Você está se preparando para trabalhar lado a lado com a inteligência artificial?
A forma como vivemos e trabalhamos está passando por uma transformação profunda, impulsionada por um cenário global instável e, principalmente, pela chegada da inteligência artificial (IA) generativa e autônoma.
Essas tecnologias estão mudando, em tempo real, a maneira como as tarefas são realizadas. Para quem deseja manter sua relevância profissional (e seu lugar no mercado), entender como tirar o melhor proveito dessas mudanças deixou de ser um diferencial — virou uma necessidade.
Mais do que nunca, construir uma carreira com propósito na era da IA exige ação conjunta: das empresas, que precisam oferecer capacitação contínua, e dos profissionais, que devem assumir a responsabilidade de aprender, adaptar e evoluir.
Não importa seu cargo ou área de atuação. Identificar como a inteligência artificial pode agregar valor, saber quando e como aplicá-la e desenvolver habilidades humanas únicas será essencial.
Neste material, reunimos dados das nossas mais recentes pesquisas globais para mostrar como os empregadores estão usando a IA e o que eles esperam dos talentos. Também trazemos dicas para que você prepare sua carreira para o futuro.
Boa leitura!
Independentemente da função, cargo ou nível, todos os profissionais devem conseguir avaliar como e onde a IA agrega mais valor ao seu trabalho; adotar medidas para integrar a tecnologia adequada a cada processo; e desenvolver habilidades humanas complementares. | |
A preocupação de que a IA e a automação resultarão em demissões em massa continua sendo amplamente infundada. | |
Os profissionais que conseguirem sugerir técnicas para levar o uso da IA para o próximo nível serão os mais valiosos para as organizações. | |
Cerca de um terço dos empregadores que participaram da Pesquisa de Expectativa de Emprego do ManpowerGroup afirma que a IA ainda não consegue substituir ou aprimorar habilidades tipicamente humanas, como o julgamento ético ou o atendimento personalizado ao cliente. Mesmo em áreas nas quais a IA já pode contribuir significativamente, existem lacunas importantes que só podem ser preenchidas por competências humanas. | |
Para que a adoção da IA de fato impulsione a produtividade, é fundamental que as empresas invistam em treinamentos específicos. Programas bem estruturados, que combinem teoria com aplicações práticas das ferramentas de IA no contexto real de trabalho, podem acelerar consideravelmente o desenvolvimento das habilidades necessárias. | |
Empregadores e profissionais precisam repensar, juntos, o desenho das funções. O ideal é que a IA assuma tarefas repetitivas e operacionais, liberando os profissionais para atividades mais estratégicas e criativas. Para funcionar bem, essa integração precisa contar com supervisão e interpretação humanas ao longo de todo o processo. |
Apesar de todo o entusiasmo em torno da aplicação da inteligência artificial no ambiente de trabalho, é importante que os profissionais tenham uma visão realista sobre o tema.
Os talentos mais valorizados hoje são aqueles que conseguem acompanhar o ritmo das empresas e, mais do que isso, propor formas de usar a IA de maneira ainda mais eficiente, elevando o nível de inovação e produtividade.
Um dos setores com aplicação mais avançada de tecnologias baseadas em IA é o de aquisição de talentos. Segundo nossa pesquisa, mais da metade dos empregadores (53%) já utiliza ferramentas de IA para recrutar e integrar novos colaboradores.
Nesse cenário, as empresas da América do Sul e América Central se destacam, liderando a adoção dessas soluções em processos de contratação, onboarding e treinamento.
A maioria dos empregadores (85%) considera aceitável que os candidatos usem IA durante o processo de contratação. Entre os usos mais citados estão: buscar informações gerais (62%), pesquisar sobre a empresa (33%) e se preparar para entrevistas (32%). Organizações dos setores de energia e tecnologia são as mais abertas a esse tipo de prática.
Mas vale a atenção: o nível de aceitação do uso da IA varia conforme a maturidade tecnológica da empresa. Nossa pesquisa mostra que empregadores que ainda não adotaram IA em seus próprios processos de recrutamento tendem a ser menos receptivos ao uso da tecnologia por parte das pessoas candidatas.
