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A chegada da geração Z no mercado de trabalho exige uma adaptação não só nos ambientes, mas também na gestão de talentos. Essas pessoas podem agir de maneira diferente dos profissionais das outras gerações e têm necessidades totalmente distintas, provocando uma mudança na abordagem da empresa em relação aos funcionários.
Se você está enfrentando dificuldades para lidar com essa nova mão de obra ou quer se preparar para um futuro próximo, este artigo pode ajudar a conhecer e lidar melhor com a geração Z no trabalho. Acompanhe!
Os jovens nascidos no final da década de 90 compõem a geração Z, e têm como principal característica a grande familiaridade com a tecnologia, realizando e encarando tarefas de maneira mais rápida e simplificada.
Ainda como resultado desse volume enorme de dados aos quais foram expostos, essa geração foi muito incentivada desde cedo e é bastante precoce em alguns aspectos, embora muitas vezes ainda imaturos e despreparados para algumas situações.
Essas pessoas podem ser avessas à hierarquia e têm uma visão muito clara do que querem. Buscam principalmente um trabalho que proporcione a autorrealização, priorizando o contentamento com a vida profissional sobre a remuneração.
Justamente por virem de uma realidade até então inédita ― são pessoas que cresceram com o estímulo da tecnologia e das informações rápidas o tempo todo ― os jovens da geração Z têm aspectos muito próprios e comportamentos peculiares dentro do ambiente laboral. Dentre essas características, podemos destacar:
Esses jovens buscam resultados rápidos em tudo o que fazem. Nem sempre têm paciência para processos longos e procuram constantemente os caminhos mais práticos para a solução de problemas. Isso vale também para o crescimento na carreira.
Essa postura ajuda a tornar as tarefas mais dinâmicas, mas pode chocar as outras gerações que estão acostumadas com outro ritmo de realização.
Uma característica marcante nesses profissionais é a propensão à realização e a construir as próprias condições de trabalho. Dentro desse contexto, a geração Z tem um comportamento muito mais alinhado ao empreendedorismo.
Este aspecto é extremamente interessante para as empresas que buscam pessoas independentes e capazes de propor ideias e desenvolver projetos.
Também há um reforço do modelo de atuação home office. O trabalho remoto é uma tendência cada vez mais presente, sem o cumprimento de horários fixos e dando liberdade para o funcionário trabalhar do lugar que julgar mais adequado.
A geração Z não necessariamente tem o comportamento de “vestir a camisa da empresa”. Com tendência a serem mais individualistas, é possível que seu compromisso principal seja com o desenvolvimento da própria carreira e estilo de vida. Isso pode gerar desengajamento e dificuldades para trabalhar visando as metas da organização.
As características que os profissionais da geração Z apresentam podem se tornar verdadeiros desafios para os líderes. Afinal, eles estão lidando com pessoas com um comportamento muito diferente do que a norma corporativa espera, o que exige uma nova abordagem para que bons resultados sejam atingidos.
Conheça as maiores barreiras na gestão desses novos profissionais e saiba como contorná-las.
Como consequência do imediatismo e da rapidez no recebimento das informações, as pessoas dessa geração conseguem concluir um trabalho com muito mais rapidez. Ao mesmo tempo, podem ter dificuldades para desenvolver tarefas que exigem mais raciocínio e profundidade, ou que precisem de um embasamento mais robusto.
Os gestores devem orientar essas pessoas, explicar a importância de um trabalho meticuloso quando necessário e incentivar que suas funções sejam desenvolvidas com a calma e atenção exigidas, dando tempo hábil para isso e acompanhando a execução.
A Geração Z no mercado de trabalho prioriza o crescimento rápido na carreira e sabe que o acúmulo de experiências e de conhecimento é o melhor caminho para chegar aos seus objetivos. Isso significa que essas pessoas não vão pensar duas vezes para trocar de emprego desde que essa nova oportunidade ofereça novos desafios, mesmo que o salário seja inferior.
Para a empresa, isso significa uma atenção maior às iniciativas de retenção desses talentos. Não os prenda em atividades repetitivas: busque sempre apresentar outras possibilidades e chances de realização, sem esquecer de supervisionar e dar feedbacks constantes. Priorize sempre o engajamento no trabalho diário.
A noção de hierarquia é algo totalmente abstrato para esses profissionais. Eles não terão nenhum problema em abordar diretamente o CEO da empresa para apresentar um novo projeto, por exemplo.
Também não entendem porque devem apenas aceitar uma ordem com a qual não concordem ― eles vão questionar e tentar compreender os motivos e objetivos daquela tarefa.
Para lidar com esse tipo de situação, a melhor saída é instituir uma hierarquia horizontal na empresa. Abra espaço para ouvir esses profissionais, deixe-os darem sugestões e explique o contexto das tarefas. Sua função como líder é basicamente orientar, não ordenar.
A geração Z pode enfrentar algumas dificuldades no que diz respeito à autocrítica e ao reconhecimento das próprias falhas. Algumas críticas podem não ser muito bem absorvidas por esses profissionais.
Ao ignorar a hierarquia, muitos podem confundir isso com insubordinação e falta de disciplina, ignorando tarefas necessárias.
Para lidar com essa situação, procure deixar claro que as críticas não estão relacionadas ao aspecto pessoal, mas ao desenvolvimento do trabalho. Busque sempre reforçar a necessidade de algumas mudanças e da tolerância às tarefas desagradáveis para que haja um crescimento profissional verdadeiro e sustentável.
Lembre-se sempre de que a melhor maneira de lidar com esses jovens é por meio do diálogo. Apenas com uma boa comunicação é possível entender as necessidades desses profissionais e alinhá-las com as demandas da empresa, para que haja uma colaboração de ambos os lados.
Com a abordagem adequada, a presença da geração Z no mercado de trabalho pode ser muito bem absorvida e trazer vantagens para a organização.
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