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Você sabia que mais de 60% dos brasileiros já sofreram tentativas de golpes virtuais? Entre as artimanhas utilizadas está o golpe do emprego falso, uma prática que tem se tornado cada vez mais comum no país.
Geralmente, esse tipo de golpe começa com uma oferta de trabalho que parece “boa demais para ser verdade”. Porém, tudo não passa de uma isca para conseguir os dados pessoais ou algum dinheiro das pessoas candidatas.
Por conta do aumento desse tipo de crime, compartilhamos quatro dicas para que você consiga se proteger ao buscar novas oportunidades de trabalho! Vamos lá?
Como funciona o golpe do emprego falso?
Em primeiro lugar, é importante entender que o golpe do emprego falso não segue um padrão. Na maioria das vezes, ele envolve ofertas irresistíveis, com salários acima da média e poucas exigências — características que já devem gerar desconfiança. Porém, os golpistas refinam cada vez mais suas abordagens.
Andréa Felgueiras, Gerente de Marketing para atração de talentos no ManpowerGroup Brasil, explica que uma das estratégias mais utilizadas é a solicitação de pagamento para exames admissionais ou toxicológicos antes de a “contratação” acontecer: “os golpistas entram em contato via SMS ou por aplicativos de mensagens e iniciam uma conversa com a vítima. Depois, afirmam que ela foi aprovada e que é necessário pagar um exame para a admissão”.
Após o pagamento do suposto exame médico, normalmente via PIX, o falso recrutador desaparece e o profissional descobre que caiu em um golpe. Há, ainda, casos em que a vítima é direcionada para um site de inscrição para preencher suas informações pessoais, como nome completo, CPF, endereço e dados bancários.
Andréa alerta que muitos dos criminosos fazem uso inapropriado da imagem de empresas, com o logotipo ou a foto de recrutadores verdadeiros, para passar a impressão de que a oferta é legítima. Alguns ainda convencem o candidato a indicar outras pessoas para se cadastrar no site falso antes de seguir com o “processo de contratação”.
O que fazer para não cair nesse golpe?
Para evitar cair no golpe de uma vaga de emprego falsa, há algumas recomendações importantes. Confira, a seguir, quatro dicas trazidas pela Pâmela Nascimento, Coordenadora de People & Culture aqui no ManpowerGroup Brasil.
1. PESQUISE SOBRE A EMPRESA
Se você recebeu uma oportunidade de trabalho ou viu um anúncio de emprego interessante, é muito importante fazer uma pesquisa aprofundada sobre quem está anunciando a vaga e qual é a empresa empregadora.
A internet é uma excelente aliada nesse sentido. Com uma busca rápida no Google, é possível encontrar desde o site e as redes sociais da organização até avaliações de profissionais que já tiveram alguma experiência nela.
“Antes de se candidatar a uma oportunidade de trabalho, é fundamental se preparar com informações. O candidato deve pesquisar sobre a empresa e, caso se trate de um golpe, muito provavelmente ele vai encontrar alguém que já tenha registrado uma reclamação parecida”, diz Pâmela.
Além disso, caso se trate de um golpe recorrente, é provável que você encontre um alerta fixado nas páginas da companhia. Na dúvida, a especialista recomenda entrar em contato com a empresa por meio dos canais oficiais e confirmar se a vaga realmente existe.
2. JAMAIS FORNEÇA INFORMAÇÕES PESSOAIS
Em processos seletivos reais, as informações pedidas, em um primeiro momento, são relacionadas às competências técnicas e comportamentais dos candidatos, bem como às suas experiências profissionais.
“Os dados pessoais são irrelevantes para o recrutador no início do processo seletivo. Eles só farão diferença durante a contratação. Ainda assim, não é aconselhável passá-los por telefone ou WhatsApp”, alerta a especialista. Inclusive, a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) proíbe essa prática.
3. NUNCA FAÇA NENHUM PAGAMENTO
Como já comentamos, uma das estratégias usadas pelos criminosos que aplicam o golpe do emprego falso é cobrar uma taxa para o candidato participar do processo seletivo ou garantir uma vaga. Em outros casos, eles oferecem um suposto “assessoramento de carreira” como parte do esquema.
“Essas práticas estão longe de serem adotadas nos recrutamentos sérios. Empresas idôneas não cobram nenhum valor para a participação em processos seletivos, nem condicionam a contratação ao pagamento de exames ou cursos”, orienta Pâmela.
4. ATENTE-SE À ABORDAGEM DO SUPOSTO RECRUTADOR
Muitas empresas já utilizam aplicativos de mensagens e outros canais ágeis para se comunicar com os candidatos, mas é importante ter cautela. Observe a abordagem do recrutador, que geralmente é mais profissional e séria. Erros de digitação ou mensagens confusas podem ser sinais de alerta para possíveis fraudes.
Caso você não tenha se candidatado à vaga e, ainda assim, receba o convite para o processo seletivo, é aconselhável questionar onde a pessoa conseguiu o seu contato e avaliar se a resposta faz sentido. “O candidato pode ainda perguntar o nome e o sobrenome do recrutador e pesquisar sobre ele em canais como o LinkedIn, a fim de validar as informações”, conclui Pâmela Nascimento.
Qual a forma mais segura de se candidatar a uma vaga?
Alguns cuidados são essenciais ao se candidatar a uma vaga ou participar de um processo seletivo. De forma geral, cadastrar seu currículo diretamente em portais de emprego reconhecidos é uma opção mais segura do que compartilhar informações pessoais por e-mail ou WhatsApp. Esses sites oferecem geralmente medidas de segurança e filtros que ajudam a proteger os dados dos candidatos, reduzindo o risco de golpes.
No ManpowerGroup, por exemplo, nossos recrutadores nunca solicitam informações pessoais nem aceitam currículos enviados por redes sociais ou e-mail. Todos os candidatos são orientados a realizar o cadastro no nosso Portal de Vagas.
Gostou das dicas? Aproveite para conferir também nosso artigo sobre os riscos de enviar currículo por e-mail. Até a próxima!