Quando você liga o Waze, qual é a primeira coisa que acontece? Em geral, as pessoas dizem que aparece o campo para informar o destino. Mas, veja, antes disso, o Waze identifica onde você está. É a partir dessa informação que o caminho é traçado, e o destino, enfim, alcançado.
Gosto de traduzir o assessment como um tipo de Waze da gestão de talentos: é ele que situa exatamente o ponto em que se está, permite que cada pessoa se reconheça nesse contexto e, aí sim, aponta habilidades e potenciais para se chegar a um determinado lugar.
Embora possa ser aplicado em diversos momentos e para atender uma gama de necessidades, o assessment é fundamentalmente importante no início de um novo ano, de um novo ciclo.
As avaliações sistemáticas, aplicadas para identificar personalidades, habilidades e potencialidades, ajudam líderes a enxergarem como podem articular a equipe e direcioná-la da melhor forma para o destino desejado ou para os objetivos esperados! Já para os profissionais, proporcionam um rico material sobre suas capacidades, permitindo uma reflexão mais positiva e propositiva sobre si.
Aliás, para mim, esse é o grande poder do assessment: o de trazer sempre o potencial em primeira instância. A gente tem uma natureza de valorizar mais as coisas que a gente não tem habilidade do que aquelas que a gente tem. É só pensar como os feedbacks geralmente focam no que precisamos melhorar. Com o assessment, o feedback faz o caminho contrário, em que o valor da pessoa é colocado em destaque.
Tenho um caso exatamente sobre isso. Há 30 anos, estava prestando serviço para uma grande empresa de metalurgia, que precisava entender o potencial de quem liderava a operação nas fábricas. Após realizar todo o processo de avaliação, voltei para dar os feedbacks, e eis que um dos líderes me falou: “Wilma, eu descobri que tenho asas, posso voar. Eu descobri que eu posso muito mais quando quero fazer”. Contei essa história no podcast Papo de Talento, e faço questão de repeti-la aqui, porque ouvir isso foi sensacional.
O resultado do assessment trouxe indicadores de habilidades que esse profissional tinha, mas, além disso, mostrou tudo que ele ainda poderia realizar. Conhecer as possibilidades, antes não rastreadas, fez com que ele orientasse a sua trajetória de uma maneira muito mais potente, entusiasmada, direcionada. Isso é transformador — para o profissional e para a empresa.
Imagine, então, que cada pessoa da sua equipe possa ter um mapa próprio capaz de guiá-la; e você, um mapa completo para visualizar a melhor forma de empregar as habilidades e as capacidades de seus liderados em determinados desafios e projetos. Certamente, um ganho para todos e não é preciso nem chegar ao ponto final para ver os impactos.
Se você e a equipe de RH da sua empresa estão desenhando o processo de desenvolvimento profissional do time, o assessment é uma ferramenta indispensável que irá transformar a visão sobre como pessoas e negócios evoluem e conquistam.
Então, comente esse artigo para a gente pensar juntos e juntas a melhor rota de sucesso para os talentos da sua organização.
Abraços,
Wilma Dal Col
Diretora de Gestão Estratégica de Pessoas no ManpowerGroup Brasil