Ao abordarmos o conceito de RH 3.0, estamos falando de evolução. Afinal, esse termo remete a um progresso na área que é responsável pelas pessoas dentro das organizações — e, como a sociedade está em constante mudança, esse setor também precisou se transformar.
Quando analisamos o caminho percorrido, percebemos uma nítida saída de um campo fundamentalmente burocrático para uma gestão que busca enxergar o ser humano em toda a sua essência e complexidade para melhor desenvolver as suas habilidades e capacidades.
Se você deseja entender mais sobre o RH 3.0 e quer conhecer os seus princípios para, assim, implantá-lo em sua empresa, acompanhe o post!
Há algum tempo o único objetivo das empresas era o lucro, não importava muito o modo como ele seria alcançado. Por isso, os funcionários tinham jornadas de trabalho extremamente longas e maçantes — e, para eles, o mais importante era poder contar com o salário no fim do mês.
Com a expansão do mercado, percebeu-se a necessidade de se ter um olhar mais atento aos processos que envolviam os indivíduos dentro das organizações. Assim, nasceu o setor de recursos humanos ou, como era chamado, departamento pessoal.
Contudo, os profissionais incumbidos de administrar essa área se preocupavam apenas com papéis e leis trabalhistas. À medida que a sociedade foi se desenvolvendo, a questão que se coloca para as corporações é a do lado comportamental das pessoas.
Desse modo, a preocupação se volta para demandas como doenças emocionais, baixa produtividade, falta de motivação e necessidade de treinamentos e de liderança. Usa-se a palavra “talentos” para designar aqueles profissionais com fortes potencialidades e há a troca do vocábulo “funcionário” por “colaborador”.
O RH passa a ser chamado de Gestão de Pessoas e reconhecido como um parceiro da organização no desenvolvimento dos indivíduos. Posteriormente, entra em cena o RH 3.0, que também é denominado de Liderança de Pessoas — uma expressão mais abrangente, que busca tocar nas reais necessidades do colaborador e o considera de forma mais holística.
Não é possível falar dessa nova versão do RH sem relacioná-la com a tecnologia, pois o termo se liga intimamente à utilização de dados e recursos digitais. A inteligência artificial se une à humana para auxiliar os mais variados processos do setor.
Por meio do uso de diversas ferramentas tecnológicas, busca-se colocar as pessoas em cargos nos quais possam desempenhar suas funções com excelência, de acordo com as suas potencialidades.
Nesse novo setor, a inovação está presente desde o recrutamento de novos colaboradores a treinamentos, capacitações, reciclagens etc. Tudo é pensado e realizado de forma a garantir a sustentabilidade das organizações, bem como o sucesso, a satisfação e a qualidade de vida dos profissionais envolvidos.
Uma das principais marcas do novo RH é a “queda” da hierarquia, ou melhor, a descentralização do poder. Como a intenção é deixar o setor cada vez mais ágil, existe uma preparação dos profissionais não apenas para o hoje, mas também para o futuro. Veja, abaixo, alguns princípios que norteiam este novo modelo.
É preciso manter as pessoas ativas e motivá-las. Elas devem se sentir como parte de um todo, pois a sensação de pertencimento gera compromisso e desejo de alcançar metas e objetivos em favor de si mesmo e de toda a equipe.
A empresa que contrata um talento e cria um time é a mesma que deve confiar no trabalho que este é capaz de desenvolver. Uma equipe que recebe responsabilidades se organiza e trabalha para que a engrenagem funcione da forma mais eficaz possível. Para tanto, os líderes devem lhes dar espaço e oportunidades.
Cada pessoa é dotada de uma ou mais habilidades. Por isso, formar um time é fazer com que seus membros possam utilizar as suas capacidades em prol do bem coletivo. O RH 3.0 incentiva o desenvolvimento das competências, treinando e aprimorando os profissionais tanto em suas qualidades quanto no que precisam melhorar.
Cuidar da infraestrutura é parte fundamental no processo de implantação desse novo modelo de gestão. Afinal, quem trabalha bem em um ambiente que não fornece as condições físicas básicas para um bom desenvolvimento das suas funções?
Não basta apenas olhar para ergonomia e aparelhagens, também é preciso voltar a atenção para o clima organizacional e para a cultura que está sendo vivida nos setores e corredores da empresa. Além disso, a comunicação interna deve estar alinhada, presente no dia a dia dos colaboradores e promovendo ações que fomentem a mudança.
Para implantar o RH 3.0 se faz necessário o envolvimento de toda a empresa. É como em uma orquestra, na qual a sintonia e harmonização dos instrumentos fazem o concerto acontecer. Porém, na empresa, são os colaboradores e as tecnologias que lhes são disponibilizadas. Observe, a seguir, o que pode ser realizado.
Na era do computador, do smartphone, do tablet etc., não faz sentido dar continuidade ao uso de relatórios, fichas e outros documentos em papel. Por meio dos aparatos tecnológicos é possível otimizar muitos processos organizacionais, desde o arquivamento em nuvens a pesquisas de clima, avaliações e muito mais.
Ter o RH isolado do resto da companhia é coisa do passado. A integração entre os setores é fundamental — e, dentre eles, o de TI é um dos maiores aliados. Dessa maneira, a troca de informações e a cooperação entre os times é fortalecida, trazendo vantagens para colaboradores e empresa.
É possível obter uma grande quantidade de dados por meio das tecnologias disponíveis. O Big Data, o People Analytics e as redes sociais corporativas são uma prova disso. No entanto, isso não é o suficiente. É preciso estruturar e utilizar tais informações a favor dos processos empresariais, principalmente no que tange à tomada de decisões.
Para engajar e fidelizar a geração millennial é preciso construir um propósito em comum com os profissionais da empresa, então os objetivos devem ser sólidos e realistas. Nesse cenário, por vezes se fazem necessárias a reavaliação e a redefinição de um planejamento, de modo que se torne mais estratégico e autêntico.
Algumas pessoas temem que a tecnologia substitua o trabalho do homem. Contudo, a sensibilidade humana é o que garante o vínculo entre a organização e os profissionais. O RH 3.0 conta com o auxílio técnico, mas não abre mão de pessoas especializadas e aptas a exercerem suas funções. Para tanto, a busca por atualização deve ser uma constante na vida de tais trabalhadores.
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