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Como se sair bem no teste de lógica do processo seletivo?

Escrito por ManpowerGroup Brasil | 27/11/25

Enquanto algumas fases do processo seletivo já são bem familiares, como enviar o currículo e participar de uma entrevista, há outras que ainda geram bastante dúvida nos candidatos. Entre elas, está o teste de lógica. 

Solicitado em processos de diferentes áreas e níveis de carreira, esse tipo de avaliação tem como objetivo entender como você raciocina, resolve problemas e toma decisões — habilidades cada vez mais valorizadas pelo mercado.  

Como explica Raphael Araújo, Gerente de Operações de RPO no ManpowerGroup Brasil, “os testes de lógica aparecem em muitos processos porque ajudam a entender como o candidato organiza o pensamento quando se depara com algo novo”. 

A seguir, vamos explicar como essa etapa funciona e, o mais importante, trazer dicas práticas para que você possa se preparar melhor. Boa leitura! 

O que é o teste de lógica?

Diferente de avaliações que medem o que o candidato já sabe — como o domínio de um software ou conhecimento técnico — o teste de lógica busca entender como a pessoa pensa. 

Na prática, ele avalia desde a forma como o candidato organiza informações, identifica padrões e interpreta dados, até sua capacidade de encontrar soluções diante de um problema.  

Geralmente, isso é feito por meio de questões com sequências, figuras, problemas matemáticos simples, tabelas ou pequenas narrativas. No fim das contas, não se trata de medir conhecimento, e sim da forma como você raciocina diante do novo. 

Por que tantas empresas utilizam essa etapa na seleção? 

Com o pensamento analítico entre as habilidades mais valorizadas pelas empresas — tendência apontada pelo relatório Futuro do Trabalho do Fórum Econômico Mundial — o teste de lógica ganhou ainda mais relevância nos processos de contratação. 

Essa soft skill está diretamente ligada à capacidade de interpretar informações, identificar padrões, analisar cenários e tomar decisões com base em dados. É exatamente esse tipo de raciocínio que as organizações querem observar com o teste. 

Além disso, essa etapa ajuda a tornar a avaliação mais objetiva e reduz erros de contratação, já que não depende apenas das impressões deixadas na entrevista. 

Como mandar bem nesse tipo de teste?

O raciocínio lógico, assim como muitas outras habilidades, pode ser treinado. Esse é o ponto de partida para se destacar. 

Quanto mais contato você tiver com esse tipo de avaliação, mais fácil será identificar padrões, organizar o pensamento e chegar às respostas com tranquilidade.  

Mas, antes de tudo, vale entender que alguns erros comuns podem ser evitados com uma preparação simples. 

Segundo Raphael, “um erro muito comum é não ler o enunciado com calma. Muita gente já começa o teste preocupada com o tempo e acaba interpretando as instruções equivocadamente”.  

Ele reforça que a pressa faz candidatos ignorarem detalhes essenciais e a ansiedade e a falta de organização do raciocínio aumentam as chances de deslizes. 

A seguir, veja um passo a passo para se preparar melhor. 

CONHEÇA DIFERENTES FORMATOS DO TESTE 

Se você está aqui, já deu o primeiro passo.  

Agora, vale pesquisar exemplos dos diferentes tipos de questões para entender quais formatos são mais familiares e quais exigem mais prática. 

BUSQUE EXERCÍCIOS PRÁTICOS E SIMULADOS 

Comece reservando de 10 a 15 minutos por dia para resolver exercícios simples e avance conforme ganhar confiança. 

Raphael Araújo indica usar materiais gratuitos, vídeos explicativos no YouTube e até ferramentas de inteligência artificial generativa. O próprio ChatGPT pode criar listas de exercícios personalizados — basta pedir algo como “me dê 10 exercícios de lógica ao nível iniciante/intermediário/avançado”. 

Lembre-se: muitos testes trazem conceitos matemáticos básicos. Revisá-los também ajuda bastante. 

Segundo Raphael, quem não tem familiaridade com o tema deve começar pelo básico. “Com algumas horas de estudo e prática, o candidato já começa a criar ritmo, reconhecer modelos recorrentes e ganhar mais confiança”, explica. 

TREINE COM TEMPO CONTROLADO 

Grande parte dos testes é cronometrada, e o nervosismo costuma aparecer quando o relógio começa a correr. Simular a experiência em casa — usando cronômetro no celular — ajuda a se adaptar e evitar que o tempo se torne um fator de bloqueio. 

Raphael ainda recomenda uma estratégia prática: “comece pelas questões mais simples e rápidas. Isso ajuda a ganhar confiança logo no início e evita aquela tensão imediata que atrapalha muita gente”. 

Invista em técnicas de relaxamento 

Mesmo com treino, o nervosismo pode aparecer. Nesse caso, vale tentar: 

  • respiração profunda para desacelerar; 
  • meditação guiada de 2 a 5 minutos; 
  • caminhada ou alongamento leve; 
  • ambiente sem barulhos ou notificações; 
  • playlist calma para manter a concentração. 

Estar descansado e bem alimentado também faz diferença na clareza de raciocínio. Dormir bem e manter uma alimentação equilibrada antes da prova ajuda — e muito. 

Raphael reforça que entender o propósito do teste também reduz a ansiedade: “o objetivo não é acertar tudo, e sim manter consistência. Testes de lógica avaliam clareza e organização de raciocínio, não perfeição absoluta. Quando o candidato entende isso, a ansiedade diminui e o desempenho melhora naturalmente”. 

Para concluir

Com essas dicas, esperamos que você se sinta mais preparado e confiante para encarar um teste de lógica. Mas lembre-se: essa é somente uma das etapas do processo seletivo. 

Ao longo da jornada até a vaga, você também terá outras oportunidades de mostrar suas experiências, sua forma de se comunicar e como se conecta com a cultura da empresa. 

Se quiser continuar se preparando e ampliando suas chances, temos outra recomendação que pode ajudar muito: Como usar Inteligência Artificial para brilhar na entrevista de emprego.