionais, então, obviamente, as melhores empresas estarão interessadas em contratá-los, não é mesmo? Dessa forma, haverá um crescimento dos empreendimentos dessa área que buscarão estar à frente em sua atuação no mercado.
Mesmo as empresas de pequeno e médio porte terão essa mesma preocupação, e isso também será um fator extremamente positivo para a área da Tecnologia da Informação, já que afetará praticamente todos os empreendimentos.
Os profissionais que estiverem defasados ou mesmo aqueles que têm boa formação, mas ainda não dominam as exigências da LGPD terão também que fazer um esforço para se atualizar e se aprimorar para atender a essa demanda.
Conforme apontamos rapidamente na introdução, a lei só começa a vigorar em 1 ano e meio, tempo dado para adaptação das empresas às regras estipuladas pelo governo. Nesse meio tempo, todo o setor de TI terá que se esforçar para fazer jus às mudanças e trazer o desenvolvimento esperado para a área no país.
O investimento em treinamentos, capacitação ou mesmo entendimento sobre essa lei será parte essencial desse processo. No próximo tópico, vamos destrinchar isso para você.
Possibilidades de consultoria para adaptação à LGPD
Dentro desse contexto da LGPD, muitas organizações que ainda não se inteiraram sobre ela precisarão dedicar parte de seu tempo e recursos para se adequar à legislação. Isso levará a um outro ponto que pode contribuir para melhor aproveitar todo o potencial do setor de TI no Brasil, que é a possibilidade de haver maior oferta de consultorias e serviços especializados para auxiliarem as empresas que ainda não tiverem se adaptado.
Isso também nos remete, mais uma vez, à necessidade de profissionais mais qualificados e ao surgimento de novas vagas na área, já que esse tipo de auxílio que algumas empresas podem querer prestar exigirá delas um time de colaboradores de ponta, que estejam aptos a realmente atuar no serviço de consultoria.
Podem fazer parte desse processo profissionais de outras áreas, como advogados, a fim de sanar quaisquer dúvidas sobre aspectos legais e acadêmicos do setor de TI, pois podem ter informações mais aprofundadas sobre o tema e contribuir para um real auxílio às demais empresas.
Como você pôde ver, a LGPD traz grandes avanços ao país e tem tudo para ser uma contribuição importante para a área de Tecnologia da Informação. Aproveite bem as informações dadas neste post para ir mais longe, adiantando-se nesta fase de adaptação ao que a legislação exige.
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