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Como reduzir o turnover: o papel da liderança na retenção de talentos

Escrito por ManpowerGroup Brasil | 25/09/25

Conseguir reduzir o turnover é, hoje, uma das principais dores do RH. Afinal, a rotatividade de talentos no Brasil aumentou 56% em comparação ao período pré-pandemia, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED).

Esse número revela algo ainda mais profundo: a dificuldade de engajar talentos, sobretudo das novas gerações — 47% dos profissionais da Geração Z dizem que provavelmente deixarão seus cargos atuais nos próximos seis meses.

Diante desse cenário, investir no desenvolvimento da liderança deixou de ser opcional. Isso porque são eles que, quando preparados, ajudam a impulsionar o engajamento dos colaboradores.

Quer entender como a liderança impacta o turnover e por onde começar essa transformação? Então, aproveite a leitura!

A estreita relação entre liderança e turnover

Por trás de um turnover elevado, dificilmente existe uma única razão. No entanto, é inegável que a qualidade da gestão tem um peso significativo no aumento desse índice. 

Um estudo conduzido pelo LinkedIn deixou isso bastante claro ao mostrar que sete em cada dez profissionais deixariam o emprego se tivessem que lidar com um gestor ruim. 

Essa resposta tem tudo a ver com o impacto direto que líderes causam não apenas no desenvolvimento de seus talentos, mas também no bem-estar e engajamento deles. 

Aliás, no relatório State of the Global Workplace, a Gallup estimou que 70% da variação no engajamento das equipes pode ser atribuída aos gestores.  

Ou seja: uma liderança forte é sinônimo de times mais engajados. Por outro lado, uma liderança que deixa a desejar rapidamente vê o engajamento interno ruir. 

É justamente aí que os problemas começam. Afinal, quando os profissionais não estão engajados, produzem menos, faltam mais e não hesitam em aceitar uma nova oportunidade de emprego. 

O que é preciso para ser um líder que engaja?

A liderança não é somente um cargo ou uma característica inata: ela requer um conjunto de habilidades que podem ser desenvolvidas ao longo da carreira — até porque, embora algumas pessoas tenham mais facilidade, ninguém nasce líder. 

Um líder que engaja precisa, antes de tudo, ter: 

  • inteligência emocional, para compreender e lidar com as próprias emoções e as da equipe; 
  • comunicação clara e empática, para transmitir objetivos, expectativas e feedback de uma forma que todos se sintam ouvidos e compreendidos; 
  • visão estratégica, para orientar a equipe em direção a metas comuns, mantendo o foco no crescimento do time e da empresa; 
  • capacidade de inspirar pelo exemplo, para motivar os colaboradores por meio de atitudes coerentes com os valores da organização; 
  • habilidade de reconhecimento e valorização, para reforçar comportamentos positivos e engajar os talentos; 
  • gestão de conflitos, para mediar situações difíceis e transformar desafios em oportunidades de aprendizado e crescimento; 
  • capacidade de aprendizado contínuo, para se atualizar constantemente, adaptar-se a mudanças, aprimorar habilidades e incentivar seus liderados a fazerem o mesmo; 
  • habilidade de delegar, para distribuir responsabilidades eficientemente, valorizando talentos e promovendo a autonomia dos colaboradores. 

Essas competências, quando combinadas, formam a base de uma liderança capaz de engajar, reter e desenvolver talentos de maneira sustentável. 

É por isso que o desenvolvimento de lideranças se torna tão importante: somente um gestor bem formado conseguirá transformar o dia a dia da equipe, tornando o trabalho mais estimulante para todos. 

Como apoiar o desenvolvimento das lideranças? 

A preparação de líderes capazes de fortalecer o engajamento e a retenção de pessoas exige um investimento contínuo em ações de desenvolvimento. 

Afinal, vivemos em um contexto de rápidas transformações, no qual as habilidades ganham e perdem relevância em uma velocidade nunca vista. Conheça, a seguir, algumas estratégias que se destacam nesta frente. 

COACHING DE LIDERANÇA 

O coaching é um processo voltado para o desenvolvimento humano, que ajuda o líder a identificar seus pontos fortes e áreas de melhoria, além de trabalhar metas específicas para sua atuação. 

Por meio de um programa de coaching, os gestores podem aprender a: 

  • manter-se firme e regular o estresse em situações de alta pressão; 
  • comunicar-se com clareza, empatia e consistência;  
  • entender e responder às necessidades da equipe antes que os problemas aumentem; 
  • navegar pela ambiguidade e liderar a mudança com confiança;  
  • treinar outras pessoas, apoiando o crescimento sem microgerenciar. 

Ou seja, o coaching possui um potencial transformador imenso, capaz de fortalecer a autoconfiança do líder e ampliar seu impacto positivo na equipe. 

MENTORIA 

A mentoria, por sua vez, é uma relação de aprendizado baseada na troca de experiências entre um profissional mais sênior e outro em fase de desenvolvimento.  

Diferente do coaching, que é mais estruturado em metas e técnicas específicas, a mentoria se apoia na vivência prática do mentor, que compartilha aprendizados, histórias, erros e acertos ao longo da carreira. 

Quando um líder em início de trajetória tem a oportunidade de aprender com alguém que já enfrenta os desafios da função há mais tempo, ele pode: 

  • ampliar sua visão estratégica; 
  • receber feedbacks em situações reais do dia a dia; 
  • desenvolver habilidades de forma mais direcionada e contextualizada; 
  • criar uma rede de apoio e colaboração com diferentes gerações de líderes. 

Tudo isso torna a mentoria uma ferramenta importante para acelerar o amadurecimento da liderança e garantir que os novos gestores estejam mais bem preparados. 

ASSESSMENT 

Por último, temos os programas de Assessment, que utilizam um conjunto de ferramentas e técnicas para analisar as características individuais dos talentos e direcionar o seu desenvolvimento. 

Mais precisamente, as ferramentas de Assessment permitem mapear de forma estruturada o perfil das lideranças, avaliando competências técnicas e comportamentais.  

Com base nesse mapeamento, é possível: 

  • desenhar planos de desenvolvimento personalizados; 
  • apoiar a empresa na definição de treinamentos mais eficazes; 
  • aumentar os acertos na promoção de líderes para novas funções; 
  • antecipar lacunas de competências e preparar sucessores; 
  • conectar as necessidades individuais das lideranças às metas da organização. 

Em outras palavras, o assessment funciona como um guia estratégico, oferecendo clareza sobre onde investir esforços de desenvolvimento. 

Leia também: Como o Assessment potencializa o desenvolvimento de talentos? 

O ManpowerGroup Brasil oferece um portfólio completo para apoiar o RH em cada etapa da jornada — de coaching a programas de assessment e mentoria —, preparando lideranças com as competências certas para encarar os desafios de hoje e de amanhã. 

Considerações finais

Líderes preparados engajam suas equipes e constroem ambientes mais saudáveis e alinhados aos objetivos do negócio. Na prática, isso se traduz em mais produtividade e retenção de talentos a longo prazo. 

Se você gostou deste conteúdo e deseja se aprofundar no assunto, confira também o novo relatório da Talent Solutions Right Management, The State of Careers 2025, onde alertamos para os principais equívocos que as lideranças podem estar cometendo ao tentar motivar suas equipes.