Poucos meses após os movimentos quiet quitting e quiet firing ganharem força nas empresas de todo o mundo, um novo termo da mesma família passou a fazer parte da agenda das organizações: o quiet hiring.
Apontada como uma das principais tendências para o futuro do trabalho, o quiet hiring traz uma nova forma das empresas adquirem habilidades que agreguem valor ao negócio sem, necessariamente, incorporar mais pessoas aos seus quadros de funcionários.
Você se interessou pelo conceito e quer saber mais sobre o assunto? Continue a leitura do artigo!
O que é quiet hiring?
Quiet hiring, ou contratação silenciosa em português, é uma estratégia de recrutamento que surgiu no período pós-pandemia como uma forma de ajudar as empresas a encontrarem e manterem talentos sob demanda.
Esse novo método de contratação pode se manifestar nas organizações de três formas principais:
Vale ressaltar que, embora o quiet hiring também possa envolver a contratação de colaboradores temporários, as principais iniciativas nesta frente estão focadas em desenvolver e dar novas oportunidades aos talentos com bom desempenho dentro da própria companhia.
Qual é a relação da contratação silenciosa com o quiet quitting e quiet firing?
Antes de seguirmos explicando mais sobre o quiet hiring, não podemos deixar de comentar sobre duas outras tendências que fazem parte da mesma família. Afinal, a contratação silenciosa também é uma resposta a elas.
Estamos falando sobre quiet quitting e quiet firing, conceitos que detalharemos abaixo.
QUIET QUITTING
O quiet quitting, ou demissão silenciosa em português, é um movimento que surgiu em meados de 2022, quando profissionais do mundo todo passaram a compartilhar em suas redes sociais que não realizavam mais do que o mínimo necessário em seus respectivos trabalhos.
A ideia de que “ir além do trabalho” é algo que precisa ser abandonado anda de mãos dadas com o desejo de manter um equilíbrio mais saudável entre vida pessoal e profissional – uma busca cada vez mais comum, principalmente entre os jovens da geração Z.
Porém, não é só isso: uma pesquisa publicada pela Harvard Business Review mostrou que as demissões silenciosas também estão relacionadas com como os colaboradores percebem e se relacionam com seus líderes e gestores.
QUIET FIRING
O quiet firing, por sua vez, é o outro lado da moeda.
Neste caso, os gestores optam por responder ao quiet firing “dando o troco”, o que inclui deixá-lo de lado em projetos importantes, criar metas irreais e negar feedbacks na tentativa de que ele peça demissão por conta própria.
Como você já deve imaginar, essa conduta está longe de ser a ideal. Afinal, além de ser considerada assédio, ela apenas deixa a situação ainda mais delicada e perpetua o quiet quitting na organização.
Onde entra o quiet hiring, então?
Enquanto o quiet firing reforça a falta de engajamento do colaborador que aderiu ao movimento de demissão silenciosa, o quiet hiring surge como uma solução que vai justamente na direção contrária.
Ao oferecer novas oportunidades de crescimento e desenvolvimento profissional para quem já faz parte da casa, a contratação silenciosa ajuda a elevar os níveis de motivação e satisfação no trabalho.
Ou seja, o quiet hiring é o movimento que valoriza os funcionários que estão se destacando, que lidam com responsabilidades adicionais e que merecem ser recompensados. Sendo assim, quem adota o quiet quitting pode estar perdendo uma importante chance de desenvolver sua carreira.
Quais as vantagens o quiet hiring traz?
Agora que você já sabe o que é quiet hiring, chegou a hora de ficar por dentro dos principais benefícios que ele pode trazer para empresas e colaboradores quando bem adotado. Vamos lá?
PARA AS ORGANIZAÇÕES
Um dos principais ganhos que a contratação silenciosa oferece para as empresas é a possibilidade de responder rapidamente às transformações do mercado, principalmente no que diz respeito às habilidades que estão em falta.
Em muitas situações, buscar nos próprios colaboradores as competências exigidas pelo mercado e realocá-los internamente, de forma estratégica, acaba sendo uma solução mais ágil do que atrair e contratar novos funcionários para preencher essas lacunas.
Além disso, como mencionamos anteriormente, oferecer oportunidades de crescimento também pode ser um fator interessante de engajamento – o que tende a resultar em mais produtividade e aumento da retenção de talentos.
PARA OS FUNCIONÁRIOS
Quando conduzida com ética, responsabilidade e transparência por parte da organização, o quiet hiring também pode ser bastante vantajoso para os colaboradores que almejam por um crescimento na carreira.
Afinal, ao assumir novas atribuições ou projetos de forma ponderada, o profissional pode desde aprender algo diferente até conquistar uma promoção, aumento de salário ou outros benefícios.
Mas atenção: para que todas as partes saiam ganhando, é fundamental haver uma comunicação aberta e o alinhamento de expectativas entre liderança e liderado ao longo de todas as etapas do caminho.
QUIET HIRING E REDEPLOYMENT
Para finalizar, gostaríamos de destacar que parte da contratação silenciosa tem uma ligação direta com o redeployment, termo em inglês que se refere à redistribuição de talentos.
Na essência, o redeployment envolve ajudar os colaboradores a olharem para as possibilidades que existem dentro da organização. Mas, diferentemente do que acontece no plano de carreira, essa perspectiva de movimentação não se apresenta necessariamente de forma vertical.
Aqui, a ideia é que o funcionário se aproprie das próprias habilidades e entenda que pode utilizá-las em outras áreas e funções da empresa, inclusive em posições completamente diferentes da inicial.
Conhecer essa prática é importante e pode ajudar as empresas a adotarem o quiet hiring de forma mais estratégica e focada na experiência do colaborador.
Caso queira se aprofundar no assunto, temos um conteúdo exclusivo: Redeployment: saiba os benefícios da movimentação interna de talentos. Aproveite para conferir agora!
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