Estamos embarcando em uma Nova Era Humana: uma época em que as pessoas vão utilizar a tecnologia e as ferramentas digitais para aprimorar as conexões humanas, aumentar a produtividade e levar vidas mais significativas.
As empresas que investirem na humanização de seus ambientes de trabalho vão conquistar a aprovação e a fidelidade dos colaboradores.
E, diante de um cenário econômico global incerto em 2023, o engajamento das equipes é o que vai alimentar o desempenho e os resultados das organizações.
No Relatório de Tendências 2023: A Nova Era do Potencial Humano você confere:
Boa leitura!
A tecnologia pode ser um grande facilitador, mas as pessoas ainda são o futuro.
Faz parte do ser humano promover e adaptar-se aos avanços tecnológicos, e encontrar melhores maneiras de realizar diversas ações e atividades. Como diz o ditado: a história se repete.
A pandemia nos ensinou novamente que podemos fazer progressos extraordinários se nos unirmos – é a combinação de inovação, tecnologia e engenhosidade humana que vai nos ajudar a superar os maiores desafios.
O ManpowerGroup previu a Era Do Potencial Humano há mais de uma década, quando identificamos que o capital humano se tornaria um grande diferenciador e impulsionador do crescimento econômico. Nos últimos anos, escutamos diferentes narrativas sobre como os robôs tomarão nossos empregos. O que acreditávamos então, e que vem de fato acontecendo, é que a tecnologia pode aumentar as competências humanas no lugar de substituí-las. Estamos agora embarcando em uma Nova Era Do Potencial Humano – uma época em que as pessoas estão utilizando tecnologia e ferramentas digitais para melhorar as conexões humanas, aumentar a produtividade e viver vidas mais significativas.
Isso nunca pareceu tão oportuno. Como uma comunidade global, estamos enfrentando muitos desafios: mudanças climáticas, escassez de talentos com um grande gap de competências e a urgência em liberar o potencial latente. Sim, os trabalhadores estão focados no sucesso e no avanço da carreira, mas também se preocupam profundamente com a ação climática, a equidade, a diversidade e o crescimento das oportunidades para todos.
Sou otimista e realista. Nosso mundo está melhorando, mas, para continuar a progredir, precisamos de colaboração global, precisamos ser intencionais e trabalhar juntos para potencializar o progresso humano de forma mais ampla e acelerada. A pandemia nos mostrou o quão rapidamente conseguimos nos adaptar e enfrentar desafios quando necessário. Acreditamos que desenvolver habilidades humanas e impulsionar a tecnologia é criar um futuro do trabalho mais próximo do que as pessoas querem e é a maneira de construir um caminho mais igualitário e justo, tornando a prosperidade possível para muitos, e não para poucos.
Neste relatório, vamos explorar as tendências que estão acelerando a Nova Era do Potencial Humano.
Jonas Prising
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As taxas de natalidade continuam caindo enquanto as populações envelhecem. O resultado é uma escassez aguda de talentos e a redução da força de trabalho em muitos países.
A escassez de talentos está se concentrando nos setores que mais crescem, e trabalhadores da Geração Z estão trazendo consigo demandas específicas, desde o DEIP (Diversidade, Equidade, Inclusão e Pertencimento) até as ações climáticas.
Em todas as questões globais, do DEIP às mudanças climáticas e ao movimento LGBTQ+, a Geração Z exige mais de seus empregadores. Sobre o meio ambiente, 52% dizem que as empresas não estão fazendo o suficiente.
O papel e a expectativa para os negócios nunca foram tão grandes, e as organizações precisam ter um propósito claro e genuíno se quiserem atrair, desenvolver e reter talentos da Geração Z.
Mais do que nunca, os trabalhadores querem saber o posicionamento das empresas a respeito de questões que motivam as suas vidas pessoais. Os empregadores precisam demonstrar o impacto social e ambiental com uma abordagem baseada na ciência.
