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Mulheres na liderança: a urgência em acelerar a equidade de gênero nos cargos mais altos

6 min de leitura

Publicado em 12/10/22

Atualizado em Novembro 7, 2022

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132 anos. Este é o tempo estimado pelo Fórum Econômico Mundial para que a igualdade global de gênero seja alcançada — isso envolve a participação econômica, política e nos setores de saúde e educação. Em 2020, eram 100 anos. Retrocedemos em gerar oportunidades e direitos equitativos para as mulheres, especialmente pelo baque da pandemia. Mulheres sofreram intensamente por estarem, em maioria, na área de serviços, na linha de frente da saúde e em empregos informais. Dos postos formais perdidos no primeiro ano da crise sanitária, 72% eram de mulheres; em 2021, o desemprego entre elas bateu recorde.

Quando pensamos em um mundo em que a transformação dita as regras, é impossível também não se perguntar onde está a diversidade nas áreas STEM (ciências, tecnologia, engenharia e matemática). Em termos de gênero, a presença feminina nas chamadas ‘profissões de amanhã’ gera grande alerta: na computação em nuvem, são apenas 14%; na engenharia de dados, 20%; e no setor de inteligência artificial, 32%, ainda segundo o relatório do FEM. Isso sem considerar intersecções de raça, de orientação sexual e de classe social, por exemplo.

Por outro lado, para trilhar o longo caminho que temos pela frente, podemos olhar para a agenda ESG como uma alavanca que impulsiona empresas a reverterem esse cenário. Margareth Goldenberg, Gestora Executiva do Movimento Mulher 360, ao tratar o tema de equidade de gênero com líderes, aponta três abordagens possíveis: a do amor, a da dor e a da inteligência.

No amor, líderes compreendem e abraçam a agenda das organizações diante dos problemas do mundo; na dor, a mobilização acontece por uma perda, seja de credibilidade, seja de clientes ou acionistas; por fim, pelo caminho da inteligência, existe o reconhecimento da responsabilidade socioambiental como geração de valor para os negócios, já que, de consumidores a investidores, todos exercem pressão para que empresas assumam tais compromissos. É aqui que as estratégias ESG, então, atravessam as organizações como uma questão de relevância e de sobrevivência e podem mobilizar medidas de equalização entre homens e mulheres.

Neste sentido, além do direito de acessar e de ocupar, é sabido que a participação das mulheres nas empresas reverbera em retornos financeiros, em fortalecimento da marca empregadora e age como combustível para a inovação. Para isso, acredito que fortalecer a liderança feminina seja um dos principais meios que fazem o pacto com a equidade de gênero se tornar resiliente e convicto o suficiente, superando até mesmo momentos de crise.

Segundo o levantamento da Grant Thornton, elas ocupam 38% das lideranças no Brasil — ligeira queda em relação a 2021, quando o levantamento apontou 39%. Quando falamos de mulheres negras, o abismo é muito maior, com presença de 3% nas cadeiras de gerência para cima, de acordo com a consultoria Gestão Kairós. É preciso mais mulheres, mais mulheres plurais, nos espaços de decisão, para garantir representatividade.

Com o futuro do trabalho trazendo desafios complexos, e consciente do impacto global de atuação, o ManpowerGroup revigora os laços com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e, como uma renovação de votos, estreitou o engajamento com a Equidade de Gênero, Redução das Desigualdades, Educação de Qualidade e Trabalho Decente e Crescimento Econômico. No mais recente relatório sobre a agenda ESG, o pilar de Pessoas e Prosperidade trata com seriedade metas e estratégias que almejam a diversidade e a inclusão como estruturas sólidas da companhia. Em termos de equidade de gênero, o principal objetivo é alcançar 50% de diversidade de gênero no nível de liderança global até 2025.

“Os dados nos dizem que a pandemia teve um impacto desproporcional nas mulheres no local de trabalho. Agora é a nossa oportunidade de nos comprometermos com objetivos ambiciosos, medir o progresso e remodelar um futuro do trabalho que funciona melhor para todos”.

Ruth Harper, SVP e Diretora de Comunicação e Sustentabilidade


A redefinição de papéis de gênero e a oferta de qualificação têm sido os fios condutores para ajudar mulheres a prosperar e abrir caminhos até postos de comando dentro da nossa rede. Compartilho um exemplo bastante interessante realizado na França: em parceria com a escola Le Wagon Marseille, o programa de treinamento #WomenCoders forma mulheres em Codificação e permite que elas adquiram diversas habilidades digitais. Alinhadas a isso, nossas marcas Manpower, Experis e Talent Solutions disponibilizam coaching e treinamentos para elas, além de recrutá-las para que trilhem carreiras sustentáveis em TI.

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The Generation Equality Mural em Londres, pintado por Alice Pasquini.

Foto: Quentin Durant (@Superkant) / Street Art for Mankind


Esta obra da artista Alice Pasquini compôs o nosso mural #GenerationEquality, em Londres, realizado em parceria com a ONU e com a Street Art for Mankind, como forma de manifestar a nossa atuação na aceleração da equidade de gênero no mundo do trabalho de maneira significativa — em todos os níveis, cargos e áreas —, para que mulheres sejam reconhecidas igualmente em remuneração e em oportunidades de inserção e de crescimento.

Encerro este artigo sobre a urgência em fomentar a liderança feminina com as cores, as formas e a mensagem da mão de uma mulher apontada para cima, ao lado de outra mais jovem, pois é preciso entender que quanto mais alto uma mulher chega, mais chances de muitas outras virem com ela.

Você pode acessar o relatório “Working to Change the World” para conhecer todas as iniciativas e metas de ESG do ManpowerGroup clicando aqui. Espero que o material sirva como fonte de inspiração para que a sua empresa também trabalhe para mudar o mundo, acelerando transformações necessárias como a equidade de gênero em todas as áreas e posições.

Abraços,

Ana Guimarães

Diretora de Operações no ManpowerGroup Brasil

Publicado originalmente em: https://bit.ly/3Vju5eP

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