Sem tempo para ler agora? Experimente ouvir o nosso blog.
Em meio a uma escassez de talentos que já atinge 4 em cada 5 empregadores em todo o mundo, compreender o conceito de employer branding a fundo, bem como as suas camadas, se torna ainda mais importante.
Afinal, a capacidade de uma empresa em construir e promover sua marca empregadora não apenas influencia na qualidade e na quantidade de candidatos que ela atrai, mas também molda a cultura interna e o engajamento dos colaboradores.
Hoje, exploramos o impacto do employer branding no cenário competitivo do mercado de trabalho atual e como as organizações podem utilizá-lo de forma estratégica. Boa leitura!
O employer branding pode ser entendido, basicamente, como o processo de construção e gestão da reputação de uma organização enquanto marca empregadora.
Em outras palavras, trata-se de um plano para construir uma reputação positiva da empresa diante de colaboradores e candidatos, com o objetivo principal de melhorar a atração e a retenção de talentos.
Esse trabalho é feito a partir de muitas frentes. Como mostraremos a seguir, envolve desde a oferta de salários e benefícios competitivos até oportunidades de crescimento, diversidade e inclusão e um clima organizacional agradável.
Em um mercado de trabalho altamente competitivo, no qual 80% das empresas brasileiras relatam dificuldade para encontrar os talentos de que precisam, o employer branding se torna crucial.
Quando há uma estratégia bem estruturada, as organizações tendem a:
Em resumo: um employer branding forte vai muito além de apoiar a atração e a retenção de talentos. Na prática, ele também contribui para um ambiente de trabalho mais positivo, uma imagem corporativa favorável e, em última instância, para o sucesso da organização.
A percepção dos colaboradores e candidatos em relação à marca empregadora é moldada por diferentes aspectos. Mas, nos últimos anos, alguns fatores têm se mostrado mais importantes que outros na avaliação dos profissionais. São eles:
Cada vez mais, profissionais buscam por empresas que ofereçam caminhos claros de crescimento contínuo, seja por meio de treinamento e desenvolvimento de habilidades, ou pela possibilidade de assumir novos papéis.
Para se ter uma ideia, um estudo do Gartner revelou que a falta de oportunidades está entre os fatores que mais levam bons colaboradores a pedirem demissão.
Com a chegada da Geração Z ao mercado de trabalho, as empresas passaram a lidar com uma mudança significativa nas expectativas de emprego. Entre elas, está que os profissionais nascidos a partir de 1995 valorizam bastante a diversidade e a inclusão.
Mais precisamente, um relatório publicado pelo LinkedIn apontou que a Geração Z tem 17% mais probabilidade do que a Geração X de priorizar locais de trabalho inclusivos e diversos. Nosso Relatório de Tendências 2023 aponta ainda que 52% dos profissionais jovens dizem que as empresas não estão fazendo o suficiente nesta frente.
Candidatos e colaboradores esperam ser recompensados de maneira justa pelo seu trabalho. Sendo assim, a oferta de uma remuneração competitiva e de benefícios atrativos continua sendo indispensável para a atração e a retenção de talentos.
Aliás, conforme mostramos no conteúdo sobre benefícios corporativos, a esmagadora maioria dos profissionais empregados afirma levar esse fator em consideração na hora de aceitar ou não uma oportunidade de trabalho.
O ambiente de trabalho desempenha um papel significativo na satisfação dos colaboradores e, consequentemente, na permanência deles na empresa. Por isso, um espaço físico agradável, colegas de trabalho colaborativos e uma cultura que promove o bem-estar emocional e mental são aspectos que também contribuem para a construção de um employer branding positivo.
Citando novamente o Relatório de Tendências 2023, a pandemia afetou como mais de 80% dos profissionais enxergam o trabalho. Um dos reflexos disso é que, agora, pessoas de todas as idades e gêneros estão procurando empregadores que reconheçam e apoiem ativamente um equilíbrio mais saudável entre trabalho e vida pessoal.
