Nos últimos anos, avançamos muito nas conversas sobre diversidade, equidade e inclusão. A pauta ganhou espaço, visibilidade, importância. Mas, recentemente, alguns movimentos no mercado acenderam um alerta: em fevereiro, o Google anunciou o fim das metas de contratação voltadas à diversidade — e não foi o único. Outras empresas também estão recuando nesse compromisso.
Diante disso, fica a pergunta: estamos andando para trás?
A resposta não é simples. Mas acredito que muito ainda depende de nós. Da nossa disposição em seguir em frente, mesmo quando os ventos parecem contrários. E, especialmente, da liderança, que pode inspirar, abrir caminhos e transformar ambientes.
Ser líder, hoje, é muito mais do que bater metas. É sobre cultivar espaços onde todas as pessoas possam florescer, especialmente aquelas que, historicamente, foram silenciadas ou invisibilizadas. Mulheres, pessoas negras, pessoas da comunidade LGBTQIAP+, pessoas com deficiência. Gente com talento de sobra, que só precisa de oportunidade e segurança para brilhar.
Liderança inclusiva é exatamente isso: agir com intenção, sensibilidade e coragem. É promover escuta ativa, dar autonomia, reconhecer esforços, corrigir rotas sem medo e jamais tolerar preconceito ou violência, seja ela explícita ou disfarçada.
É fazer, todos os dias, escolhas que reforcem o respeito, a empatia e a valorização das diferenças. Não por relatórios ou KPIs bonitos, mas porque acreditamos, de verdade, que ambientes diversos são mais ricos, mais fortes, mais humanos.
Em um mundo onde 59% das pessoas ainda veem a diversidade como mero discurso, líderes inclusivos fazem questão de mostrar, na prática, que é possível fazer diferente.
Porque cada profissional que se sente visto, ouvido e respeitado é uma conquista. E cada conquista, por menor que pareça, é um passo rumo a um futuro mais justo. A cultura de uma empresa não se constrói em slides. Ela nasce nos encontros diários, nas conversas sinceras, nas decisões que tomamos. E é aí que a liderança faz toda a diferença.
Vamos continuar sendo essa força que insiste. Que resiste. Que acredita no poder transformador das pessoas, de todas elas.
Para você, o que é liderar com inclusão? Como você enxerga o papel da liderança em um mundo que muda o tempo todo? Compartilha aqui com a gente. Vamos juntas e juntos fortalecer essa rede.
Um abraço e até a próxima,
Ana Guimarães
Diretora de Operações do ManpowerGroup Brasil