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Como a força de trabalho na indústria mudará?

3 min de leitura

Publicado em 03/10/19

Atualizado em Julho 27, 2021

É compreensível que os líderes do setor industrial se sintam intimidados com a tarefa que têm pela frente em termos de remodelagem de sua força de trabalho. Esse setor está no centro da revolução das competências impulsionada inicialmente pela automação e pela robótica e, mais recentemente, intensificada pela IA.

Os papéis tradicionais da indústria estão mudando, e novas funções estão surgindo na linha de produção com a mesma rapidez. Essas mudanças estão atuando como uma força propulsora de um comportamento positivo. Nada exige mais ação do que a necessidade, e a dimensão da tarefa que está por vir talvez ajude o setor industrial a se movimentar de forma mais ágil. O desafio é grande demais para ser ignorado (outros setores que sofrem menos pressão para adotar a digitização e as mudanças na força de trabalho podem ficar para trás e perder oportunidades).

Os fabricantes que mais estão se automatizando também são os que mais estão criando empregos – 87% planejam aumentar ou manter o número de colaboradores como resultado da automação, pelo terceiro ano consecutivo. (Veja: Procuram-se Humanos) Entre a criação de empregos, a incompatibilidade de competências e aumento do número de trabalhadores que estão se aposentando, a escassez de talentos atingiu seu ponto mais alto em doze anos. Capacitar os trabalhadores não pode ser a única opção quando não há um talento externo disponível; é essencial encontrar a combinação certa entre formar, comprar, pegar emprestado e migrar talentos.

Os fabricantes precisarão que instituições de ensino e outros segmentos se juntem a eles. O ManpowerGroup pode desempenhar um papel fundamental no apoio ao setor, o que nos levou a formar uma parceria com a MxD para mapear os cargos do futuro que impulsionarão o crescimento desse mercado. Essencialmente, desenvolvemos uma taxonomia de competências e cargos que apoiarão a indústria digitalmente transformada.

Nossas descobertas, resumidas em A Fábrica do Futuro”, são significativas por várias razões. Elas servem como uma ferramenta para os fabricantes identificarem suas necessidades de competências, sempre em evolução. Elas também ajudam a desmistificar a revolução da robótica: “Os robôs estão chegando!” já não precisa mais ser dito com temor, como se o fim estivesse próximo. Os robôs estão entre nós e ajudando a criar empregos. E agora, por meio do trabalho que fizemos com a MxD, também sabemos que é possível prever, com algum nível de precisão, o impacto que as novas tecnologias estão exercendo sobre o mundo do trabalho, quais funções existirão e quais desaparecerão ou mudarão nos próximos anos em resposta direta à digitização.

Nossa colaboração com a MxD revelou que quase metade de todos os cargos industriais (49%) precisará mudar nos próximos três a cinco anos, à medida que o setor se transforma e se torna totalmente digital. Mais de um quarto dos cargos de chão de fábrica desaparecerá. Ao mesmo tempo, identificamos 165 novos cargos. A maioria das novas funções, tal como o “especialista em robô colaborativo”, não poderiam ter sido nem imaginadas há uma década.

Nosso estudo também descobriu que a tecnologia por si só não será suficiente para formar uma resiliência corporativa. As organizações também precisarão desenvolver uma “D-Suite” – uma comunidade de líderes digitalmente preparados e com mente analítica, conectados e dedicados a criar a cultura e a capacidade necessárias dentro da organização para gerar oportunidades e promover uma transformação digital bem-sucedida.

Identificamos que uma liderança D-Suite é possibilitada por três novas capacidades:

  • Construção de uma cultura corporativa que incentive o desenvolvimento contínuo de carreira
  • Apoio à colaboração entre culturas para acelerar a performance em paralelo às estratégias de curto prazo
  • Incentivo à inovação ao assumir riscos e gerenciar decisões corajosas

Tudo isso pode ser ensinado às pessoas com a mentalidade certa, o que envolve estar aberto ao aprendizado e preparado para mudar de rumo rapidamente para otimizar oportunidades.

É natural ter medo do desconhecido. Ao analisar um setor e desenvolver um guia para cada um dos cargos que esse setor precisa, estamos removendo os “achismos” sobre as profissões do futuro.

 

*Texto originalmente publicado em: manpowergroup.com

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