Não são raros os casos de pessoas que conquistam empregos com bons salários, mas que, algum tempo depois, decidem largar a profissão por não se identificarem com o que fazem ou por não terem prazer no trabalho. Definir e entender seu perfil profissional pode te livrar dessas voltas que a vida profissional dá, fazendo de você alguém mais realizado.
Isso começa antes mesmo do momento de você redigir o seu currículo e deve passar, primeiramente, por uma avaliação do que realmente quer. Também é muito importante rever quais são as suas principais habilidades e quais aquelas que ainda precisam ser aprimoradas.
Se quer entender melhor a importância disso, continue a leitura e aprenda com as informações que separamos neste post.
Perfil profissional é o que você realmente é quando está trabalhando, ou seja, vai além das habilidades técnicas ou conhecimento acadêmico que possui. Isso significa que não basta ter um currículo maravilhoso o qual aparentemente preenche todos os requisitos da vaga, se sua forma de desempenhar sua atividade não vai ao encontro do que o cargo exige.
Vamos imaginar, por exemplo, um posto de trabalho para a gerência do departamento de marketing de uma grande empresa. Certamente, boa parte dos profissionais preparados para atuarem na área terão interesse em preencher o cargo, porém, nem todos terão o perfil que a empresa busca.
Pense que essa empresa pode ser uma startup com uma forma de trabalho mais aberta e horizontal, sem tantos formalismos e estruturas rígidas entre os diferentes cargos e áreas da organização.
É certo que alguns profissionais se dão muito bem com esse tipo de empresa por possuírem as características necessárias para um ambiente assim, enquanto outros poderão se sentir sem direcionamento e render abaixo do esperado — mesmo que sejam tão competentes quanto os demais.
E é por tudo isso que definir e entender seu perfil profissional se torna tão importante no seu trabalho.
Existem várias maneiras de você fazer isso, que vão de formas mais simples, como se perguntar o que realmente quer e aonde desejar chegar, até formas mais elaboradas como o coach profissional e testes vocacionais.
A forma mais básica é o autoconhecimento, pelo qual você mesmo pode se avaliar e procurar se entender. Alguns questionamentos que você pode fazer para obter essa resposta são:
de todos os trabalhos que desempenhei, em qual deles mais obtive prazer?
qual foi a minha remuneração mais alta e por que não continuei naquele emprego ou área de atuação?
por que decidi trabalhar na minha profissão?
o que mais me motiva e o que mais me desmotiva no trabalho?
de que forma eu poderia melhorar o que está ruim ou potencializar o que já está bom?
o que me faz levantar da cama todos os dias?
Você pode perceber que algumas dessas perguntas são mais específicas e objetivas, enquanto outras têm um caráter mais reflexivo. A intenção é justamente essa: fazer você avaliar a sua situação profissional com profundidade e por diferentes prismas. Mas, se ainda assim você achar que está perdido, considere contar com um coach.
O trabalho do coach é identificar suas potencialidades e pontos a serem aprimorados e apontar para você as melhores maneiras de desenvolvê-los. Os benefícios trazidos costumam ir além da vida profissional, já que, a partir do momento que você passa a ter mais sucesso e prazer no trabalho, outras áreas do seu bem-estar também são privilegiadas.
Por fim, temos os testes vocacionais reconhecidos e legitimados pela ciência e amplamente utilizados pelo mercado de trabalho. Certamente, um dos mais conhecidos e mais fáceis de compreender em seu funcionamento é o DISC — sigla que, traduzida para o português, abrevia as palavras dominância, influência, estabilidade e complacência.
Sua função é revelar qual dessas quatro áreas é mais proeminente em seu perfil profissional e identificar quais são os pontos fortes e fracos a serem trabalhados. Todavia, sabe-se que as pessoas têm ao menos duas áreas predominantes em seu perfil, e que nenhuma das quatro definições é, necessariamente, melhor ou pior do que as outras. Abaixo damos a definição de cada uma delas. Confira!
Dominância: indica a maneira como você lida com problemas e encara os desafios, pode revelar um perfil mais enérgico, por exemplo;
Influência: define a maneira como você interage com os demais e é capaz de influenciá-los;
Estabilidade: demonstra a forma como age diante das mudanças, pode denotar perfis mais conservadores;
Complacência: indica a maneira como você lida com regras e parâmetros estabelecidos por outras pessoas, pode ressaltar perfis mais reservados.
Cada vez mais os recrutadores e empresas têm questionado até que ponto um bom currículo é garantia de um desempenho profissional de excelência.
O jeito de ser de cada um e a forma de lidar com as tarefas diárias também determinam bastante se aquele profissional será capaz de desenvolver o seu trabalho à altura daquilo que a empresa espera e busca alcançar.
Se conhecer para descobrir os pontos fortes e potencializá-los, bem como aprimorar os fracos, é uma excelente estratégia nesse novo panorama organizacional — então, considere isso.
Um bom currículo deve sempre conter informações objetivas e que, ao mesmo tempo, sejam capazes de “vender o peixe”. Por isso, existem algumas coisas que você deve ou não fazer. Acompanhe nosso raciocínio.
Evite definições generalistas sobre seu perfil como “profissional proativo e comunicativo” ou mesmo “desejo crescer profissionalmente contribuindo para a empresa”. Nada disso deixa realmente claro ao que você veio e é melhor que construa um currículo seguindo alguns passos básicos. Veja:
defina qual a sua área e o que você faz de importante nela, como “gerente de marketing com ampla experiência na gestão de campanhas e equipes”;
destaque seus principais feitos na carreira, como “gestão de seis grandes marcas que tiveram seus lucros dobrados durante o período”;
comece a falar das suas competências e habilidades desenvolvidas ao longo da carreira, “aplicação de método inovador na startup x”;
você pode falar de premiações, palestras, eventos importantes que participou;
defina o seu perfil fechando com chave de ouro, deixando claro como a empresa poderia se beneficiar do seu trabalho.
Vale esclarecer que esses cinco pontos que elencamos aqui são para aquelas partes do currículo nas quais você pode falar mais abertamente do seu perfil profissional. Isso geralmente acontece no início do documento e entre as descrições que você fará da sua trajetória.
Se você entendeu a importância de definir e compreender seu perfil profissional, assine nossa newsletter agora mesmo. Temos diversos conteúdos que lhe ajudarão a chegar ainda mais longe profissionalmente.