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Menos tela, mais vida: os benefícios do minimalismo digital

7 min de leitura

Publicado em 30/01/25

Atualizado em Janeiro 31, 2025

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Você já parou para pensar em quanto tempo passa online? Se você for como a maioria da população brasileira, sua resposta pode ser um bom ponto de partida para entender por que o minimalismo digital existe. 

Segundo o Relatório Digital 2024, da We Are Social, os brasileiros passam, em média, 9 horas e 13 minutos por dia nas redes sociais. E, como era de se esperar, esse uso intenso já está cobrando seu preço. 

Neste artigo, propomos uma reflexão sobre os impactos negativos da hiperconexão e como encontrar um ponto de equilíbrio que possa proporcionar uma vida mais significativa!

Como o minimalismo digital surgiu?

O minimalismo digital é uma filosofia que propõe um uso mais consciente e equilibrado da tecnologia. 

Quem criou esse conceito foi Cal Newport, autor e professor norte-americano, que o define como “a arte de saber quanto é suficiente” — um caminho para manter o foco em um mundo cada vez mais caótico. 

Mas por que esse movimento está ganhando tanta atenção? Para entender melhor, precisamos falar sobre outro conceito: o brain rot, eleito em 2024 como a expressão do ano pelo Dicionário de Oxford.

O que é o Brain Rot?

Traduzido livremente como “apodrecimento cerebral”, o brain rot faz referência ao declínio das capacidades mentais ou intelectuais de uma pessoa após o uso excessivo de telas e o consumo de muito conteúdo online.

Essa fadiga pode levar a uma série de outras consequências, como a redução do foco, da motivação e da produtividade, comprometendo nosso desempenho na vida escolar, profissional e pessoal.

Além disso, o uso excessivo da tecnologia também está ligado ao aumento do estresse e da ansiedade, aos problemas de sono e a outros impactos que comprometem tanto a saúde mental quanto física.

Diante desse cenário, cada vez mais pessoas estão buscando alternativas para retomar o controle sobre o próprio tempo e atenção. O minimalismo digital surge, então, como uma resposta a esse problema.

Minimalismo digital na prática

Embora muita gente já conheça os efeitos negativos de ficar online o tempo todo, romper com esse comportamento não é tão simples quanto parece. 

Rolar o feed das redes sociais sem parar libera dopamina, um neurotransmissor que gera uma sensação de prazer e recompensa. Isso cria um ciclo viciante, muito parecido com o que acontece em outras formas de dependência. 

É por esse motivo que, para aderir ao minimalismo digital, não basta querer. Criar uma nova relação com as redes sociais requer a adoção de medidas consistentes, que desacostumem nosso cérebro com essas doses contínuas (e fáceis) de alívio. 

Entre elas, destacam-se: 

REALIZAR UM "DETOX DIGITAL"

No livro Minimalismo Digital: Para uma vida profunda em um mundo superficial, Cal Newport sugere que os leitores fiquem um período de 30 dias sem tecnologias não essenciais. 

O objetivo deste “detox digital” é refletir sobre quais ferramentas realmente agregam valor à vida e quais apenas consomem tempo improdutivamente. 

Além disso, ao ver que é possível reduzir o tempo de tela, você tem a chance de substituir momentos online por atividades offline que tragam mais realização — como descobrir um novo hobby ou sair com amigos e familiares.

LIMITAR AS NOTIFICAÇÕES

Ter o celular sempre à mão abre portas para um mundo de distrações. Basta uma notificação para a atenção ser desviada instantaneamente, interrompendo nosso foco e produtividade. 

Uma estratégia para evitar que isso aconteça é desativar as notificações desnecessárias e ajustar as configurações do celular para que apenas os alertas realmente importantes cheguem até você. 

Outra alternativa interessante é definir horários específicos para checar e-mails, mensagens e redes sociais. 

PRIORIZAR AS TROCAS PRESENCIAIS 

É tentador se apoiar na praticidade das redes sociais para manter o contato com amigos, familiares e colegas de trabalho. Mas, muitas vezes, essas interações digitais não substituem a conexão real que ocorre quando nos encontramos frente a frente. 

Se você deseja levar uma vida mais significativa, vale a pena reservar um tempo na agenda para os encontros presenciais. Mas, se não for possível, que tal substituir o envio de mensagens rápidas e impessoais por uma ligação? 

CULTIVAR MOMENTOS DE SOLITUDE  

O acesso à informação se intensificou muito com as redes sociais. Mas o fato é que nosso cérebro precisa de momentos de descanso para desempenhar bem o seu papel. 

O simples ato de estar sozinha ou sozinho, e em silêncio, é uma poderosa ferramenta para recarregar as energias mentais. 

Por isso, ao invés de preencher todos os minutos do dia com atividades digitais, tente reservar um tempo diário para ficar livre de qualquer distração. 

Esses momentos de desconexão permitem que nossa mente se organize e que a criatividade floresça. 

As vantagens de passar mais tempo "off"

Adotar o minimalismo digital não significa se afastar completamente da tecnologia. Afinal, os benefícios que ela traz para a nossa vida pessoal e profissional são incontestáveis. 

A ideia é usar esse recurso de forma consciente e intencional, tendo compreensão sobre a melhor forma de aproveitarmos o nosso tempo. 

Há boas razões para fazer isso! Passar mais tempo “off” pode trazer uma série de vantagens práticas, como: 

  • aumentar o foco e a produtividade; 
  • reduzir o estresse e a ansiedade; 
  • melhorar a qualidade do sono;
  • ter mais tempo para relações reais, hobbies e atividades físicas. 

Ao colocar em prática o minimalismo digital, você encontra um equilíbrio entre o mundo online e o mundo real, desfrutando dos benefícios da tecnologia sem perder a conexão com o que realmente importa. 

Aproveite para aplicar as estratégias apresentadas aqui e compartilhar suas experiências com colegas de trabalho. Repensar o uso da rede social pode transformar a dinâmica da sua equipe! 

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