Falta de propósito, insatisfação com a cultura da empresa, conflitos com a liderança ou a busca por mais qualidade de vida… Esses são só alguns dos motivos que podem levar um profissional a cogitar a mudança de carreira.
Aliás, o desejo de buscar novos horizontes já está no radar de muita gente: segundo nossa pesquisa Barômetro Global de Talentos 2024, 35% dos trabalhadores consideram mudar de emprego nos próximos 6 meses. Entre jovens de 18 a 27 anos, a margem é de 47%.
Seja qual for a razão, decisões sobre o trabalho pedem reflexão e planejamento. A seguir, vamos apresentar seis perguntas para apoiar essa escolha, inspiradas em um artigo publicado pelo Dr. Tomas Chamorro-Premuzic, Diretor de Inovação do ManpowerGroup, na Harvard Business Review.
Refletir sobre o que realmente importa para você é o primeiro passo para planejar uma mudança de carreira que faça sentido e traga satisfação a longo prazo. Entre as perguntas que podem apoiar esse mapeamento, estão:
“Ter clareza sobre suas prioridades, especialmente sobre um ou dois temas inegociáveis, é um ótimo ponto de partida para te guiar por essa busca”, aconselha o Dr. Tomas Chamorro-Premuzic.
Muitas pessoas fazem escolhas de emprego e carreira com base na remuneração. Porém, nem sempre o dinheiro é garantia de satisfação no trabalho.
Nesse sentido, é importante considerar quais são suas metas financeiras atuais e futuras e o quanto a compensação financeira importa.
Alguns profissionais, por exemplo, estão dispostos a renunciar parte do salário por um emprego que ofereça flexibilidade, bem-estar e mais oportunidades de aprendizado e crescimento.
“É importante ser honesto consigo sobre o quanto salário e benefícios realmente importam — e até que ponto você se dispõe a renunciar a outras coisas para ir além do mínimo necessário. Isso deve guiar suas escolhas”, orienta o Dr. Tomas Chamorro-Premuzic.
Você sabia que, quando as pessoas escolhem carreiras ou empresas alinhadas aos seus valores, elas tendem a se sentir mais realizadas e felizes?
Não é à toa que essa conexão costuma gerar mais engajamento, retenção de talentos e melhores resultados. Para entender o que, de fato, te traz motivação profissional, o Diretor de Inovação do ManpowerGroup sugere que você se pergunte:
Se responder a essas perguntas parecer difícil, uma boa alternativa é pensar em pessoas que você admira e refletir sobre o que desperta essa admiração.
Para alguns profissionais, ter liberdade para tomar decisões ou trabalhar de forma independente é muito importante. Já para outros, a autogestão pode ser um desafio.
A verdade é que a liberdade é uma faca de dois gumes. Com a autonomia, vêm também mais responsabilidade e a necessidade de prestar contas.
Portanto, tente entender em qual desses dois perfis você se encaixa mais: o de quem prefere ambientes mais informais ou o de quem prospera em contextos mais estruturados e bem definidos.
Encontrar a resposta pode te ajudar a fazer escolhas mais alinhadas com seu jeito de trabalhar e, consequentemente, a se sentir mais satisfeito com sua mudança de carreira.
Nem todas as pessoas acreditam que o trabalho deve proporcionar uma alta dose de propósito, realização e até mesmo um senso de vocação — e está tudo bem.
Embora alinhar seus interesses pessoais com a carreira aumente o engajamento, também é possível encontrar alegria em outras áreas da vida.
O mais importante é conseguir ter honestidade sobre isso para, então, calibrar as expectativas e entender quais são os melhores caminhos.
Segundo o Dr. Tomas Chamorro-Premuzic, essas perguntas podem te ajudar a refletir sobre o quanto você precisa ser intrinsecamente motivado pelo seu trabalho ou carreira:
Por fim, se questione se a função ou carreira que você almeja oferece espaço para evoluir, desenvolver novas habilidades e conquistar outros desafios. Mais: qual o peso que esses fatores têm para você?
O Dr. Tomas Chamorro-Premuzic lembra que algumas culturas são mais centradas em oferecer aos colaboradores oportunidades de aprendizado e até mesmo recompensá-los por isso. Por outro lado, alguns empregos e funções ainda priorizam os resultados.
“Portanto, tenha clareza sobre a importância do aprendizado e se você estaria disposto a sacrificar outras coisas para se concentrar nisso”, conclui.
Embora não haja garantia de que uma mudança de carreira será bem-sucedida, refletir sobre as perguntas acima pode, no mínimo, te trazer mais objetividade sobre os próximos passos e evitar decisões por impulso.
Outra ferramenta que pode fazer toda a diferença nesse processo é a mentoria. Afinal, às vezes tudo o que precisamos é da visão de alguém “de fora”, com mais experiência, que nos ajude a enxergar caminhos que não consideramos.
Quer entender melhor como funciona essa solução? Então, aproveite para ler o artigo Mentoria de carreira: o investimento que transforma sua trajetória. Até a próxima!