Precisam se concentrar na criação de empregos "Net Positive" – ampliando a diversidade, a equidade, a inclusão e o pertencimento, aumentando a empregabilidade individual e dando aos trabalhadores maior controle de sua prosperidade para poderem se sentir confiantes de que têm as habilidades para hoje e amanhã.
Pessoas são a prioridade, e as organizações vão precisar construir capacidades multidisciplinares para abordar o S do ESG. No meio ambiente, os trabalhadores buscarão novas oportunidades e habilidades em indústrias de crescimento verde.
Os requisitos de graduação têm sido usados há muito tempo para filtrar candidatos, e o aumento da tecnologia de análise de currículos apenas acelerou essa tendência.
Mas há uma desvantagem: muitos candidatos sem diploma universitário são impedidos de acessar empregos melhores, apesar de terem habilidades e experiências que os tornam eminentemente qualificados.
Agora, o mercado de trabalho competitivo está levando os empregadores a reduzir ou eliminar os requisitos de graduação. Google, Delta Air Lines e IBM são apenas algumas das empresas que mudaram para dados e insights – não apenas desempenho acadêmico – para avaliar melhor o potencial de emprego de um candidato.
Com a escassez de mão de obra crescendo, os empregadores precisam encontrar talentos onde for possível. E qual o melhor lugar para olhar do que entre os milhões de aposentados altamente capazes e motivados? Pessoas com uma vida inteira de experiência de trabalho que estão dispostas a contribuir – e fazer a diferença.
Os empregadores precisam se reeducar para identificar a melhor forma de usar os profissionais mais velhos. As pessoas que trabalham mais tempo vivem mais. Estar socialmente integrado contribui para a sua longevidade. Joseph Chamie, demógrafo e ex-diretor da Divisão de População das Nações Unidas. |
A pandemia tornou o trabalho flexível uma realidade para muitos, causando uma mudança de paradigma na forma como as pessoas equilibram as tarefas profissionais e a vida pessoal.
Os colaboradores querem ter mais escolhas sobre quando, onde e como eles fazem suas atividades, sem que “trabalhar em casa” se torne “trabalhar sem parar”, valorizando oportunidades de realização pessoal, aprendizados e avanços na carreira.
Os acontecimentos dos últimos anos mostraram que a carreira é apenas uma das várias dimensões de uma vida plena e realizada. Agora, pessoas de todas as idades e gêneros estão procurando empregadores que reconheçam e apoiem ativamente um equilíbrio mais saudável entre trabalho e vida pessoal.
Milhões de mulheres deixaram a força de trabalho durante a pandemia, e muitas ainda não retornaram, pois antigos formatos de trabalho parecem menos compatíveis com suas novas prioridades de vida.
As organizações precisam reimaginar quando, onde e como as tarefas podem ser feitas, além de oferecer igualdade salarial e promover a requalificação. Isso não apenas trará as mulheres de volta, mas ajudará a aliviar a crise global de talentos.
Fica claro que alinhar as práticas de negócios às necessidades das mulheres deve ser uma prioridade para os empregadores em todo o mundo.
Para compreender melhor este cenário, confira o painel de discussão sobre Mulheres no Mundo do Trabalho Pós-Pandêmico que aconteceu em Davos, na Suíça, durante o Fórum Econômico Mundial, em janeiro de 2023.
Pesquisas indicam que a mudança para uma semana de trabalho com quatro dias pode impulsionar a produtividade, reduzir as despesas gerais, aumentar o bem-estar, atrair e reter talentos e estimular a criação de empregos.
A flexibilidade é claramente importante, mas precisa ser distribuída equitativamente em todas as categorias, não apenas para os trabalhadores estratégicos. De profissionais operacionais a motoristas de entrega e colaboradores de depósitos, todos precisam e merecem alternativas, e eles querem empregadores que apoiem suas necessidades.