Globalmente, os desafios para adoção da IA nas empresas seguem os mesmos desde 2024. O alto custo continua sendo o principal obstáculo, apontado por 34% dos entrevistados. Mesmo entusiasmados com o potencial da inteligência artificial, os empregadores mantêm os pés no chão.
Segundo o estudo Experis CIO 2025 Outlook, 36% dos líderes de tecnologia veem a IA como uma inovação promissora, mas que ainda precisa ser aprimorada. Outros 33% afirmam que o impacto da tecnologia nos negócios ainda é incerto. A boa notícia? Só 10% dos CIOs dizem que a IA já está totalmente integrada nas suas organizações — ou seja, ainda há tempo para os profissionais se prepararem.
Além disso, cerca de um terço dos empregadores acredita que a IA não consegue substituir ou melhorar competências humanas essenciais, como julgamento ético e atendimento personalizado ao cliente.
Os profissionais estão relativamente confiantes em relação às suas habilidades atuais. Segundo a nossa pesquisa Barômetro Global de Talentos 2024, 87% afirmam ter de moderada a alta confiança na própria capacidade de realizar suas funções, e 78% acreditam contar com a tecnologia e as ferramentas certas para fazer isso com eficiência.
Ainda assim, cresce a preocupação em relação à falta de conhecimento sobre IA. Uma pesquisa recente da SAP SuccessFactors mostrou que profissionais com pouca familiaridade com inteligência artificial tendem a enxergar essa tecnologia negativamente.
Esses trabalhadores têm seis vezes mais probabilidade de se sentirem inseguros e até oito vezes mais chances de ficarem angustiados com o uso da IA no trabalho, em comparação com colegas mais familiarizados com a tecnologia.
Justamente por ainda ser uma habilidade pouco comum, o domínio da IA tem chamado a atenção dos gestores. A mesma pesquisa apontou que muitos líderes consideram que o uso da IA deve influenciar as avaliações de desempenho, favorecendo os talentos que sabem usar a tecnologia no dia a dia.
Enquanto isso, a ideia de que a IA e a automação levarão a demissões em massa continua sendo, na prática, um mito. As pesquisas globais mais recentes do ManpowerGroup mostram que as expectativas de contratação seguem positivas em todos os setores.
Isso representa uma ótima oportunidade para os profissionais redesenharem suas funções, aprenderem a trabalhar melhor com a IA e, assim, avançarem em suas carreiras.
Na próxima seção, falamos sobre como seguir nesse caminho: aprendendo, testando e se desenvolvendo com a IA.
Hoje, é essencial que todos os colaboradores estejam abertos a repensar o próprio papel.
Ou seja, identificar como as habilidades em IA podem ajudar a atender, e até superar, as expectativas do cargo, além de investir no desenvolvimento de competências humanas que continuam sendo difíceis de automatizar, pelo menos no curto prazo. A boa notícia é que há diversas maneiras de começar a incorporar o conhecimento em IA ao seu repertório profissional.
Segundo Alexandra Levit, futurista do ManpowerGroup, “durabilidade da carreira” é a capacidade de continuar empregado mesmo diante de mudanças externas, como os avanços tecnológicos.
Essa durabilidade se apoia em cinco pilares: habilidades técnicas, competências interpessoais, conhecimento do negócio, domínio de tecnologias aplicadas e mentalidade voltada para o crescimento.
Ter proficiência em inteligência artificial, por exemplo, é parte do pilar das habilidades tecnológicas aplicadas. Isso não significa entender a fundo como funcionam os algoritmos, mas sim saber usar as ferramentas de IA disponíveis para tornar seu trabalho mais eficiente.
Como o próprio nome indica, ferramentas de IA generativa, como o ChatGPT ou o Microsoft Copilot, são focadas na geração de novos conteúdos com base em materiais anteriores, seguindo padrões definidos por humanos.
Um avanço dessa tecnologia é a IA autônoma (ou agentic), que permite que sistemas de IA ajam de forma independente, tomem decisões e até colaborem com outros sistemas.
Quer entender melhor como sua empresa está usando essas tecnologias? Fale com o time de TI e proponha uma conversa ou um momento de brainstorming. Se a área de tecnologia ou inovação estiver desenvolvendo alguma solução interna, aproveite para perguntar se você pode participar dos testes. É uma ótima forma de aprender na prática.
