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Ao me tornar mãe, me tornei uma profissional melhor

3 min de leitura

Publicado em 09/05/24

Atualizado em Maio 9, 2024

Foi inesperado e incrivelmente transformador. Ser mãe mudou a minha vida de uma forma que eu não imaginava que fosse possível. Compartilhei em alguns textos por aqui o quanto eu sempre fui uma pessoa com uma rotina intensa de trabalho, e a maternidade chegou para mim como duas grandes ondas — os meninos nasceram com 2 anos de diferença — de aprendizados, dilemas e descobertas.   

O antagonismo que se coloca entre maternidade e carreira é um dos principais problemas para as disparidades de gênero no mercado de trabalho. E, claro, eu também pensava nisso. Felizmente, pude contar com líderes que me apoiaram nesse processo e acreditaram que minhas competências se fortaleceriam e se ampliariam dali em diante.   

Hoje, olho para esses dois mundos, da maternidade e do trabalho, e vejo como o maternar me fez ser uma profissional melhor. Acredito que a gestão de tempo seja um dos efeitos que muitas de nós sentimos: são tantas demandas para lidar — das crianças, nossas próprias, das relações — que precisamos desenvolver o senso de prioridade, de objetividade, além de afinar a nossa criatividade.  

Afinal, com crianças, a dinâmica pode ser imprevisível. Diferentes necessidades surgem num piscar de olhos, exigindo de quem cuida um exercício constante de encontrar formas mais adequadas de lidar com cada situação.  

Num mundo cada vez mais complexo e instável, profissionais precisam de flexibilidade para se adaptar a cenários diferentes e ter uma visão mais estratégica de como gerenciar demandas. Estão aí habilidades valiosíssimas hoje em dia!   

E quantas vezes os meninos me trazem desafios que eles encontram pelo caminho e eu, como mãe, me vejo analisando o que fazer? Devo intervir ou não? Como prepará-los para o futuro? Neste sentido, vejo muita proximidade com a atuação na liderança: temos o papel de orientar, cuidar, capacitar e preparar as pessoas para resolver problemas de forma autônoma.  

Com meus filhos, descobri também uma Ana capaz de ouvir mais, uma Ana mais paciente para orientar e mais atenta nas inúmeras mediações que se fazem necessárias no dia a dia e na convivência. Todas essas experiências me abastecem para estar mais próxima da minha equipe, ter conversas mais empáticas e articular projetos com diversas áreas e com os clientes.  

A maternidade é feita de muitas camadas, e cada mulher a vive de uma forma particular, a depender do contexto em que está e da própria subjetividade. No entanto, é importante haver uma compreensão coletiva de que ser mãe não anula competências ou diminui o talento — ao contrário, maternar pode ser uma vivência rica para o desenvolvimento e para a potencialização de habilidades que destacam as profissionais.  

Então, no mundo do trabalho atual, no qual habilidades interpessoais e socioemocionais estão sendo tão valorizadas e no qual há presença de cada vez mais tecnologia, por que não derrubar muros e construir pontes entre maternidade e carreira? A distância me parece muito menor do que a imaginada algum dia.  

A todas as profissionais que são mães e que buscam por espaço e reconhecimento no mercado de trabalho, todo meu respeito e admiração! 

Abraços,  

Ana Guimarães 

Diretora de Operações no ManpowerGroup Brasil 

Confira aqui a publicação original.

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