Estamos trabalhando cada vez mais com modelos híbridos de trabalho, por isso, empresas e RHs precisam encontrar o modelo que faça mais sentido para o seu negócio e para os profissionais que, de fato, são os geradores de resultados. Wilma Dal Col, Diretora de Gestão Estratégica de Pessoas do ManpowerGroup Brasil |
As organizações que baseiam seus modelos de negócios na expectativa de que os funcionários devem trabalhar até mais tarde, aos fins de semana e até nos feriados para cumprir prazos e metas podem precisar repensar essa estratégia, visto o crescente poder de escolha dos colaboradores e um estilo de vida mais equilibrado que vem ganhando força.
A pandemia tornou impossível ignorar o que já era uma crescente crise de saúde mental. A tarefa agora é passar da conscientização para a ação. Trata-se de ajudar as pessoas a identificar os sinais de alerta dos desafios de saúde mental para poderem procurar a ajuda de que precisam, fazer as mudanças que devem fazer e viver as vidas que querem, não as vidas com as quais se contentam. Ariana Huffington, fundadora e CEO da Thrive Global |
Os trabalhadores estão cada vez mais motivados pelo desenvolvimento pessoal (conhecimentos, habilidades e experiências), em vez de buscar hierarquias e cargos. Isso geralmente envolve fazer movimentos laterais para encontrar satisfação e se tornar um funcionário mais ágil e inovador.
O casamento da inovação tecnológica com a engenhosidade humana criará um amplo crescimento econômico e ajudará a sociedade a superar diversos desafios.
À medida que as organizações continuarem investindo em tecnologia, elas vão precisar promover habilidades digitais internamente, enquanto buscam talentos externos para maximizar o retorno sobre o investimento.
Com 1 bilhão de empregos passíveis de serem radicalmente transformados pela tecnologia na próxima década, quais intervenções são necessárias para fornecer melhores habilidades, empregos e educação para tantas pessoas até 2030?
Confira o painel de discussão, que aconteceu no Fórum Econômico Mundial 2023, com a participação de Jonas Prising, presidente e CEO do ManpowerGroup.
Embora muitos prevejam uma desaceleração econômica em 2023, a demanda por mão de obra deve permanecer forte nos setores em crescimento.
A transformação digital em curso levará os empregadores desses setores a encontrar maneiras criativas de preencher posições de habilidades médias e altas. As empresas que se concentrarem em apoiar seus funcionários no avanço da carreira vão atrair, reter, criar e definir a próxima geração de talentos em escala.
Hoje, o forte crescimento de empregos não pode ser atendido devido a uma lacuna crescente entre as habilidades que as pessoas têm e as habilidades especializadas que as empresas precisam. Dr. Tomas Chamorro-Premuzic, Diretor de Inovação do ManpowerGroup |
As pessoas estão começando a reconhecer o quanto a tecnologia e a inovação melhoraram o mundo do trabalho – não é mais preciso pensar em "humano contra automação".
Agora, as organizações precisam usar o poder da tecnologia para reumanizar – e não desumanizar – o ambiente de trabalho.
A última coisa que as máquinas conseguirão fazer é mostrar respeito, apreço ou cuidado com os outros. Então, mesmo que alguns possam pensar que, à medida que a tecnologia se torna mais proeminente, todos devemos nos tornar cientistas de dados e aprender codificação, na verdade, a necessidade real é que as pessoas aumentem suas habilidades humanas, sendo realmente as mais difíceis de encontrar. Dr. Tomas Chamorro-Premuzic, Diretor de Inovação do ManpowerGroup |
Todos concordam que o trabalho híbrido é sobre flexibilidade e poder de escolha, é proporcionar aos funcionários mais controle sobre quando, onde e como trabalhar. Precisa dar certo para o colaborador e para os empregadores.
Além disso, é um misto de modelos e abordagens, muitas vezes voltados exclusivamente para certas indústrias ou profissões.