É bem possível que outras empresas já estejam utilizando IA para melhorar resultados em funções semelhantes à sua. Na área de Recursos Humanos, por exemplo, soluções de “inteligência de talentos” usam deep learning e análises avançadas para mapear habilidades da equipe e identificar quais contratações ou treinamentos são necessários para acompanhar as mudanças do mercado.
Você consegue descobrir casos como esse participando de eventos e conferências, conversando com colegas da área ou até fazendo pesquisas online. Essas referências podem te ajudar a entender como aplicar a IA de forma prática no seu dia a dia.
Muitas empresas já estão oferecendo treinamentos, mesmo que informais, sobre inteligência artificial. Mas, ainda que sua organização não tenha esse tipo de iniciativa, você pode (e deve) buscar capacitação por conta própria.
Há diversos cursos gratuitos e online oferecidos por grandes players como Google, Microsoft, Amazon Web Services e DeepLearning.AI. Neles, é possível aprender desde o básico até temas mais avançados, como engenharia de prompts e uso de modelos de linguagem (LLMs).
A maioria dos cursos introdutórios é feita para quem não tem conhecimento técnico, com explicações claras e exemplos práticos. Ou seja: mesmo que você não tenha familiaridade com tecnologia, pode começar sem medo.
Após identificar como a IA pode ser aplicada na sua função ou área, e de rascunhar um plano de ação, é hora de levar a proposta ao seu gestor. Ao apresentar a ideia, deixe claro o objetivo, os recursos necessários e os benefícios esperados para o time ou para a empresa.
O ideal é propor um teste em pequena escala, algo que possa ser colocado em prática rapidamente e ajustado ao longo do caminho. Essa abordagem de “testar e aprender” ajuda a reduzir riscos e aumenta as chances de engajamento da liderança.
Antes mesmo de começar o teste com inteligência artificial, sua equipe precisa alinhar o que será considerado um “sucesso”. Se a intenção for expandir o uso da tecnologia depois, é fundamental saber desde o início como medir o retorno sobre o investimento (ROI) para a empresa.
Crescimento de receita, redução de custos e aumento na satisfação dos clientes são alguns exemplos de resultados que podem indicar uma implementação bem-sucedida. Por isso, acompanhe esses indicadores ao longo de todo o projeto, comparando-os com o cenário anterior à IA.
Se os resultados forem positivos, envolva o time de comunicação e compartilhe os aprendizados, tanto internamente quanto em canais externos. Divulgar os ganhos alcançados é uma forma de inspirar outras áreas a seguirem pelo mesmo caminho.
Como vimos, é essencial que cada profissional olhe com atenção para sua própria função: identifique quais tarefas podem ser assumidas pela IA e pense em como continuar gerando valor como ser humano.
Habilidades como criatividade, pensamento crítico e resolução de problemas dão aos profissionais uma vantagem que a IA ainda não consegue alcançar. Já competências como comunicação clara e senso ético fortalecem a parceria entre pessoas e tecnologia. Em resumo: desenvolver suas habilidades humanas é tão importante quanto aprender a usar a IA.
Se você é um empregador buscando formas de integrar a inteligência artificial ao seu negócio — e quer preparar sua equipe para acompanhar essa transformação — confira a seguir algumas diretrizes importantes para orientar esse processo.
A IA tem muito mais potencial para ampliar o trabalho das pessoas do que para substituí-lo por completo.
Um estudo recente da Anthropic mostrou que muitas tarefas que parecem simples, na verdade, envolvem uma complexidade cognitiva maior do que se imagina, exigindo contexto, interpretação e flexibilidade que a IA ainda não domina totalmente. Isso significa que grande parte dos empregos continua preservada.
Mesmo os sistemas mais avançados de IA ainda têm limitações, especialmente quando se trata de raciocínio comum, conhecimento específico de determinada área e tomada de decisão em cenários imprevisíveis. Essas limitações só reforçam a importância dos profissionais em atividades que exigem bom senso, sensibilidade e conexão humana.
Se sua empresa já utiliza sistemas de tecnologia para RH, há grandes chances de esses fornecedores estarem desenvolvendo, ou até oferecendo, recursos baseados em IA. Em vez de começar do zero, aproveite essas parcerias e converse com seus fornecedores sobre como a IA pode ajudar a melhorar a gestão da força de trabalho.
