A pandemia do coronavírus afetou a todos, transformando a maneira como vivemos e trabalhamos quase que da noite para o dia. Setores inteiros da economia precisaram se reinventar e muitos empregadores precisaram rever seus modelos de negócio. Mas um segmento em particular foi afetado de maneira diferente: o da tecnologia. Profissionais de TI se tornaram ainda mais necessários para as organizações e, com o crescimento do setor, reavaliaram as suas prioridades em relação a trabalho.
Neste artigo, vamos trazer algumas informações que você deve considerar ao procurar por profissionais da área.
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A pandemia criou um movimento de aceleração no setor de tecnologia. As necessidades das empresas em se adaptarem ao mundo digital, modelos de trabalho híbridos e novas tecnologias de segurança da informação impulsionaram a criação de vagas em todo o Brasil. Segundo o CanalTech, estima-se que 200 mil oportunidades no setor da tecnologia serão abertas em 2021. Em contraponto, a escassez de talentos se torna ainda mais flagrante: uma matéria do jornal O Globo demonstrou que o país tem um déficit de pelo menos 24 mil profissionais da área atualmente.
Este cenário cria uma realidade de maior concorrência pelos profissionais. Os melhores talentos estão sendo arduamente disputados no mercado de trabalho, com headhunters e recrutadores buscando profissionais em outras empresas e segmentos, criando uma forte competição entre os interessados. Isto vai ao encontro do que a pesquisa do ManpowerGroup – O Que Os Trabalhadores Querem – mostrou, sobre o fato de os profissionais de TI serem os únicos que não consideram manter o emprego como a maior prioridade durante a pandemia.
E engana-se quem acha que apenas empresas de tecnologia estão na disputa por estes talentos. No estudo O Futuro do Trabalho: 20 tendências para você e sua empresa navegarem, mostramos que, daqui para frente, todas as empresas serão empresas de tecnologia, ou seja, o digital é um caminho sem volta. Para as organizações, ser digital é ter uma abordagem integrada que combina software, dados, interfaces e controles para projetar, modelar, simular, analisar, compartilhar e gerenciar a criação, a entrega e o desempenho de produtos e serviços.
Para possibilitar esta transformação, todas as empresas precisarão de profissionais de tecnologia.
Sendo disputados e necessários em diversas frentes e contextos, os profissionais de TI se tornaram mais exigentes em relação às suas oportunidades. De acordo com a pesquisa O Que Os Trabalhadores Querem, eles são os que mais valorizam um bom equilíbrio entre vida pessoal e trabalho. Para contar com os melhores talentos da área é preciso oferecer mais do que um bom salário: horários alternativos e a flexibilidade de um trabalho híbrido são bastante desejados por estes profissionais. E o regime de home-office, que permite que pessoas trabalhem de qualquer lugar no mundo, é um atrativo para os trabalhadores de TI.
Os modelos de gestão também são um diferencial no momento da contratação. As pessoas de TI estão acostumadas com organogramas mais horizontais e sistemas como o Ágile que permitem entregas serem feitas mais rapidamente e um trabalho com mais autonomia no ambiente de trabalho.
Novos comportamentos emergem, como a busca por mais liberdade e por maior flexibilidade nas relações de trabalho. Essa tendência também amplia o mercado de atuação dos nômades digitais. Aliás, a mídia reporta constantemente que o principal impulso do nomadismo contemporâneo seja o desejo de fugir das estruturas coercitivas do ambiente de trabalho, especialmente horários rígidos, presença física e deslocamento diário. Estudos começam a notar que o sonho do nômade também é muitas vezes expressado como um desejo de ganhar um sentimento simbólico ou generalizado de liberdade, de autonomia e de autodeterminação.
Outro aspecto importante ao buscar profissionais de TI é a valorização de habilidades pessoais. Mais difíceis de serem treinadas e cada vez mais importantes no cenário do trabalho híbrido, é crucial que os profissionais de tecnologia apresentem soft skills para além de suas especialidades técnicas. Algumas destas soft skills são comunicação, adaptabilidade, empatia e construção de relacionamento.
E quando as habilidades técnicas são muito específicas e difíceis de se encontrar, a capacidade de aprendizagem deve ser considerada nos possíveis candidatos. Habilidades técnicas específicas podem ser treinadas e adquiridas durante o trabalho, possibilitando assim o crescimento dos profissionais dentro da própria organização.
Estes são alguns dos insights que temos sobre a contratação de profissionais de TI: eles estão mais exigentes e concorridos do que nunca e você deve considerar mais do que apenas as capacidades técnicas na hora de contratar. Neste cenário, o apoio de uma consultoria especializada pode ser o caminho para encontrar os melhores talentos para a sua organização.