Você sabe dizer se é uma pessoa com perfil mais introvertido ou extrovertido? Se não sabe, aí vai um excelente motivo para descobrir a resposta: esse é o tipo de informação capaz de impulsionar a sua carreira.
Quando um profissional conhece os pontos fortes e fracos da própria personalidade, fica muito mais fácil buscar o desenvolvimento contínuo de habilidades. Isso explica, aliás, por que as empresas têm falado tanto sobre autoconhecimento.
Se você deseja entender mais sobre os conceitos de introversão e extroversão, bem como eles podem te ajudar a se desenvolver tanto na vida pessoal quanto no trabalho, siga em frente com a leitura!
Os conceitos de introversão e extroversão foram popularizados pelo psiquiatra suíço Carl Jung no início do século XX. São usados para descrever diferentes tipos de personalidade e se referem, principalmente, à maneira como cada pessoa canaliza suas energias.
Em resumo, as pessoas introvertidas são orientadas para o seu interior, o que significa que elas tendem a se concentrar em seus pensamentos e sentimentos. Já as extrovertidas se sentem mais energizadas com as interações sociais.
A seguir, nos aprofundaremos em cada um desses perfis. Mas, antes disso, é importante ressaltar que não existe uma personalidade melhor que a outra. Ambas reúnem características que contribuem de maneira valiosa para a sociedade.
No ambiente de trabalho, por exemplo, é essencial ter tanto talentos analíticos quanto aqueles que têm facilidade para interagir e colaborar com outras pessoas. Esse equilíbrio é a chave para a construção de equipes produtivas e inovadoras!
Como comentamos antes, os introvertidos são mais voltados para o seu mundo interior. Em termos práticos, isso significa que eles se sentem mais revigorados ao passarem um tempo sozinhos ou em ambientes tranquilos.
Muitas vezes, tal atitude pode ser interpretada como timidez ou insegurança, mas isso está longe de ser verdade. Introvertidos podem ser tão confiantes quanto os extrovertidos. A diferença é que sua confiança tende a se manifestar de maneira mais introspectiva.
Apesar do comportamento mais retraído e reservado, é válido destacar que a necessidade de passar um tempo sozinho não é uma questão de falta de habilidades sociais ou aversão ao convívio.
Introvertidos podem inclusive ser excelentes comunicadores e ouvintes atentos. Porém, eles simplesmente preferem interagir com um grupo pequeno de pessoas porque se sentem melhor dessa maneira.
Os extrovertidos, por outro lado, se energizam por meio do contato com as pessoas e com o mundo externo. Eles preferem interações em grandes grupos e eventos sociais, onde podem conhecer gente nova e se envolver em várias atividades.
Enquanto passar muito tempo sozinho pode deixar os extrovertidos mentalmente drenados, estar no centro das atenções é algo que eles costumam gostar. Afinal, para eles, a energia vem do dinamismo do ambiente social.
Indivíduos com esse perfil podem ter, em suma, dois direcionamentos:
Se você continua com dúvidas sobre ser introvertido ou extrovertido, talvez seja porque você se encontra em uma posição intermediária. Estamos falando sobre as pessoas ambivertidas, perfil que combina o melhor dos dois mundos.
Para os ambivertidos, a energia pode vir tanto de eventos sociais quanto de momentos de solitude. Ou seja, eles podem se sentir revigorados em festas e encontros, mas também precisam de um tempo sozinhos para recarregar a bateria.
Na prática, as pessoas com esse perfil têm mais facilidade para saber quando é a hora de socializar e quando é o momento de desfrutar da calmaria. Como consequência, tendem a ser mais flexíveis e capazes de se adaptar com tranquilidade às circunstâncias.
Cada perfil tem seus pontos fortes e fracos. No fim das contas, o que define o que é considerado uma vantagem ou desvantagem depende muito da situação e de como cada pessoa decide lidar com ela.
Mesmo que tenhamos uma tendência para certos traços de personalidade, é importante lembrar que sempre há espaço para o equilíbrio.
No trabalho, por exemplo, entender a cultura da empresa e se adaptar ao que é esperado são condutas que podem ajudar a evitar muitos contratempos e situações desagradáveis.
Agora que já esclarecemos isso, vamos conferir algumas das habilidades profissionais que são mais comuns em cada perfil.
O profissional introvertido, geralmente, não é muito dado a conversas de corredor. No entanto, ele pode ser um excelente ouvinte quando necessário, facilitando a construção de relacionamentos mais sólidos.
