<img height="1" width="1" style="display:none" src="https://www.facebook.com/tr?id=680782996107910&amp;ev=PageView&amp;noscript=1">

Educação financeira: como as empresas podem apoiar seus colaboradores?

14 min de leitura

Publicado em 17/07/23

Atualizado em Julho 27, 2023

Sem tempo para ler agora? Experimente ouvir o nosso blog.

Segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), o número de brasileiros endividados deve alcançar uma nova máxima histórica em 2023. Ainda que existam diferentes causas para isso, a falta de educação financeira por parte da população certamente é uma delas. 

Acontece que a estabilidade financeira, o bem-estar emocional e a satisfação no trabalho andam lado a lado. Tanto que, quando os colaboradores enfrentam dificuldades nesta frente, há grandes chances de a saúde mental, a produtividade e o engajamento deles serem diretamente impactados.

Diante deste desafio, as empresas têm uma oportunidade única: a de assumir um papel ativo na promoção da educação financeira e, assim, reduzir vários impactos negativos que a dificuldade em lidar com o dinheiro traz.  

Se você é profissional de RH ou líder de uma equipe, chegou a hora de entender como apoiar seus colaboradores no desenvolvimento de habilidades financeiras saudáveis e conscientes!  

Para começar: o que é educação financeira? 

Embora seja um termo bastante difundido, nem todas as pessoas conhecem os vários aspectos que compõem a educação financeira. Portanto, vamos à definição que a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) traz sobre o assunto. 

Segundo a entidade, a educação financeira é o processo pelo qual os indivíduos aprimoram sua compreensão sobre produtos, conceitos e riscos financeiros a fim de se tornarem mais conscientes e, assim, fazer escolhas informadas, saber onde buscar ajuda e adotar ações que melhorem o bem-estar. 

Em outras palavras, o conceito envolve um conjunto de conhecimentos, habilidades e atitudes que permitem às pessoas tomarem decisões responsáveis em relação ao seu dinheiro. A ideia é promover uma relação mais equilibrada, evitando problemas como o endividamento no futuro. 

Vale lembrar que a educação financeira é um assunto amplo, que engloba desde aspectos como orçamento pessoal, planejamento financeiro, investimentos e controle de gastos até a compreensão do funcionamento do sistema econômico.  

Quais os impactos que a falta de educação financeira traz? 

A falta de educação financeira pode trazer uma série de impactos negativos para a vida pessoal e profissional do indivíduo. Afinal, apesar da máxima de que o “dinheiro não compra felicidade” ser amplamente difundida, é inegável que ele ajuda a minimizar muitas preocupações. 

Na prática, o descontrole financeiro causa enormes transtornos, como: 

  • endividamento excessivo: a falta de conhecimento sobre como administrar adequadamente o dinheiro pode levar as pessoas a se endividarem descontroladamente; 
  • estresse financeiro: lidar com problemas financeiros constantes causa estresse e ansiedade. A preocupação constante com dívidas, contas a pagar e falta de recursos para cobrir despesas básicas afetam a saúde mental e emocional das pessoas, diminuindo significativamente a qualidade de vida delas; 
  • queda na produtividade: a preocupação com as finanças pessoais também pode afetar diretamente o desempenho e a produtividade dos colaboradores. Distrações, ausências frequentes, dificuldade de concentração e baixo engajamento são alguns dos seus impactos diretos; 
  • baixa motivação e satisfação no trabalho: por fim, a falta de estabilidade e a ausência de perspectivas de crescimento econômico podem levar a uma baixa motivação e satisfação no trabalho. Os colaboradores podem se sentir desvalorizados e desmotivados, o que também afeta o clima organizacional e a cultura corporativa. 

Qual a importância de oferecer educação financeira?

Como você viu acima, a falta de educação financeira não afeta apenas o colaborador: as organizações também têm muito a perder quando seus profissionais enfrentam problemas relacionados ao dinheiro. 

É por isso, inclusive, que os investimentos em programas de educação financeira nas empresas estão se tornando cada vez mais comuns. Quando bem estruturados, eles beneficiam todos os envolvidos, como mostramos a seguir. 

BENEFÍCIOS PARA A PESSOA COLABORADORA: 

  • mais clareza para tomar decisões relacionadas ao dinheiro; 
  • facilidade para identificar as prioridades financeiras; 
  • redução das chances de endividamento; 
  • possibilidade de planejar melhor o futuro; 
  • melhora do bem-estar emocional e da qualidade de vida; 
  • desenvolvimento de habilidades que podem ser aplicadas tanto na vida pessoal quanto profissional, como planejamento financeiro, orçamento, investimento e gerenciamento de dívidas. 