Tanto que 31% dos profissionais aceitariam assumir outro papel, já no próximo mês, se esse oferecesse um estilo de vida mais equilibrado.
A presença de líderes que valorizam e apoiam seus liderados a atingirem o potencial máximo também conta pontos a favor da marca empregadora.
Além disso, gestores que inspiram, orientam e apoiam suas equipes contribuem diretamente para a construção de um ambiente de trabalho mais harmonioso.
Para além da diversidade e da inclusão, os trabalhadores também estão interessados em saber o posicionamento das empresas a respeito de questões como responsabilidade social e sustentabilidade.
Atualmente, há um número significativo de talentos priorizando trabalhar para organizações que demonstram preocupação genuína com o bem-estar da comunidade e do planeta.
Agora que você já sabe quais são os pontos-chave do employer branding e como eles impactam na atração e na retenção de pessoas, chegou a hora de entender o que a sua empresa pode fazer para potencializá-los.
Confira, a seguir, algumas dicas para fortalecer sua marca empregadora:
Estabelecer e compartilhar os princípios essenciais da empresa, tanto dentro como fora da organização, auxiliará na formação de equipes cada vez mais em sintonia. Quando todos os membros do time partilham os mesmos valores, a colaboração é promovida e o ambiente de trabalho se torna mais harmonioso.
O Employee Value Proposition, ou Proposta de Valor ao Colaborador, em português, é uma declaração única que descreve o que a empresa oferece aos seus colaboradores em termos de benefícios e cultura.
Inclui boa parte dos pontos que moldam o employer branding, tais como remuneração e benefícios, oportunidades de aprendizado, responsabilidade social, programas de reconhecimento e recompensa, entre outros.
Criar uma experiência excepcional para os profissionais, desde o processo de recrutamento até o término da relação de trabalho, também impacta na percepção que colaboradores e candidatos têm sobre a empresa.
Algumas companhias, por exemplo, já apostam em programas de Outplacement para fortalecer o employer branding. Ao tornar o processo de demissão menos traumático, essa estratégia mantém relacionamentos positivos até mesmo quando os profissionais deixam de ser parte da organização.
Desenvolver políticas e práticas que promovam a diversidade e a inclusão no local de trabalho não apenas atrai e retém talentos diversos como também contribui para uma cultura organizacional mais inovadora.
O estudo Gender Equality Innovation Research, da Accenture, revelou que profissionais que fazem parte de negócios diversos e inclusivos são seis vezes mais criativos. Como consequência, a cultura de inovação chega a 600% nessas empresas em comparação aos concorrentes com baixo grau de diversidade.
Boa parte das estratégias que mencionamos até aqui só darão certo se a sua empresa contar com uma liderança preparada. Sendo assim, não é exagero dizer que o desenvolvimento de líderes é crucial para o sucesso do employer branding.
Gestores que ajudam a promover uma cultura saudável e inclusiva, e conseguem incorporar e demonstrar os valores, a cultura e os comportamentos que a empresa deseja promover, são o alicerce da marca empregadora.
Como vimos até aqui, o employer branding emerge como uma estratégia fundamental para as organizações em um cenário de escassez de talentos e competição acirrada pelo recrutamento e pela retenção de profissionais qualificados.
Afinal, ele afeta a capacidade das empresas em atrair, reter e engajar os melhores talentos, de forma a moldar a cultura organizacional e a percepção do público interno e externo.
Neste sentido, torna-se claro que investir no fortalecimento da marca empregadora, por meio das estratégias que apresentamos anteriormente, é uma decisão que pode impulsionar o sucesso e o crescimento sustentável da organização no mercado de trabalho atual.
Se você gostou das dicas apresentadas aqui e quer continuar aprendendo sobre o assunto, recomendamos a leitura do texto: Como o RPO pode fortalecer a marca empregadora. Até mais!