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Os últimos anos deixaram claro que as organizações capazes de fomentar continuamente a diversidade, a inclusão e a equidade só têm a ganhar. Não por acaso, o conceito de grupo de afinidade vem ganhando relevância no mundo corporativo.
Dados divulgados pela revista HSM Management revelaram que 70% das iniciativas nacionais de DEIP — sigla para Diversidade, Equidade, Inclusão e Pertencimento — já incorporam os grupos de afinidade como parte das ações mais frequentes.
Para reforçar os números, uma pesquisa da Associação Brasileira de Comunicação Empresarial, a Aberje, mostra que 46% das empresas brasileiras com programas de diversidade desenvolveram também grupos de afinidade com seus colaboradores.
Se você deseja compreender como essa estratégia pode auxiliar a sua organização a conectar pessoas, proporcionar um ambiente de troca e, principalmente, apoiar a construção de times mais plurais e inclusivos, te convidamos a continuar com a leitura!
Um grupo de afinidade, também conhecido pela sigla ERG (de Employee Resource Group), nada mais é do que uma comunidade formada por pessoas que compartilham experiências ou identidades específicas.
No contexto corporativo, eles reúnem colaboradores com interesses ou características em comum, como etnia, identidade de gênero, entre outros pontos.
Seu grande propósito é servir como uma plataforma para a troca de ideias, apoio mútuo, aprendizado e sensibilização, além de apoiar o desenvolvimento de ações capazes de promover uma cultura organizacional mais diversificada e inclusiva.
Antes de nos aprofundarmos na importância dos grupos de afinidade, vale esclarecer uma dúvida comum: eles não são o mesmo que comitês de diversidade. Cada uma dessas ações tem um objetivo específico nas estratégias de DEIP.
Conforme mencionamos acima, a principal função dos grupos de afinidade é criar um espaço seguro para as pessoas poderem se conectar, compartilhar experiências e discutir questões que afetam diretamente suas identidades.
Ou seja, ainda que eles tenham um papel relevante no fomento à diversidade, equidade e inclusão, as organizações não devem esperar que os integrantes desses grupos fiquem responsáveis por encabeçar ações nessa frente.
O comitê de diversidade, por outro lado, atua diretamente na coordenação e na implementação de estratégias, políticas e programas relacionados à agenda DEIP. Geralmente, é composto por colaboradores com características e experiências diversas, que trabalham juntos para desenvolver iniciativas que abrangem toda a organização.
Em resumo, ambas as estratégias desempenham papéis cruciais no esforço contínuo de construir ambientes de trabalho mais equitativos e representativos. Por isso, elas devem caminhar lado a lado.
Se você gostou do que leu até aqui, chegou a hora de se encantar ainda mais. Afinal, agora vamos te contar os benefícios que os grupos de afinidade podem proporcionar tanto para as organizações quanto para os colaboradores.
Ao permitir um espaço seguro e acolhedor para as pessoas compartilharem experiências, desafios e conquistas relacionadas às suas identidades, essa estratégia ajuda a:
É importante dizer que, ao permitir que colaboradores de diferentes áreas se conectem e compartilhem conhecimento, os grupos de afinidade também podem ajudar seus integrantes a explorarem oportunidades de desenvolvimento profissional.
Além disso, ainda que não seja o foco, os grupos de afinidade podem fornecer insights valiosos para as lideranças sobre questões específicas relacionadas à diversidade, permitindo que a organização tome decisões mais objetivas sobre políticas, programas e iniciativas que afetam os colaboradores.
Os grupos de afinidade, como compreendemos até aqui, têm muito a agregar para as organizações que se importam genuinamente em construir times cada vez mais diversos e inclusivos. Se esse é o caso da sua empresa, confira a seguir algumas sugestões para colocar essa estratégia em prática.
Comece estabelecendo objetivos e metas claras para os grupos de afinidade, como promover a conscientização sobre questões específicas, contribuir para a construção de uma cultura organizacional mais inclusiva ou aumentar o engajamento do time.
Também aproveite esse momento para entender quais grupos priorizar inicialmente, por exemplo, pessoas com deficiência, mulheres, a comunidade LGBTQIAP+, ou pessoas pretas.
O próximo passo é incentivar ativamente os colaboradores a ingressarem nos grupos de afinidade. Um bom caminho é divulgar informações por meio dos canais de comunicação internos, explicando os objetivos dos grupos e os benefícios de participar.
Mas a empresa também pode organizar sessões de sensibilização e recrutamento para informar e tirar dúvidas sobre os grupos disponíveis e como os colaboradores podem fazer parte.
Deixe os grupos de afinidade livres para determinarem suas próprias atividades, proporcionando-lhes autonomia para planejar eventos, discussões e iniciativas relevantes para suas pessoas.
Fornecer recursos e financiamento é um passo fundamental para apoiar as ações dos grupos de afinidade e fazer com que eles cheguem cada vez mais longe. Isso inclui disponibilizar espaço para as reuniões e verba para eventos e treinamentos.
Organize workshops e painéis de discussão nos quais os grupos de afinidade possam desempenhar um papel ativo. Ao convidá-los para serem protagonistas, eles têm a chance de contribuírem ainda mais para a conscientização e a construção de uma cultura inclusiva.
Na hora de colocar as dicas acima em prática, lembre-se de que promover grupos de afinidade é um esforço contínuo e que requer compromisso, planejamento e colaboração da organização. Mas os benefícios que podem ser conquistados a partir deles certamente fazem valer a pena!
Se você gostou desse conteúdo e quer continuar por dentro das melhores práticas quando se trata de promover DEIP, recomendamos a leitura do artigo: Como abraçar a diversidade durante todo o ano.