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Planejamento para 2023 em um mundo complexo e incerto

5 min de leitura

Publicado em 24/01/23

Atualizado em Janeiro 24, 2023

Se tem um aprendizado que os últimos anos deixaram para nós, líderes, foi o de que não existem respostas prontas — e quase nunca, fáceis. A combinação entre complexidade, velocidade e volatilidade acerta em cheio a certeza de que basta um planejamento bem estruturado para que os caminhos sejam garantidos. Encarando este mundo que faz das incertezas nossas companhias diárias, qual a função de um plano em 2023? Como estabelecer diretrizes para nortear este ano que começa?  

É claro que planejar ainda é uma atividade importante para lideranças visualizarem o cenário, identificando oportunidades e ameaças para o negócio, considerando os objetivos da empresa. Porém, como esperado, a maneira de desenvolver e interpretar um planejamento mudou, assim como a forma e as habilidades para liderar. Podemos usar como referência a própria gestão de projetos, a qual incorporou metodologias ágeis para gerar mais valor, partindo dos princípios como adaptabilidade, aprendizados e colaboração. 

Planejar é um exercício

Sendo assim, entendo o planejamento de negócios e de pessoas para 2023 mais como um exercício contínuo do que uma tarefa que se encerra após o slide final. É preciso entendê-lo como algo que começa lá atrás, fazendo um balanço e um diagnóstico dos movimentos realizados pela organização e seus efeitos até aqui — olhando para os equívocos como fontes de experiência.  

É preciso entendê-lo como algo orgânico e que se estenderá no decorrer do ano. O mapeamento do contexto, por meio de estudos de fontes confiáveis que antecipam tendências e comportamentos do mundo do trabalho, serve à atualização do plano, permite readequação de rotas e intensificação de foco, e ainda abre espaço para criar cenários possíveis e suas respectivas estratégias. 

A participação de colaboradores e colaboradoras é algo que deve ser absorvido pelo planejamento, seja por meio de pesquisas internas ou de comitês de representação — com atenção para a diversidade. Isso permite que as investigações que partem de uma perspectiva macro possam aterrar diante das necessidades e visões de quem está ali, vivenciando o trabalho.  

Assim, considerando objetivos e cultura organizacional, ficam mais claras quais ações devem ser tomadas para acompanhar ou reagir a determinada situação ou aquelas que não aderem/interferem na realidade da empresa, sem que haja desperdício de energia ou desvio de atenção. 

Esse envolvimento se aplica à definição de metas. Para isso, trago mais um exemplo usado no mundo ágil, o framework OKRs - Objective and Key Results (Objetivos e Resultados-Chave, em tradução livre). Com esse suporte, profissionais podem apontar suas metas (tendo como base os objetivos da empresa e da área), definindo quais tarefas e formas de mensurar o trabalho, para que gestores e gestoras possam avaliar o desempenho ao longo dos períodos. Esse convite à colaboração cria um ambiente de mais pertencimento e motivação. 

Circunscritos nessa dinâmica de mudanças constantes, uma estratégia para o planejamento fazer mais sentido é optar por ciclos curtos de metas, por trimestre, por exemplo, para que seja possível priorizar, aprender, adaptar e transformar objetivos em realizações, de forma que resultados alimentem novas ações e impulsionem o engajamento das equipes. 

Lideranças em movimento

Este olhar em relação ao planejamento e ao momento dos negócios exige líderes com fortes competências humanas. Esse perfil está de vez no presente e no futuro do trabalho, tornando o desenvolvimento de lideranças prioridade para 60% dos líderes de RH, conforme aponta a Gartner. 

Saber navegar entre as inconstâncias é parte do papel de quem está à frente de equipes e das empresas, por isso, entre comportamentos desejados para líderes e gestores estão a capacidade de comunicação, adaptação, negociação, empatia, pensamento analítico, vulnerabilidade e criatividade. 

A comunicação favorece a clareza na troca com os profissionais, preservando a coesão da empresa e o senso de pertencimento; a negociação possibilita que em momentos de conflito de interesses e visões sobre as estratégias, líderes possam gerenciar expectativas e necessidades alheias; a empatia também permite que possam ir além do pragmatismo; já a vulnerabilidade pode auxiliar na conexão com colaboradores , o que impulsiona qualquer plano de ação; enquanto o pensamento analítico e a criatividade contribuem para decisões e soluções mais eficientes em meio à complexidade. 

A liderança precisará estar em constante movimento, aprendendo como é dançar conforme a música, equilibrando o planejado e aquilo que surge à medida que o mundo acontece. Será necessária a sabedoria de balancear a racionalidade de planilhas e números com a sensibilidade de perceber o entorno, as pessoas e captar as suas demandas.  

É planejamento vivo e desenhado em conjunto, um tanto mais a cada dia. 

Quer conversar melhor sobre como a sua empresa pode prosperar em 2023? Me envie uma mensagem por aqui e marcamos um café para trocar experiências do mundo dos negócios e do trabalho. 

Abraços, 

Ana Guimarães  

Diretora de Operações no ManpowerGroup Brasil 

Confira aqui a publicação original.

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