Quando pensamos em nossas carreiras, é comum falarmos do porquê resolvemos sair de um determinado emprego. Mas, esses dias, resolvi me perguntar: o que me faz ficar neste trabalho? Você já se perguntou isso também?
São 14 anos no ManpowerGroup Brasil. Uau! Ainda me surpreendo quando me dou conta! É tempo considerável para construir um bom histórico, não é mesmo? A partir dessa reflexão, encontrei alguns pontos ao longo da minha trajetória profissional para uma troca sobre como criar um ambiente favorável à retenção de talentos e proporcionar uma experiência mais significativa no trabalho.
Comecei como Key Account Manager, sendo a única mulher em um time de quatro pessoas. Já tinha experiência na função, mas era realmente um desafio “ajudar a empresa a crescer no Brasil”, como o CEO me disse na entrevista. Muitas coisas passavam pela minha cabeça! E então vieram as transições, as mudanças de cargo e de posição, até chegar à diretoria.
O trabalho tem um papel fundamental na minha vida, algo que aprendi em casa com meus pais, que sempre reforçaram o impacto positivo que ele pode ter. Estar em uma empresa com o propósito de conectar pessoas a oportunidades profissionais realmente “deu match” com algo que acredito.
É por isso que a primeira camada que destaco para engajar e reter pessoas é cuidar do alinhamento entre os valores e a cultura da empresa com as visões e os valores pessoais de cada indivíduo. Precisamos procurar por essa sinergia!
No entanto, sabemos que os desafios do dia a dia se impõem. Como, então, é possível sustentar esse alinhamento em nossas rotinas? É aí que entra outra camada fundamental para manter vivo o desejo de estar e contribuir com a empresa: pessoas!
Realmente valorizo muito as relações interpessoais e, em um mundo tão competitivo, acredito ser extremamente importante encontrar pessoas genuínas, que realmente te apoiam, incentivam e ajudam a desenvolver seu potencial.
Tive o privilégio de conviver com profissionais incríveis que me ajudaram a chegar até aqui e continuam a me encorajar até hoje. Esses momentos, sem dúvida, são os mais marcantes para mim. Por isso, reflita sobre as oportunidades de conexão entre as pessoas do seu time e compreenda como diferentes perfis interagem e podem se complementar — em resumo, estimule a cooperação.
Na verdade, toda essa reflexão surgiu ao conversar com colegas sobre os desafios que os líderes enfrentam em relação ao turnover, ainda mais considerando que 3 em cada 5 pessoas pretendem mudar de emprego este ano, segundo dados do LinkedIn. A retenção de talentos segue sendo um “calcanhar de Aquiles” nas companhias, gerando custos visíveis, com o desligamento e os novos investimentos em processos de recrutamento e seleção; além dos custos invisíveis, como a perda de produtividade da equipe, o impacto moral e os retrabalhos.
Por isso, refletir sobre o que nos motiva e nos faz continuar no trabalho pode ser um bom começo para entender como um ambiente que valoriza cada pessoa faz toda a diferença.
Para quem está na liderança e age deste lugar, digo sem receio: conheçam sua equipe, demonstrem interesse. O trabalho é como uma cebola, cheio de camadas e dimensões — algumas mais relevantes para cada pessoa, dependendo do seu momento de vida. Entender o que realmente importa faz toda a diferença.
E não se esqueçam: deixem transparecer sua paixão pelo que fazem! Esse entusiasmo, somado aos pilares construídos por áreas como o RH, será o combustível que, mesmo nos dias difíceis, manterá a vontade de seguir em frente.
Para você, o que faz com que valha a pena continuar no seu trabalho? O que considera importante para a liderança criar um time verdadeiramente engajado? Vamos trocar ideias nos comentários!
Abraços,
Ana Guimarães
Diretora de Operações no ManpowerGroup Brasil