BENEFÍCIOS PARA A EMPRESA: 

  • aumento da produtividade, tendo em vista que os colaboradores que estão com suas finanças em ordem conseguem se concentrar melhor nas tarefas; 
  • redução do absenteísmo, pois se diminui a necessidade de o profissional precisar faltar ao trabalho para lidar com problemas financeiros urgentes; 
  • redução do turnover, já que as pessoas passam a se sentir mais satisfeitas com o trabalho quando a empresa demonstra cuidado e interesse pela qualidade de vida delas; 
  • fortalecimento da imagem corporativa, porque as empresas que investem na educação financeira de seus colaboradores são vistas como organizações socialmente responsáveis e preocupadas com o desenvolvimento integral dos talentos. 

6 dicas para promover a educação financeira na empresa

Agora que você já sabe que o bem-estar e o desempenho dos colaboradores são diretamente impactados pelas finanças pessoais deles, chegou a hora de entender como as organizações podem apoiar seus talentos nesta frente. 

Se você não sabe por onde começar, veja algumas dicas que podem ajudar: 

1. ENTENDA QUAIS SÃO AS REAIS NECESSIDADES DOS COLABORADORES 

Se a sua empresa deseja construir um bom programa de educação financeira corporativa, o primeiro passo é entender qual é a situação atual dos colaboradores, bem como mapear as necessidades e os desafios que eles enfrentam. Realizar o mapeamento do perfil financeiro dos profissionais auxiliará a empresa a determinar qual é o tipo de abordagem mais efetiva. 

2. OFEREÇA TREINAMENTOS DE EDUCAÇÃO FINANCEIRA 

Promover, regularmente, workshops, palestras, webinars ou cursos de finanças é uma das melhores formas de ampliar os conhecimentos dos colaboradores sobre o assunto. 

Ao trazer especialistas para abordar tópicos relevantes deste universo, como orçamento, investimentos, planejamento para a aposentadoria e gestão de dívidas, a empresa ajuda seus profissionais a tomarem decisões mais conscientes em relação ao dinheiro. 

3. PROMOVA CAMPANHAS INTERNAS DE CONSCIENTIZAÇÃO 

Geralmente, a mudança de hábitos começa pela conscientização. Isso, por sua vez, requer constância e transparência na comunicação. 

Utilizar os canais internos, como e-mails, murais ou reuniões, para compartilhar dicas rápidas sobre finanças pessoais, bem como os riscos associados à má gestão financeira, pode ser uma ótima forma de reforçar os conceitos abordados nas ações de capacitação.  

Além disso, também é muito importante criar um ambiente aberto para discussões sobre dinheiro e oferecer suporte aos colaboradores que desejam buscar mais orientações sobre o tema. 

4. DISPONIBILIZE MATERIAIS EDUCATIVOS E RECOMENDAÇÕES DE CONTEÚDOS 

Complementando a estratégia apresentada acima, as empresas também podem disponibilizar conteúdos ricos, como guias, ebooks, vídeos ou infográficos. Assim, os colaboradores ganham autonomia para aprenderem no próprio ritmo.  

Outra abordagem interessante é incentivar os profissionais a serem protagonistas do próprio desenvolvimento. Afinal, atualmente há muitos especialistas que disponibilizam conteúdos gratuitos sobre educação financeira.  

5. APOIE OS COLABORADORES NA DEFINIÇÃO DE METAS E OBJETIVOS 

Estimular o planejamento financeiro é um passo importante. Por isso, que tal incentivar os colaboradores a estabelecerem metas nesta frente e ajudá-los a criarem um plano para alcançá-las? 

Isso pode incluir desde fornecer orientações sobre como elaborar um orçamento, definir prioridades de gastos, economizar e investir até apresentar ferramentas que facilitem o acompanhamento do progresso financeiro e incentivem a disciplina.  

6. OFEREÇA BENEFÍCIOS RELACIONADOS AO TEMA 

Se você planeja integrar a educação financeira à cultura da empresa, considere oferecer benefícios relacionados a ela. É possível, por exemplo, disponibilizar um programa de consultoria financeira individualizada, contribuir para planos de previdência complementar dos colaboradores ou oferecer acesso a cursos com condições favoráveis. 

Considerações finais 

Como você leu até aqui, investir no desenvolvimento das habilidades relacionadas às finanças dos colaboradores é bem mais do que uma forma de promover o bem-estar e a estabilidade individual.  

Essa é uma iniciativa que também fortalece o ambiente de trabalho. Sendo assim, é fundamental que as empresas assumam um papel ativo nesta construção e invistam continuamente em ações voltadas para a educação financeira. 

É importante lembrar, também, que promover a educação financeira é uma excelente forma de melhorar a retenção de colaboradores — algo que se torna ainda mais relevante em um contexto marcado pela escassez de habilidades. 

Afinal, pessoas endividadas são mais propensas a pedirem demissão para poderem usar o dinheiro da saída no pagamento das contas ou, então, de buscarem outras oportunidades de trabalho.   

Se você gostou deste conteúdo e quer conhecer mais caminhos para superar o desafio de reter profissionais qualificados, recomendamos a leitura da nossa Pesquisa de Escassez de Talentos 2023. Nela, trazemos insights valiosos sobre como os empregadores estão lidando com esse cenário! 

Deixar comentário