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Após ficarmos tanto tempo trabalhando em casa, não restam dúvidas de que os espaços organizacionais jamais voltarão a ser o que eram antes do ano de 2020. A pergunta que predomina, então, é o que podemos esperar do que ficou conhecido como “novo escritório”.
Se olharmos para as pesquisas mais recentes sobre o que os colaboradores querem, fica claro que o trabalho híbrido tem tudo para se consolidar ao longo de 2023. Aliás, esse já é o formato mais adotado no Brasil, bem como a preferência de grande parte dos profissionais.
Em meio ao cenário onde a busca por flexibilidade impera, o papel do escritório ganha novas proporções. Ao longo deste artigo, vamos falar quais são elas e o que as organizações podem esperar a partir de agora.
Se antes a ida diária ao escritório era o padrão, os últimos três anos deixaram claro que existem muitas formas de produzir. Prova disso são os novos modelos de trabalho, que ganharam força – e o coração dos colaboradores – desde 2020.
De uma hora para outra, o trabalho que era totalmente realizado dentro da empresa foi substituído pelo remoto e, conforme as medidas de prevenção contra a Covid-19 foram sendo flexibilizadas, pelo trabalho híbrido.
Hoje, estima-se que essa última opção seja adotada por 56% das empresas no país. Além disso, um estudo conduzido pela PwC Brasil aponta que o regime híbrido, com 1 ou 2 dias no escritório, é a preferência de 40% dos colaboradores.
Isso mesmo: ao contrário do que muitos pensam, os trabalhadores não desejam abrir mão totalmente das interações presenciais. Mas, por outro lado, eles também não querem perder a flexibilidade e o equilíbrio entre vida pessoal e profissional que foram duramente conquistadas nos últimos anos.
Para as empresas que entenderam que esse é o caminho de atração e retenção de talentos, coube a tarefa de repensar os espaços internos, buscando construir um ambiente onde as pessoas pudessem se conectar alguns dias da semana e colaborar de maneira mais próxima.
Foi a partir daí, inclusive, que muitas organizações trocaram seus antigos prédios por um novo escritório, dessa vez mais alinhado ao que os colaboradores valorizam e às atuais exigências do mundo do trabalho.
Ficou com curiosidade de saber o que esses espaços têm em comum? Vamos em frente!
Embora cada organização tenha necessidades únicas, há alguns pontos convergentes que já podem ser observados quando falamos sobre o papel do ambiente de trabalho.
De forma geral, espera-se que o novo escritório seja:
Com a consolidação do trabalho híbrido, a tendência é que o tempo de atuação em casa seja destinado às atividades que demandam mais foco. Já as idas à empresa devem priorizar a socialização, a troca de ideias e o aprendizado.
Sendo assim, será cada vez mais comum encontrarmos espaços colaborativos – sejam em formato de áreas totalmente abertas, com mesas compartilhadas, ou em salas de diferentes tamanhos e capacidades.
Quando o trabalho remoto ganhou força, as empresas passaram a contratar profissionais que residiam em outros lugares. Tanto que hoje é comum encontrar equipes com integrantes de diferentes estados e países – algo que tem dado certo até quando pensamos na diversidade.
Acompanhando esse movimento, algumas organizações tomaram a decisão de adotar escritórios menores e descentralizados em vez de contar com um espaço único. Assim, é possível que os colaboradores escolham o escritório mais próximo da sua localização para os dias de trabalho presencial.
Se o objetivo é favorecer a socialização, a informalidade também marca presença no novo escritório.
O destaque fica por conta de ambientes que remetam à casa dos funcionários, o que significa mais sofás e poltronas espalhadas, plantas naturais, áreas de convívio ao ar livre e lounges com mobílias que conferem descontração ao local. Algumas companhias vão além e permitem até mesmo o uso de chinelos, roupas confortáveis e a presença de pets.
Como dissemos no início, atualmente a flexibilidade é a palavra de ordem no mundo do trabalho... E isso também se reflete na dinâmica dos novos escritórios.
Além da descentralização que citamos antes, o futuro aponta para funcionários de uma mesma equipe ou empresa chegando e saindo para trabalhar em momentos diferentes. Ou seja, com total liberdade de horário.
Com parte da equipe trabalhando em casa e parte presencialmente na empresa, o reforço tecnológico se torna mais necessário do que nunca. Sendo assim, um maior investimento em equipamentos também tende a acompanhar a construção dos novos escritórios.
Um dos focos é a implantação de ferramentas que estimulem a colaboração entre os times e que permitam que quem está no escritório interaja com colaboradores e clientes externos. Por isso, salas menores e com tecnologia para videochamada já fazem parte da nova realidade.
Outra questão importante é a acústica dos novos espaços. Agora, as pessoas participam mais de reuniões virtuais e fazem ligações, o que pode incomodar a rotina de outros colaboradores que estejam no mesmo espaço. Sendo assim, as paredes e janelas com cancelamento de ruídos já estão sendo mais buscadas.
Embora o “novo normal” não seja mais tão novo, ainda não existe uma resposta definitiva para o futuro dos escritórios. As opções precisam ser constantemente testadas e adaptadas à realidade de cada negócio, bem como às transformações que não param de surgir.
No ManpowerGroup Brasil, muitos dos aprendizados absorvidos nos últimos três anos convergiram na inauguração da nossa nova matriz na Avenida Paulista, centro econômico e cultural da cidade de São Paulo.
Nova matriz do ManpowerGroup Brasil na Avenida Paulista, em São Paulo
Pautado no propósito de criar ainda mais conexões entre pessoas e negócios, o novo espaço foi projetado em um formato mais informal e colaborativo, a fim de fomentar conversas, encontros e estudos entre colaboradores, clientes e parceiros.
Vale lembrar que a transformação do novo escritório é apenas uma das muitas novidades que devem impactar a gestão de talentos ao longo do ano. Se você quer estar por dentro das demais, recomendamos a leitura do artigo sobre 10 tendências de RH para ficar de olho em 2023.