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Promover o bem-estar da equipe e fomentar a colaboração eficaz são preocupações constantes para os profissionais de RH. O que muitos deles não sabem é que a Comunicação Não Violenta (CNV) pode ser uma grande aliada nessa jornada.
Desenvolvida pelo psicólogo norte-americano Marshall Rosenberg, a CNV é uma abordagem de comunicação construída a partir da empatia, da escuta ativa e da expressão honesta dos sentimentos.
Se você está se perguntando o que isso tudo tem a ver com a construção de ambientes de trabalho mais positivos, então siga em frente. Neste artigo, mostraremos como a aplicação dos princípios da CNV pode beneficiar sua empresa.
A Comunicação Não Violenta, ou simplesmente CNV, é uma prática sistematizada de comunicação que visa promover interações mais respeitosas e bem-sucedidas entre as pessoas.
Seus princípios foram estabelecidos a partir de um intenso processo de pesquisa conduzido por Marshall Rosenberg, na década de 1960, sob inspiração de grandes líderes, como Martin Luther King e Gandhi.
Anos depois, mais precisamente em 1999, esses mesmos estudos deram origem ao livro “Comunicação Não-Violenta: Técnicas para Aprimorar Relacionamentos Pessoais e Profissionais”.
A partir de então, a CNV passou a ser amplamente utilizada em diversos contextos, desde ambientes corporativos até situações familiares e educacionais.
A prática da Comunicação Não Violenta reúne uma série de elementos, tais como habilidades de comunicação e linguagem, consciência e uso do poder.
Mas, em geral, ela é composta por quatro princípios fundamentais. Conheça-os a seguir.
Diz respeito à capacidade de observar o que está acontecendo em uma situação específica sem fazer julgamentos ou avaliações.
Envolve saber nomear o que estamos sentindo a partir da situação observada ao invés de simplesmente ignorar ou reprimir essas emoções. Dessa forma, em vez de criticar o outro, podemos iniciar as conversas compartilhando nossos sentimentos da forma correta.
Quando nomeamos o que sentimos, fica mais fácil reconhecer — e comunicar — quais são as necessidades que estão por trás dos nossos sentimentos. Isso ajuda a esclarecer o que realmente importa para nós.
A última etapa da CNV consiste em saber fazer pedidos específicos para atender às necessidades anteriormente identificadas.
Esses pedidos devem ser formulados de maneira positiva e transparente, permitindo assim que a resposta também seja a mais acertada possível.
Como já mencionamos, a CNV pode ser aplicada em diferentes contextos. Mas ela é especialmente bem-vinda no local de trabalho, onde o sucesso das relações é a base para o sucesso dos negócios.
Quando a comunicação não violenta é integrada à cultura corporativa, sendo praticada tanto na forma verbal quanto escrita, ela é capaz de:
É por esses e outros motivos que a CNV é considerada uma ferramenta importante para os profissionais de RH que desejam promover um ambiente de trabalho mais saudável, estimulante e eficiente.
Dito isso, chegou a hora de entender como aplicá-la!
Quer saber como transformar a dinâmica da equipe, melhorar a resolução de conflitos e aumentar a satisfação geral das pessoas colaboradoras da sua empresa?
Então, aqui estão algumas estratégias que o RH pode implementar a fim de promover a prática da comunicação não violenta no ambiente corporativo:
Líderes desempenham um papel crucial na criação de uma cultura que preza pela comunicação não violenta. Afinal, são modelos a serem seguidos, influenciando diretamente a atitude das pessoas lideradas.
Portanto, comece capacitando as lideranças da empresa sobre os princípios da CNV!
Outra medida importante é fornecer recursos e ferramentas que auxiliem os colaboradores, de todos os níveis, a entender e aplicar a CNV.
Por sorte, existem muitos conteúdos disponíveis sobre o tema. Incluindo, é claro, o livro Comunicação Não-Violenta: Técnicas para Aprimorar Relacionamentos Pessoais e Profissionais.
Além de disponibilizar a versão digital ou física dele para a sua equipe, o RH também pode criar guias práticos ou manuais internos que ofereçam orientações sobre como usar a CNV em diferentes situações no trabalho.
Os treinamentos e workshops de comunicação são outra maneira eficaz de capacitar os profissionais com as habilidades necessárias para interagir de maneira objetiva, empática e respeitosa.
Uma das competências que podem ser trabalhadas nessas ações é a escuta ativa, que envolve ouvir atentamente o que a outra pessoa está dizendo — não apenas com os ouvidos, mas também com a mente aberta.
Para que a CNV floresça, é importante que os colaboradores se sintam à vontade para expressar seus sentimentos e suas opiniões de forma aberta e honesta.
Sendo assim, a construção de espaços seguros, como reuniões 1:1 e grupos de afinidade, também é um elemento-chave de todo o processo.
Por fim, as empresas podem lançar campanhas de comunicação interna que incluam cartazes, boletins informativos ou vídeos destacando os benefícios da CNV e fornecendo dicas práticas para sua aplicação.
É possível, ainda, reconhecer e premiar os colaboradores que se destacam na prática da CNV para incentivar o comportamento desejado e reforçar a importância dessa abordagem na cultura organizacional.
A comunicação não violenta é uma habilidade comportamental que tem ganhado cada vez mais espaço nas organizações modernas, principalmente devido aos benefícios que ela pode proporcionar.
Imagine como a CNV poderia te ajudar a lidar com um cliente insatisfeito, mediar um conflito entre colegas de equipe ou apresentar suas ideias de forma mais persuasiva em uma reunião.
Ao se comunicar de forma não violenta, você demonstra respeito pela outra pessoa, mesmo em situações desafiadoras, e abre espaço para soluções criativas e mutuamente benéficas.
Agora que você já aprendeu sobre a comunicação não violenta, aproveite para conhecer outras competências socioemocionais indispensáveis para o sucesso profissional.