Comece testando soluções em uma área específica, de forma controlada. E prepare-se para ajustar e aprimorar o que for necessário ao longo do caminho. Afinal, a implementação de IA costuma ser um processo contínuo de aprendizado e adaptação.
Com o uso cada vez mais comum da IA no dia a dia, cresce também a demanda por profissionais que saibam trabalhar com essas tecnologias, seja para projetar, operar, ajustar ou até explicar como funcionam os sistemas de inteligência artificial.
O desafio é que a maioria dos colaboradores ainda não tem essas habilidades. Por isso, as empresas que querem aproveitar realmente o potencial da IA e aumentar a produtividade precisam assumir a responsabilidade de oferecer treinamentos adequados.
Programas bem planejados, que conectam teoria com prática e mostram como aplicar as ferramentas de IA no trabalho real, ajudam os profissionais a aprenderem mais rápido e com mais eficiência.
Mesmo quando a IA é usada para tarefas como análise de dados ou rascunhos de textos, a participação humana continua essencial. Como destacam algumas pesquisas, só os humanos podem oferecer o contexto necessário, tomar decisões éticas e aplicar inteligência emocional nos processos.
A maioria das empresas precisa de profissionais que atuem como “tradutores” entre a IA e os objetivos do negócio, conectando as capacidades da tecnologia com as necessidades reais da organização.
Para isso, muitas funções precisarão ser repensadas, favorecendo a parceria entre pessoas e máquinas: com a IA cuidando das tarefas mais repetitivas e os profissionais focados em atividades mais estratégicas e complexas, em que o fator humano faz toda a diferença.
É natural que líderes se empolguem com a ideia de aplicar IA em produtos e serviços. Mas, antes de dar esse passo, é importante garantir que a tecnologia esteja bem integrada internamente.
Ou seja, antes de “correr”, é preciso aprender a “andar”. Ao focar primeiro na adoção da IA na própria empresa, em áreas que melhorem a eficiência operacional, você constrói uma base sólida, ganha experiência prática e minimiza riscos.
Com resultados concretos e aprendizados na bagagem, será muito mais fácil conquistar a confiança de clientes, parceiros e demais públicos, além de evitar erros que possam prejudicar sua reputação.
Seja ao usar IA em tarefas do dia a dia ou em processos mais complexos, três atitudes farão toda a diferença: flexibilidade, curiosidade e disposição para aprender.
Enquanto mantivermos o domínio sobre o nosso conhecimento — e continuarmos atualizando nossas habilidades — a IA será uma aliada, não uma ameaça. Para quem está disposto a se preparar e se adaptar, construir uma carreira relevante nesse novo cenário não só é possível, como pode ser uma jornada empolgante e cheia de novas oportunidades.
Sophie AI é o ecossistema de inteligência artificial do ManpowerGroup: uma plataforma em constante evolução, projetada para transformar o modo como as organizações planejam e gerenciam sua força de trabalho. Integrada aos nossos produtos, serviços e soluções, a Sophie AI potencializa entregas mais rápidas, inteligentes e eficazes.
Essa tecnologia de ponta também está à disposição dos nossos clientes, oferecendo recursos avançados para todo o ciclo de vida dos talentos. Combinando dados proprietários de alta qualidade com a expertise global do ManpowerGroup, a Sophie AI fornece ferramentas e insights estratégicos que geram valor imediato e ajudam sua empresa a se manter à frente da concorrência.
A plataforma é alimentada por mais de 22 bilhões de pontos de dados e pelo conhecimento da nossa equipe global de especialistas em força de trabalho. Assim, a Sophie AI já vem ajudando organizações a aprimorar o planejamento estratégico de pessoal, com decisões mais embasadas e agilidade para acompanhar as mudanças do mercado.
“Para um número crescente de nossos clientes, o ecossistema Sophie representa uma verdadeira mudança de paradigma. A combinação dos pontos fortes de diferentes large language models com o poder dos nossos dados proprietários sobre talentos é essencial para ajudá-los a enfrentar esse momento de transformações tão rápidas.”
Max Leaming, Head de Data Science e Soluções de IA no ManpowerGroup
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