Um viajante decide fazer uma longa viagem. Para isso, precisa planejar uma rota, pensar nos recursos necessários durante o caminho e saber onde poderá fazer paradas estratégicas para descansar e reabastecer seus insumos. Antes de sair, esse viajante quer ter certeza sobre seu local de partida para, então, tomar decisões que o ajudem a chegar ao destino almejado.
Pois bem, se no último artigo compartilhei como o assessment nos dá clareza sobre onde estamos e do que precisamos para ir além, hoje quero continuar essa jornada, abordando como o plano de desenvolvimento individual (PDI) se torna a bússola que orienta a viagem e auxilia tanto líderes quanto liderados na construção de uma trajetória de empoderamento.
Em um mundo dinâmico, rápido e cheio de possibilidades, criar um PDI é fundamental para trazer visibilidade ao percurso a ser percorrido. Ele parte de um olhar amplo e integrado, alinhando expectativas profissionais e pessoais de cada pessoa para criar uma trilha poderosa de transformação.
Por isso, costumo dizer que um bom PDI vai além do aprendizado formal e técnico, pois contempla também a relação com o ambiente — a própria empresa, com outras pessoas e, principalmente, com o propósito e os valores que cada um e cada uma carrega consigo.
Um PDI estabelece metas concretas e mensuráveis, como se você marcasse pontos de parada ao longo do caminho. Em uma parceria entre colaborador e empresa, ele incentiva a reflexão sobre as competências necessárias para avançar e sugere as melhores práticas para superar os obstáculos que, sim, surgirão durante o trajeto.
Além disso, ao mapear habilidades a desenvolver e experiências a adquirir, o plano ajuda a evitar desvios desnecessários que podem atrasar ou até mesmo tirar o foco do destino.
Isso não significa que o PDI é algo “cravado em pedra”. Voltando ao nosso viajante, imagine que, de repente, ele se depara com uma estrada interditada. Ele pode se sentir frustrado por não seguir o plano inicial, mas, ao traçar uma nova rota, descobre lugares que não conhecia, cruza com pessoas com quem troca experiências e aprende alguns atalhos.
Quando entramos em um processo de desenvolvimento, precisamos estar preparados para ajustes de rota — e está tudo bem. Tendo consciência de para onde queremos ir, as curvas e os desvios devem ser vistos como parte da jornada e fontes de descobertas surpreendentes!
Outro ponto que destaco para que líderes transmitam a seus liderados é a importância de cada pessoa se apropriar da própria jornada, ou seja, ter a responsabilidade e a confiança para dar cada passo, compreendendo que é nesse caminho que moram as oportunidades de aperfeiçoamento e evolução. Chegar ao destino certamente será gratificante, mas o aprendizado adquirido ao longo da trilha é o que verdadeiramente importa.
Um bom PDI, que estabelece metas claras e oferece recursos para alcançá-las, é uma ferramenta ao mesmo tempo inspiradora e prática, capaz de transformar sonhos em realidades tangíveis e impulsionar talentos com sabedoria e propósito.
Na sua empresa, os colaboradores já possuem um plano de desenvolvimento individual? Qual o impacto que você, como liderança, percebe nesse processo? Compartilhe sua visão, vou adorar saber!
Abraços,
Wilma Dal Col
Diretora de Gestão Estratégica de Pessoas no ManpowerGroup Brasil
Confira aqui a publicação original.