<img height="1" width="1" style="display:none" src="https://www.facebook.com/tr?id=680782996107910&amp;ev=PageView&amp;noscript=1">

Como mensurar o impacto da sustentabilidade na sua empresa?

6 min de leitura

Publicado em 22/09/25

Atualizado em Setembro 22, 2025

Sabe aquela frase que diz que o que não pode ser medido, não pode ser gerenciado? Ela se aplica perfeitamente ao tema que vamos abordar neste artigo: a importância de acompanhar o impacto da sustentabilidade nas empresas. 

Mensurar os resultados das ações sustentáveis não só permite demonstrar o valor dessas iniciativas para as partes interessadas, como também ajuda a identificar oportunidades de melhoria e a embasar decisões mais estratégicas. 

Mas qual é o papel do RH nessa história? A partir de agora, vamos mostrar como o setor pode atuar em parceria com outras áreas, coletando dados e garantindo que as iniciativas de sustentabilidade gerem avanços concretos! 

Quais são os principais indicadores de sustentabilidade?

Para iniciar nossa conversa, vale contextualizar: os indicadores de sustentabilidade são métricas ou critérios que os negócios verdes usam para medir, monitorar e comunicar o seu desempenho ambiental, social e de governança (ESG). 

Entre os principais, estão: 

  • Indicadores ambientais: consumo de energia e água, gestão de resíduos, reciclagem, emissões de gases de efeito estufa (GEE), eficiência no uso de matérias-primas, redução do uso de papel e transporte sustentável. 
  • Indicadores sociais: diversidade e inclusão no quadro de colaboradores, bem-estar e engajamento, programas de capacitação e treinamento, segurança no trabalho e projetos de responsabilidade social. 
  • Indicadores de governança: conformidade regulatória, políticas e diretrizes de ESG, composição do conselho administrativo, transparência financeira, gestão de riscos e mecanismos de controle interno. 

De modo geral, acompanhar essas métricas permite comunicar os resultados de ESG a diferentes públicos, alinhar a sustentabilidade aos objetivos estratégicos do negócio e apoiar o RH e outras áreas na tomada de decisões mais eficazes. 

Além disso, mensurar o impacto da sustentabilidade também viabiliza o cálculo do ROI (Retorno sobre Investimento) dessas ações. Ao relacionar os resultados alcançados com os investimentos realizados, a empresa consegue demonstrar o valor estratégico das práticas sustentáveis, inclusive para o bolso. 

O impacto do RH nas métricas de sustentabilidade 

Como muitos já sabem, o RH pode ser um protagonista estratégico nas iniciativas de sustentabilidade da empresa. 

Afinal, por lidar diretamente com colaboradores, processos internos e cultura organizacional, o setor tem capacidade de influenciar significativamente métricas mais amplas de sustentabilidade. 

No âmbito ambiental, por exemplo, o RH pode incentivar práticas como a otimização do uso de energia nos escritórios, redução do consumo de papel e materiais descartáveis, e programas de mobilidade sustentável, como transporte coletivo. 

Já as políticas de contratação inclusiva, bem como os programas de desenvolvimento e qualidade de vida, influenciam diretamente indicadores sociais, mostrando o impacto positivo da empresa sobre colaboradores e comunidades. 

Como é o setor que coordena muitas dessas ações, o RH também desempenha papel central na coleta e análise de dados — assunto que vamos abordar com mais detalhes no próximo tópico. 

O RH na coleta e apresentação de dados de sustentabilidade 

A mensuração do impacto das métricas de sustentabilidade passa por quatro etapas principais. São elas: 

COLETA DE DADOS RELEVANTES 

O primeiro passo é identificar quais informações são fundamentais para os indicadores de sustentabilidade.  

O RH pode contribuir com dados sobre diversidade, inclusão, engajamento nas ações sustentáveis, treinamentos de conscientização, programas de responsabilidade social e práticas de mobilidade sustentável.  

Além disso, o setor pode colaborar com outras áreas, como Operações e Financeiro, reunindo informações sobre consumo de energia, água, gestão de resíduos e emissões de gases de efeito estufa (GEE). 

PADRONIZAÇÃO E ORGANIZAÇÃO DAS INFORMAÇÕES 

Com os dados em mãos, o RH também pode ajudar a estruturá-los de forma consistente, padronizando indicadores e formatos para poderem ser comparados ao longo do tempo e entre diferentes unidades da empresa. 

Isso garante que os relatórios sejam claros, confiáveis e alinhados às normas de sustentabilidade. 

ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO 

Mais do que somente coletar dados, o RH contribui para interpretar os números, identificando tendências, oportunidades de melhoria e áreas de maior impacto.  

Essa análise permite que os resultados das iniciativas de sustentabilidade sejam contextualizados e conectados aos objetivos macro da empresa, mostrando o valor real das ações implementadas. 

COMUNICAÇÃO E APRESENTAÇÃO 

Por fim, o RH pode participar da apresentação dos resultados para diferentes públicos, internos e externos, incluindo lideranças, colaboradores, investidores e outros stakeholders. 

A comunicação transparente dos dados reforça o engajamento, demonstra o compromisso da empresa com a sustentabilidade e fortalece a cultura organizacional voltada para práticas responsáveis e de impacto positivo. 

Para concluir 

Quando o assunto é promover a sustentabilidade corporativa, o RH não pode ser um mero observador. 

Investir em capacitação, ferramentas de coleta e análise de dados e integração com outras áreas é essencial para as iniciativas sustentáveis gerarem impactos concretos e sejam reconhecidas como importantes para o negócio. 

Empresas que medem e comunicam eficazmente seus resultados fortalecem a imagem e a reputação. Além disso, ao engajar colaboradores e integrar sustentabilidade à cultura organizacional, criam um ciclo de inovação e responsabilidade. 

No fim, todos saem ganhando: a empresa, que alcança resultados mais eficientes; os colaboradores, que se sentem parte de um propósito maior; e a sociedade e o meio ambiente, que se beneficiam das melhores condutas. 

Quer entender como os negócios verdes estão impactando empresas e carreiras? No Papo de Talento, Alexandre Campos de Souza, VP Executivo de RH, Compliance, Jurídico e ESG na AXA Brasil, fala sobre como transformar práticas sustentáveis em vantagem competitiva. Descubra o que significa ser um negócio verde no Brasil, como integrar o ESG à estratégia da sua empresa e as tendências que estão moldando o mercado de trabalho sustentável.

Deixar comentário