Já faz um tempo que a área de Recursos Humanos deixou de ser estritamente operacional para se tornar altamente estratégica. E o apoio de metodologias que favorecem essa mentalidade, como o uso do Design Thinking no RH, é parte importante desta transformação.
Se no passado a abordagem criativa e colaborativa era mais utilizada em segmentos como os de engenharia, tecnologia e arquitetura, hoje está claro que ela consegue beneficiar os mais diversos departamentos de uma empresa – incluindo, é claro, o RH.
Você trabalha na área e quer entender como usar o Design Thinking a seu favor? Continue a leitura do artigo e compreenda como a metodologia pode te fazer ganhar agilidade na hora de resolver desafios da gestão de pessoas!
O Design Thinking é uma abordagem metodológica, criada na década de 70, que busca entender e resolver problemas complexos de maneira criativa e inovadora.
Seja qual for a área ou setor de aplicação, seu objetivo principal permanece o mesmo: favorecer a entrega de soluções altamente eficazes, desenvolvidas a partir de uma visão colaborativa, que coloca as necessidades dos usuários no centro do processo.
Como explicaremos abaixo, isso é feito a partir da combinação de diferentes elementos, incluindo ferramentas, dados, mapeamentos de processos e pessoas.
Antes de entender como utilizar o Design Thinking no RH, é importante que você esteja por dentro das fases que costumam acompanhar o método. Por isso, vamos aproveitar esse tópico para falar sobre elas.
Em geral, o Design Thinking é colocado em prática com base em cinco etapas principais:
Nesta fase inicial, o foco do time é entender a fundo quais são os problemas ou desafios que a empresa ou a área enfrenta, bem como as necessidades do público que se relaciona diretamente com eles.
Para isso, a equipe deve fazer diferentes pesquisas, incluindo entrevistas, observações diretas, buscas por tendências, entre outras. No caso do RH, as avaliações de desempenho e as pesquisas de clima organizacional podem ser bons pontos de partida.
Após mergulhar fundo na situação, o próximo passo é sintetizar as informações coletadas na fase anterior, analisá-las para identificar padrões, e definir, de fato, qual é o problema a ser resolvido.
A terceira etapa visa a busca de respostas capazes de resolver o problema identificado da forma mais eficaz possível. Sendo assim, o foco da ideação é criar o maior número possível de ideias e soluções para o desafio definido.
Essa etapa é realizada de maneira bastante colaborativa e criativa. Sendo assim, costuma envolver pessoas de diferentes áreas e com várias perspectivas, além de ferramentas como brainstorming ou matriz de posicionamento.
Assim que as melhores ideias forem selecionadas, será a vez de criar uma versão inicial da solução a fim de testá-la junto ao público-alvo — no caso do Design Thinking aplicado ao RH, costuma ser os colaboradores da empresa.
Essa é uma etapa em que o Design Thinking realmente se torna algo mais tangível.
Para entender se as ideias levantadas realmente surtiram o efeito esperado, é preciso testar, e testar bastante! Com isso, a última etapa do Design Thinking consiste na validação da solução por meio de experimentos e do feedback dos usuários.
Após ter os resultados dos testes em mãos, será possível partir para uma implementação segura da solução.
Agora que você já está por dentro do passo a passo do Design Thinking, chegou a hora de entender como aproveitá-lo no RH. O melhor de tudo é que essa abordagem pode ser aplicada nos diversos processos que estão sob a responsabilidade do setor.
Basicamente, o Design Thinking contribui para o levantamento de ideias e para o desenvolvimento de soluções que levem a empresa a:
Tudo vai depender, é claro, da realidade enfrentada por cada organização. Mas, em linhas gerais, os cinco passos do Design Thinking podem ser adotados pelo RH para identificar os principais problemas da gestão de pessoas e as oportunidades capazes de aprimorar, cada vez mais, a experiência de colaboradores e candidatos.
Quer um exemplo prático?
As empresas que estão enfrentando dificuldade em migrar para o trabalho remoto podem adotar essa abordagem com a intenção de investigar quais são os reais desafios da força de trabalho, resultando em ideias que melhorem o engajamento dos times neste cenário.
Como você já deve ter percebido, a grande vantagem de usar o Design Thinking no RH é encontrar soluções criativas para muitos dos problemas que comprometem a gestão de pessoas e, consequentemente, a produtividade das empresas.
Na prática, o que a metodologia faz é permitir que as organizações trabalhem com mais sinergia, agilidade e eficiência – o que, em tempos de rápida transformação tecnológica, traz um ganho ainda maior. Não por acaso, o Design Thinking já era utilizado por 46% das lideranças de RH em 2020.
Caso queira estudar mais para colocar o Design Thinking em prática, conheça o livro Design Thinking: uma metodologia poderosa para decretar o fim das velhas ideias, considerado a obra definitiva sobre a metodologia ágil.
O escritor Tim Brown explica, com diversas histórias e exemplos, qual é a mentalidade e os métodos necessários para que experiências e estratégias se tornam mais inovadoras. É um guia para os profissionais que querem solucionar problemas de forma criativa, pensando no hoje e no amanhã.
Esperamos que as informações reunidas aqui ajudem a transformar o RH da sua empresa em uma área cada vez mais ágil e estratégica.
Se o conteúdo foi interessante e você deseja continuar aprimorando seus conhecimentos nesta frente, temos uma sugestão de artigo que tem tudo a ver com o assunto: Estratégia de talentos sustentável: caminhos para atração e retenção em meio à escassez. Aproveite para conferir!