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Remake e Redeployment: o que a refilmagem de clássicos ensina às empresas

Escrito por ManpowerGroup Brasil | 21/06/23

De uns anos para cá, a indústria cinematográfica percebeu que investir no remake de histórias conhecidas — e aclamadas — pelo público pode ser uma estratégia eficaz para se conectar com uma nova geração de espectadores.   

Tanto que as versões mais recentes de filmes como Cinderela (2015), O Rei Leão (2019), Batman (2022), A Pequena Sereia (2023), entre outros, levaram multidões às salas de cinemas e renderam bilhões em faturamento. 

Embora o conceito de remake possa parecer distante do mundo corporativo, a verdade é que há uma surpreendente semelhança entre a refilmagem de clássicos e uma prática que vem chamando cada vez mais atenção das empresas: o redeployment. 

Se você trabalha na área de RH e quer saber mais sobre essa relação, siga com a leitura e veja o que Hollywood pode ensinar para os negócios sobre a importância da atualização e da adaptação! 

Antes de tudo: o que é remake? 

Para que você possa entender como os remakes conversam com a gestão de pessoas, é preciso, antes de tudo, saber o que está por trás deste conceito: considerado uma prática comum no cinema, um remake nada mais é do que uma nova versão ou adaptação de um filme já conhecido. 

Nestes casos, aproveita-se o mesmo roteiro, os cenários e os personagens de uma obra cinematográfica anterior, porém trazendo novas abordagens, perspectivas, atualizações técnicas e experiências para o público. 

Aqui vale pontuar que a prática de fazer remakes não se limita apenas ao cinema: também é comum vermos novas versões de músicas, programas de TV, séries e animações que se baseiam em obras anteriores. 

Por que os remakes estão dominando o cinema? 

Os remakes têm se tornado cada vez mais comuns no cinema por inúmeras razões. Para começar, são geralmente baseados em filmes ou histórias já conhecidas e bem-sucedidas, ajudando a atrair o público pela familiaridade e nostalgia, como vem acontecendo com o lançamento do live-action de Barbie (2023).

Mas aproveitar essa base de fãs existente, dando aos estúdios mais confiança na viabilidade comercial do projeto, não é o único motivo para isso: muitas vezes, os filmes mais antigos podem parecer desatualizados em termos de efeitos especiais, narrativa ou contexto cultural. 

Sendo assim, os remakes também surgem como uma oportunidade de atualizar esses elementos, tornando a história mais relevante para o público atual. É justamente neste ponto que essa estratégia se conecta com o redeployment, tendência sobre a qual falamos a seguir. 

O que é redeployment? 

Redeployment — que, em português, significa redistribuição — é uma expressão que começou a fazer parte do vocabulário dos profissionais de RH muito recentemente, como uma resposta às profundas transformações que o mercado de trabalho vem enfrentando nos últimos anos. 

Em linhas gerais, o termo envolve todo o trabalho feito para auxiliar os colaboradores a se apropriarem das suas habilidades e utilizá-las em outras áreas e funções da empresa, oferecendo, portanto, a oportunidade de buscarem uma mudança de carreira de forma planejada. 

Ao maximizar o potencial e a adaptabilidade dos talentos, o redeployment valoriza o investimento nas pessoas já familiarizadas com a cultura organizacional e com conhecimentos prévios sobre o segmento do negócio. 

Isso significa, também, a oportunidade de aproveitar os profissionais existentes na organização e adaptá-los às demandas em constante evolução do mercado e às necessidades internas do negócio. 

O que essa estratégia tem a ver com os remakes? 

A relação entre o redeployment e os remakes está, principalmente, nos conceitos de atualização e adaptação.  

Assim como um remake atualiza uma história ou filme para que ele se conecte com o público atual, o redeployment visa atualizar e adaptar as habilidades e competências dos colaboradores para que eles possam atender às demandas do mercado e da empresa. 

Ou seja: enquanto os remakes oferecem novas oportunidades, desafios e competitividade para a indústria cinematográfica, o redeployment traz novas oportunidades e desafios tanto para os colaboradores como para a organização.  

Afinal, ao incentivar que os profissionais atualizem e adaptem suas habilidades às necessidades atuais do negócio, essa abordagem tende a impulsionar a produtividade, a eficiência e a inovação no ambiente de trabalho. 

Por outro lado, o redeployment também envolve identificar as habilidades, experiências e interesses dos colaboradores e alinhar esses recursos com as oportunidades internas disponíveis. 

Dessa forma, essa estratégia oferece novas perspectivas de crescimento e desenvolvimento profissional para os talentos, permitindo que eles explorem novos projetos, áreas ou funções que podem trazer renovação e um senso maior de propósito. 

Vale dizer que o redeployment anda de mãos dadas com outro conceito importante para o RH: o reskilling, termo que se refere ao processo de adquirir novas habilidades e competências para exercer uma função ou ocupação completamente diferente daquela que se tinha anteriormente.   

Como o RH pode apoiar a busca por atualização e adaptação? 

Como você leu até aqui, o redeployment proporciona uma oportunidade valiosa para as empresas aproveitarem o potencial dos funcionários atuais ao máximo, conforme a dinâmica do mercado de trabalho vai se transformando.  

Mas, para a estratégia trazer resultados positivos, é importante que o RH saiba como apoiar seus talentos, considerando tanto os objetivos da organização quanto os dos colaboradores. 

Entre as ações que podem ser dirigidas pelo setor, a fim de atender a este propósito, estão:  

  • mapeamento das necessidades de atualização e adaptação das habilidades dos colaboradores; 
  • estruturação de bons planos de desenvolvimento e treinamento; 
  • promoção de uma cultura de aprendizado contínuo, onde os profissionais se sintam encorajados a buscar oportunidades de desenvolvimento e atualização; 
  • fornecimento de suporte emocional, comunicação clara e eficaz, e orientação durante o processo de mudança. 

Ao adotar essas estratégias, o RH pode desempenhar um papel fundamental na busca por atualização e adaptação dos colaboradores, permitindo que eles se tornem mais resilientes, competentes e preparados para enfrentar os desafios atuais e futuros do trabalho.  

Se você quer se aprofundar ainda mais neste assunto e entender todos os benefícios que a redistribuição de talentos traz, não deixe de conferir nosso artigo completo sobre redeployment.