Outro ponto forte dos introvertidos é a capacidade de manter o foco em tarefas individuais e em trabalhos que exigem atenção aos detalhes. Do mesmo modo, esse talento tende a ser mais reflexivo e a se planejar para enfrentar os desafios futuros.
Um aspecto de atenção a ser observado em pessoas introvertidas é que elas costumam se sentir emocionalmente exaustas ao lidar com um grande grupo de pessoas. Além disso, elas também podem ter dificuldade para manifestar as suas ideias e opiniões em reuniões e debates.
Por ser articulado e comunicativo, o profissional extrovertido assume frequentemente a liderança nas decisões. Ele também faz amizades com facilidade, fala bem em público e se sente à vontade em contextos que demandam negociações.
Além disso, os extrovertidos são mais propensos a aproveitar novas oportunidades, aceitar desafios e se adaptar a mudanças. Essa energia e entusiasmo costumam ser um verdadeiro combustível para toda a equipe!
Mas, como diz o ditado, “tudo em excesso faz mal”. Por gostar tanto de se expressar, o extrovertido às vezes não deixa espaço para os colegas falarem. E sua impulsividade, embora muitas vezes positiva, pode levar a alguns erros ocasionais.
Por terem diferentes níveis de animação, os introvertidos e os extrovertidos respondem de maneiras diversas aos estímulos sociais.
Em uma empresa, isso reflete diretamente na produtividade das equipes, pois quando bem alocados, os dois perfis podem apresentar um ótimo desempenho.
Isso não quer dizer que haja uma norma que obrigue profissionais introvertidos a procurarem funções mais reflexivas, e nem que todo extrovertido precise buscar a liderança, por exemplo.
Ainda, é preciso considerar a descrição de uma vaga de emprego antes de se candidatar, uma vez que exercer uma atividade cuja postura exigida é muito diferente do seu perfil pode trazer danos para a sua saúde mental e emocional.
Por isso, selecionamos algumas sugestões de carreiras para os dois perfis. Confira!
Profissionais introvertidos geralmente se destacam em atividades analíticas e que demandam organização. Por isso, eles costumam se sair muito bem em funções que envolvem a gestão de dados, finanças ou em pesquisa e desenvolvimento.
Cargos que não requerem interação constante com grandes grupos também são ideais para eles. Esse é o caso, por exemplo, de profissões relacionadas à escrita, tradução e programação, que permitem um trabalho mais solitário e focado.
Além disso, a natureza introspectiva dos introvertidos pode se traduzir em grande criatividade. Isso, muitas vezes, os leva a preferir áreas como design gráfico, onde há espaço para expressar as ideias sem a necessidade de interação intensa.
Outras opções são o gerenciamento de mídias sociais e a assistência virtual, porque, apesar de atender várias pessoas, o contato não é pessoal. Porém, se a pessoa gosta de animais, trabalhar com os pets pode ser uma alternativa interessante.
A biblioteconomia e a pilotagem comercial também são caminhos indicados, já que são profissões que se beneficiam da atenção aos detalhes ao mesmo tempo em que proporcionam ambientes mais silenciosos.
Apesar de não ser uma regra, quem tem a extroversão como característica mais marcante tende a se destacar em cargos de gestão. Afinal, a proatividade e a animação, que são típicas dessa personalidade, conseguem motivar outros colaboradores.
Profissões nas quais a entrega ao outro se faz necessária, como as ligadas à área da saúde, também são ótimas opções para os extrovertidos, já que elas exigem um constante contato com os pacientes, com os seus familiares e com os demais colegas.
A docência é outro caminho indicado, uma vez que o professor precisa ter carisma para atrair a atenção dos alunos para si. Isso vale para profissões como relações públicas, atendimento ao cliente, turismo e aquelas ligadas ao marketing.
Os extrovertidos ainda podem se dar bem como repórter, um trabalho dinâmico, que oferece a eles a oportunidade de entrevistar pessoas, cobrir eventos e se engajar em histórias de interesse público.
Outra escolha interessante é a área de consultoria, já que ela requer fortes habilidades de comunicação e a capacidade de lidar com diversos clientes, fornecendo soluções personalizadas e criativas.
Independentemente do seu perfil profissional, é preciso lembrar que nenhuma das opções que apresentamos acima estão gravadas em pedra.
Além de buscar um emprego no qual se encaixe melhor, é bom ter em mente que sair da zona de conforto e encarar novos desafios pode ser enriquecedor, ainda que esses pareçam intimidantes à primeira vista.
Agora que você já sabe como identificar melhor o seu perfil, que tal conhecer o cenário atual do mundo do trabalho e descobrir quais habilidades profissionais serão mais buscadas nos próximos meses?
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