Uma prioridade máxima para os trabalhadores estratégicos, por exemplo, é o trabalho assíncrono, que oferece suporte à colaboração presencial e remota, em um horário e local a escolha de cada membro da equipe.
O híbrido pode envolver o trabalho em casa – ou não. A vantagem mais valorizada para 66% dos trabalhadores por turnos é a flexibilidade.
À medida que um número recorde de trabalhadores assume um segundo emprego de turno integral para complementar os seus rendimentos, a oferta de maior flexibilidade e de turnos mais curtos dará aos empregadores uma vantagem num mercado de trabalho aquecido.
Estar em uma empresa é um esporte de equipe, então as equipes terão que decidir a melhor forma de se envolver, quando estar juntas, quando não e com que finalidade. Jonas Prising, presidente e CEO do ManpowerGroup |
Em uma economia global e digitalizada, o acesso a talentos altamente qualificados é uma vantagem competitiva distinta. As empresas precisam encontrar esses profissionais onde quer que eles estejam – por isso, o mercado para os melhores e mais brilhantes é verdadeiramente sem fronteiras.
Competir, e vencer, também é gerenciar riscos e construir resiliência em face da incerteza econômica e geopolítica em curso.
Trabalhadores qualificados sempre foram muito procurados, mas hoje a demanda é mais acentuada do que nunca, com 75% das empresas em todo o mundo relatando dificuldade em recrutar – o nível mais alto em 16 anos, conforme a Pesquisa de Escassez de Talentos de 2022.
Muitas empresas querem contratar localmente, mas a realidade é global. Das Américas à Ásia, da África à Europa, o talento qualificado está amplamente disperso.
E, em muitos países, o ambiente regulatório é favorável ao emprego, a infraestrutura é voltada para o trabalho remoto, os custos da mão de obra são baixos e a produtividade é alta.
Estratégia aliada ao impacto social: atualmente, o Brasil abriga cerca de 9.600 pessoas refugiadas reconhecidas pelo Governo Federal. Apesar de muitas delas terem excelentes qualificações profissionais e dominarem diferentes idiomas, a jornada rumo ao emprego formal ainda é marcada por dificuldades e preconceitos.
Riscos e incertezas continuarão a impactar os negócios ao longo do ano, impulsionados pelo conflito na Ucrânia, preocupações com a recessão, inflação persistente e interrupções na cadeia de suprimentos.
Estes últimos estão gradualmente diminuindo, mas daqui para frente podemos esperar mais reposicionamentos em direção a sistemas regionais versus globais.
Fornecedores únicos e cadeias de suprimentos verticais estão fora; circulares, em rede, regionais, resistentes e sustentáveis estão dentro.
Aqueles que são proativos e resilientes na cadeia de suprimentos e na consolidação de fornecedores vão mitigar a incerteza, gerenciar os riscos e se posicionar melhor para o sucesso futuro.
Os acontecimentos dos últimos anos tornaram o trabalho remoto uma realidade, causando mudanças de paradigma na forma como as pessoas equilibram a vida profissional e a pessoal.
Enquanto isso, as taxas de natalidade diminuem e as populações envelhecem em diversos países, tornando a escassez global de talentos ainda mais desafiadora.
Da mesma forma, os investimentos em tecnologia e o acesso a talentos altamente qualificados se tornam vantagens competitivas. E a organização que souber lidar com todas essas transformações, de forma humanizada, sai na frente.
O Relatório de Tendências 2023: A Nova Era do Potencial Humano foi desenvolvido a partir de perguntas realizadas para mais de 8 mil profissionais e 13 mil empregadores de diferentes nações: Estados Unidos, Reino Unido, França, Alemanha, Itália, Espanha, Suécia e Noruega.
O ManpowerGroup é referência mundial em soluções inovadoras e sustentáveis para a força de trabalho, conectando o potencial humano ao poder dos negócios. Atendemos organizações de todos os portes e segmentos por meio de nossas marcas e serviços: Manpower, Experis e Talent Solutions.